sábado, 30 de abril de 2022

DE CHICO...


O problema que te preocupa talvez te pareça excessivamente amargo ao coração.
E tão amargo que talvez não possas comentá-lo, de pronto.
Às vezes, a sombra interior é tamanha que tens a idéia de haver perdido o próprio rumo.
Entretanto, não esmoreças.
Abraça o dever que a vida te assinala.
Serve e ora.
A prece te renovará energias.
O trabalho te auxiliará.
Deus não nos abandonará.
Fazê silêncio e não te queixes.
Alegra-te e espera porque o Céu te socorrerá.
Por meios que desconheces, Deus permanece agindo.

  

Francisco Cândido Xavier por  Emmanuel


sexta-feira, 29 de abril de 2022

PROBLEMAS DO AMOR


“... que vosso amor cresça cada vez mais no pleno

conhecimento e em todo o discernimento.”

– Paulo (Filipenses, 1:9)

 

O amor é a força divina do Universo.

É imprescindível, porém, muita vigilância para que não a desviemos na justa aplicação.

Quando um homem se devota, de maneira absoluta, aos seus cofres perecíveis, essa energia, no coração dele, denomina-se “avareza”; quando se atormenta, de modo exclusivo, pela defesa do que possui, julgando-se o centro da vida, no lugar em que se encontra, essa mesma força converte-se nele em “egoísmo”; quando só vê motivos para louvar o que representa, o que sente e o que faz, com manifesto desrespeito pelos valores alheios, o sentimento que predomina em sua órbita chama-se “inveja”.

Paulo, escrevendo à amorosa comunidade filipense, formula indicação de elevado alcance.

Assegura que “o amor deve crescer, cada vez mais, no conhecimento e no discernimento, a fim de que o aprendiz possa aprovar as coisas que são excelentes”.

Instruamo-nos, pois, para conhecer.

Eduquemo-nos para discernir.

Cultura intelectual e aprimoramento moral são imperativos da vida, possibilitando-nos a manifestação do amor, no império da sublimação que nos aproxima de Deus.

Atendamos ao conselho apostólico e cresçamos em valores espirituais para a eternidade, porque, muitas vezes, o nosso amor é simplesmente querer e tão-somente com o “querer” é possível desfigurar, impensadamente, os mais belos quadros da vida.

 

 

 

Fonte Viva. Francisco C Xavier por Emmanuel

quinta-feira, 28 de abril de 2022

QUEIXAS


“Irmãos, não vos queixeis uns contra

os outros, para que não sejais condenados.”

– (Tiago, 5:9)

 

A queixa nunca resolveu problemas de ordem evolutiva, entretanto, se os aprendizes do Evangelho somassem os minutos perdidos nesse falso sistema de desabafo, admirar-se-iam do volume de tempo perdido.

Realmente, muitos trabalhadores valiosos não se referem a sofrimento e serviço, com espírito de repulsa à tarefa que lhes foi cometida.

A amizade e a confiança sempre autorizam confidências; mesmo nesse particular, contudo, vale disciplinar a conversação.

A palavra lamentosa desfigura muitos quadros nobres do caminho, além de anular grandes cotas de energia, improficuamente.

O discípulo do Evangelho deveria, antes de qualquer alusão amargosa, tranquilizar o mundo interno e perguntar a si mesmo: “Queixar por quê? Não será a esfera de luta o campo de aprendizado? Acaso, não é a sombra que pede luz, a dor que reclama alívio? Não é o mal que requisita o concurso do bem?”

A queixa é um vício imperceptível que distrai pessoas bem-intencionadas da execução do dever justo.

Existem obrigações pequeninas e milagrosas que, levadas a efeito, beneficiariam grupos inteiros; todavia, basta um momento de queixa para que sejam irremediavelmente esquecidas.

Se alguém ou algum acontecimento te oferece ocasião ao concurso fraterno, faze o bem que puderes sem reparar a gratidão alheia e, por mais duro te pareça o serviço comum, aprende a cooperar com o Cristo, na solução das dificuldades.

A queixa não atende à realização cristã, em parte alguma, e complica todos os problemas. Lembra-te de que se lhe deres a língua, conduzir-te-á à ociosidade, e, se lhe deres os ouvidos, te encaminhará à perturbação.

 

Livro: Vinha de Luz. Francisco C. Xavier por Emmanuel

quarta-feira, 27 de abril de 2022

CONVITE À SOLIDARIEDADE


"Trata-o, e quanto gastares de mais, na volta eu te pagarei."

