“E esta é a confiança que temos para ele, que,
se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade,
ele nos ouve.” – JOÃO. (I João, 5:14)
Exporemos em prece ao Senhor os nossos obstáculos,
pedindo as providências que se nos façam necessárias à paz e à execução dos
encargos que a vida nos delegou; entretanto, suplicaremos também a ele nos
ilumine o entendimento, para que lhes saibamos receber dignamente as decisões.
Não nos esquecemos de que a nossa capacidade visual abrange, mais
ou menos, unicamente o curto espaço dos sessenta segundos de um minuto,
enquanto que o Senhor, que nos acompanhou as numerosas existências passadas –
existências que conservas, agora, na Terra, temporariamente esquecidas -, nos
conhece o montante das necessidades de hoje e de amanhã.
Tenhamos suficiente gratidão para não suprimir-lhe a benção.
A Providência Divina possui os recursos e caminhos que lhe
são próprios para alcançar-nos.
Quando encarnados no plano físico, se na posição de enfermos,
costumamos implorar do Céu a dádiva da saúde corpórea, na expectativa de obter
um milagre e, às vezes, o Céu nos responde com a imposição de um bisturi, que
nos rasgue as entranhas, de maneira a reconstituir-nos o equilíbrio orgânico.
Simbolicamente, ocorrem circunstâncias idênticas no quadro espiritual de
nossa vida cotidiana.
Rogamos a Deus a presença da felicidade em nossos dias, segundo a
concepção com que a imaginamos, mas somos, via de regra, portadores de certos
defeitos, que nos impediriam acolhê-la, sem agravar as próprias dívidas, e
Deus, em muitos casos, nos envia primeiramente o espinho da provação, que nos
faculte a experiência precisa para recebê-la em momento oportuno, como
determina o recurso operatório para o corpo doente, antes que se lhe restaure a
saúde.
Oraremos, sim; no entanto, é imperioso, em matéria de petição, rogar
isso ou aquilo ao Senhor, sempre de acordo com a Sua Vontade, porque a Vontade
do Senhor inclui, invariavelmente, a harmonia e a felicidade de nossa vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário