Quando a compreensão estiver em nossos olhos, fixaremos na cicatriz do próximo a dificuldade respeitável de um irmão.
*
Quando a compreensão
morar em nossos ouvidos, receberemos a injúria e a maldade, nelas sentindo o
incêndio e o infortúnio que ainda lavram no espírito daqueles que nos observam,
sem exato conhecimento.
*
Quando a compreensão se
nos aninhar no próprio verbo, o falso julgamento surgirá, junto de nós, por
enfermidade lamentável, de quem nos procura, e saberemos fazer o silêncio
bendito com que se possa, tanto quanto possível, impedir a extensão do mal.
*
Quando a compreensão se
nos associar ao raciocínio, identificaremos nos pensamentos infelizes a
deplorável visitação da sombra, diante da qual acenderemos a luz da fé para a
justa resistência.
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Quando a compreensão
clarear-nos o sentimento, a rigidez espiritual jamais encontrará guarida em nós
outros, porque o calor da benevolência irradiar-se-nos-á do espírito,
estimulando a alegria dos bons e reduzindo a infelicidade dos companheiros que
ainda se confiam à ignorância.
*
Quando a compreensão
brilhar em nossas mãos, a preguiça não nos congelará a boa vontade e
aproveitaremos as mínimas oportunidades do caminho para as tarefas do amor que
o Mestre nos legou.
*
“Bem-aventurados os
limpos de coração!” — proclamou o Excelso Amigo.
Sim, bem-aventurados os
que esposam o bem para sempre, porque semelhantes trabalhadores da luz sabem
converter a treva em claridade, os espinhos em flores, as pedras em pães e a
própria derrota em vitória, criando invariavelmente o Céu onde se encontram e
apagando os variados infernos que a ignorância inflama na Terra para tormento
da vida.
(De “Luz e Vida”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)
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