(Lucas: capítulo 15º, versículo 35)

 

São muitos os necessitados que desfilam aflições, aguardando entendimento e socorro.

Uns estão assinalados rudemente por deformidades visíveis que constituem a cruel recidiva de que precisam para aprender conduta e dever.

Outros se encontram sitiados por limitações coercitivas que funcionam como presídio correcional, a fim de os habilitarem para futura convivência social.

Alguns se apresentam com dificuldades no raciocínio e na lucidez, embora a aparência harmoniosa, como se fossem estetas da forma emparedando misérias mentais que os ensinam a valorizar oportunidade e bênção.

Diversos conduzem feridas expostas, abertas em chagas purulentas, com que drenam antigas mazelas e corrigem paixões impressas nos painéis do perispírito, submetido a terapêutica renovadora...

Vários estão estigmatizados a ferro e fogo, padecendo dores morais quase superlativas, em regime de economia de felicidade, exercitando as experiências da esperança.

Um sem número de atados à fome e à discriminação racial sob acicates poderosos, estão treinando humildade para o futuro.

Todos aguardando piedade, ensejo para conjugarem os verbos servir e amar.

Há outros, porém, esperando solidariedade.

São os construtores do ideal edificante, os servidores desinteressados, os promotores da alegria pura, os trabalhadores da fraternidade, os governantes honestos, os capitães da indústria forjados no aço da honradez, os pais laboriosos, os mestres e educadores fiéis ao programa do bem...

Sim, não apenas os que pagam o pretérito culposo, mas, sobretudo, os que estão levantando o Mundo Novo dos escombros que jazem no chão da Humanidade. Nobre e fácil chorar a dor ao lado de quem sofre.

Felizes, também, os que podem oferecer-se, solidários, aos que servem e amam ao Senhor, não obstante os diversos nomes e caminhos pelos quais se desvelam, operários da Era Melhor do amanhã ditoso.

Solidariedade, também, para com os que obram no bem.

 

FRANCO, Divaldo Pereira. Convites da Vida.

Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 55

terça-feira, 26 de abril de 2022

PEQUENINOS


 “Em verdade vos digo que aquele que não

receber o reino de Deus como uma criança

nele não entrará.” JESUS —MARCOS, 10:15.

 

“A pureza do coração é inseparável da

Simplicidade e da humildade. Exclui toda

ideia de egoísmo e de orgulho. Por isso é que

Jesus toma a infância como emblema dessa

pureza, do mesmo modo que a tomou

como humildade.” Cap. VIII, 3. ESE.

 

 

No mundo, resguardamos zelosamente livros e pergaminhos, empilhando compêndios e documentações, em largas bibliotecas, que são cofres fortes do pensamento.

Preservamos tesouros artísticos de outras eras, em museus que e fazem riquezas de avaliação inapreciável.

Perfeitamente compreensível que assim seja.

A educação não prescinde da consulta ao passado.

-0-

Acautelamos a existência de rebanhos e plantações contra flagelos supervenientes, despendendo milhões para sustar ou diminuir a força destrutiva das inundações e das secas.

Mobilizamos verbas astronômicas, no erguimento de recursos patrimoniais, devidos ao conforto da coletividade, tanto no sustento e defesa das instituições, quanto no equilíbrio e aprimoramento das relações humanas.

Claramente normal que isso aconteça.

Indispensável prover às exigências do presente com todos os elementos necessários à respeitabilidade da vida.

Urge, entretanto, assegurar o porvir, a esboçar-se impreciso, no mundo ingênuo da infância.

Abandonar pequeninos ao leu, na civilização magnificente da atualidade, é o mesmo que levantar soberbo palácio, farto de viandas, abarrotado de excessos e faiscante de luzes, relegando o futuro dono ao relaxamento e ao desespero, fora das portas.

A criança de agora erigir-se-nos-á fatalmente em biografia e retrato depois. Além de tudo, é preciso observar que, segundo os princípios da reencarnação, os meninos de hoje desempenharão, amanhã, junto de nós, a função de pais e conselheiros, orientadores e chefes.

Não nos cansemos, pois de repetir que todos os bens e todos os males que depositarmos no espírito da criança ser-nos-ão devolvidos.

 

 

(De “Livro de Esperança”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

segunda-feira, 25 de abril de 2022

CRENÇA


“Crês que há um só Deus e fazes o bem.

Mas os demônios também o

creem e Estremecem.”

(Thiago, 2:19)

 

Alguns momentos de reflexão no Evangelho sacodem-nos o raciocínio, para que venhamos despertar no reconhecimento de nossas responsabilidades em matéria de crença.

Asseveramos, a cada passo, a convicção iniludível, quanto à existência de Deus.

Habitualmente, enquadramos à vida mental a determinado tipo de interpretação religiosa, a fim de reverenciá-lo, através do modo que supomos mais digno.

Construímos santuários para honrar-lhe a munificência.

Pretendemos enobrecê-lo em obras de arte.

Sabemos admirar-lhe a sabedoria, seja na grandeza do firmamento ou na simplicidade do chão.

Certificamo-nos de que as suas leis são inelutáveis, desde as que foram estatuídas para a semente até as que traçam caminho às constelações.

Articulamos preces em louvor ou de súplica, nas quais lhe endereçamos os anseios mais íntimos.

Receitamos confiança em Deus para todos aqueles que ainda não conseguiram entesourá-la.

Ás vezes, chegamos até mesmo ao entusiasmo infantil dos que imaginam adivinhar as opiniões de Deus, nisso ou naquilo.

Todas essas atitudes nascem da pessoa que reconhece a imanência de Deus.

Entretanto, os Espíritos perversos também sabem que Deus existe.

Crença por crença, há crença nos planos superiores, e há crença nos planos inferiores.

Meditemos nisso para considerar que, acima de tudo, importa saber o que estamos fazendo de nossa fé.

 


(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel.

In: Palavras de Vida Eterna)

domingo, 24 de abril de 2022

OUÇAMOS ATENTOS


“Buscai primeiro o Reino de Deus

e sua justiça.”

– Jesus. (Mateus, 6:33)

 

Apesar de todos os esclarecimentos do Evangelho, os discípulos encontram dificuldade para equilibrarem, convenientemente, a bússola do coração.

Recorre-se à fé, na sede de paz espiritual, no anseio de luz, na pesquisa da solução aos problemas graves do destino. Todavia, antes de tudo, o aprendiz costuma procurar a realização dos próprios caprichos; o predomínio das opiniões que lhe são peculiares; a subordinação de outrem aos seus pontos de vista; a submissão dos demais à força direta ou indireta de que é portador; a consideração alheia ao seu modo de ser; a imposição de sua autoridade personalíssima; os caminhos mais agradáveis; as comodidades fáceis do dia que passa; as respostas favoráveis aos seus intentos e a plena satisfação própria no imediatismo vulgar.

Raros aceitam as condições do discipulado.

Em geral, recusam o título de seguidores do Mestre.

Querem ser favoritos de Deus.

Conhecemos, no entanto, a natureza humana, da qual ainda somos partícipes, não obstante a posição de espíritos desencarnados. E sabemos que a vida burilará todas as criaturas nas águas lustrais da experiência.

Lutaremos, sofreremos e aprenderemos, nas variadas esferas de luta evolutiva e redentora.

Considerando, porém, a extensão das bênçãos que nos felicitam a estrada, acreditamos seria útil à nossa felicidade e equilíbrio permanentes ouvir, com atenção, as palavras do Senhor: “Buscai primeiro o Reino de Deus e sua justiça.”

  

Vinha de Luz. Francisco C. Xavier por Emmanuel.

sexta-feira, 22 de abril de 2022

MURMURAÇÕES

 

“Fazei todas as coisas sem murmurações nem

contendas.” – Paulo. (Filipenses, 2:14)

 

Nunca se viu contenda que não fosse precedida de murmurações inferiores. É hábito antigo da leviandade procurar a ingratidão, a miséria moral, o orgulho, a vaidade e todos os flagelos que arruínam almas neste mundo para organizar as palestras da sombra, onde o bem, o amor e a verdade são focalizados com malícia.

Quando alguém comece a encontrar motivos fáceis para muitas queixas, é justo proceder a rigoroso auto-exame, de modo a verificar se não está padecendo da terrível enfermidade das murmurações.

Os que cumprem seus deveres, na pauta das atividades justas, certamente não poderão cultivar ensejo a reclamações.

É indispensável conservar-se o discípulo em guarda contra esses acumuladores de energias destrutivas, porque, de maneira geral, sua influência perniciosa invade quase todos os lugares de luta do Planeta.

É fácil identificá-los. Para eles, tudo está errado, nada serve, não se deve esperar algo de melhor em coisa alguma. Seu verbo é irritação permanente, suas observações são injustas e desanimam.

Lutemos, quanto estiver em nossas forças, contra essas humilhantes atitudes mentais.

Confiados em Deus, dilatemos todas as nossas esperanças, certos de que, conforme asseveram os velhos Provérbios, o coração otimista é medicamento de paz e de alegria.

 


Livro: Pão Nosso. Francisco C. Xavier por Emmanuel

quinta-feira, 21 de abril de 2022

CONTRA O PERIGO


“E digo-vos que todo aquele que me confessar,

diante dos homens, também o filho do homem

o confessará, diante dos anjos de Deus”.

– Jesus. (Lucas, 12:8)

 

Muitos companheiros de labor evangélico supõem que confessar o Mestre se resume tão-somente numa profissão de fé por intermédio das palavras. Para a demonstração de que aderimos, sinceramente, a Jesus bastará subir a uma tribuna ou discutir, acaloradamente, com alguns amigos que ainda não nos conseguem compreender?

 

Semelhante confissão tem sido o objetivo da maioria dos discípulos através dos tempos; mas essa atitude desassombrada é uma das faces da realização, sem constituir, entretanto, o seu precioso conjunto. Confessar o Cristo, diante dos homens, é revelar-lhe a luz e o poder em ações de amor e desprendimento, que os homens vulgares ainda não conhecem. Não será instituir convicções apressadas nos outros, mas pautar a vida em plano diferente e superior, de sorte que os espíritos mais frágeis ou levianos possam encontrar, junto de nossa alma, algo de mais elevado que não sentem noutros lugares e situações do mundo.


            Não é fácil confessar a Jesus entre as comunidades terrestres quando sabemos que ele próprio foi por elas conduzido à cruz do martírio; mas é dessa confissão que a sua palavra persuasiva nos fala no Evangelho da Verdade e do Amor.


            É preciso se precate o discípulo contra o perigo de uma adesão verbal, sem a participação de suas energias salutares.


            O Senhor deseja ser confessado pelos seus continuadores nas estradas do mundo; mas esse ato não se pratica apenas por palavras e sim por todas as demonstrações vivas do coração.

 


(Francisco Cândido Xavier/Emmanuel. Livro:Segue-me!...)

quarta-feira, 20 de abril de 2022

CRISTO E NÓS


“E disse-lhe o Senhor em visão: – Ananias!

E ele respondeu: Eis-me aqui, Senhor!” – (Atos, 9:10)

 

Os homens esperam por Jesus e Jesus espera igualmente pelos homens.

Ninguém acredite que o mundo se redima sem almas redimidas.

O Mestre, para estender a sublimidade do seu programa salvador, pede braços humanos que o realizem e intensifiquem. Começou o apostolado, buscando o concurso de Pedro e André, formando, em seguida, uma assembleia de doze companheiros para atacar o serviço da regeneração planetária.

E, desde o primeiro dia da Boa Nova, convida, insiste e apela, junto das almas, para que se convertam em instrumentos de sua Divina Vontade, dando-nos a perceber que a redenção procede do Alto, mas não se concretizará entre as criaturas sem a colaboração ativa dos corações de boa-vontade.

Ainda mesmo quando surge, pessoalmente, buscando alguém para a sua lavoura de luz, qual aconteceu na conversão de Paulo, o Mestre não dispensa a cooperação dos servidores encarnados. Depois de visitar o doutor de Tarso, diretamente, procura Ananias, enviando-o a socorrer o novo discípulo.

Por que razão Jesus se preocupou em acompanhar o recém-convertido, assistindo-o em pessoa? É que, se a Humanidade não pode iluminar-se e progredir sem o Cristo, o Cristo não dispensa os homens na obra de soerguimento e sublimação do mundo.

“Ide e pregai.”

“Eis que vos mando.”

“Resplandeça a vossa luz diante dos homens.”

“A Seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros.”

Semelhantes afirmativas do Senhor provam a importância por ele atribuída à contribuição humana.

Amemos e trabalhemos, purificando e servindo sempre.

Onde estiver um seguidor do Evangelho aí se encontra um mensageiro do Amigo Celestial para a obra incessante do bem.

Cristianismo significa Cristo e nós.

 

 

Livro: Fonte Viva. Francisco C. Xavier por Emmanuel

ORAÇÃO

“Perseverai em oração, velando nela com ação de graças.” Paulo (Colossenses, 4:2) Muitos crentes estimariam movimentar a prece, qu...