“E saiu da nuvem uma voz que
dizia: Este
é o meu amado Filho, a ele
ouvi.” (LUCAS, 9: 35)
O homem, quase sempre, tem a
mente absorvida na contemplação das nuvens que lhe surgem no horizonte.
São nuvens de contrariedades,
de projetos frustrados, de esperanças desfeitas.
Por vezes, desespera-se
envenenando as fontes da própria vida. Desejaria, invariavelmente, um céu azul
a distância, um Sol brilhante no dia e luminosas estrelas que lhe embelezassem
a noite. No entanto, aparece a nuvem e a perplexidade o toma, de súbito.
Conta-nos o Evangelho a formosa
história de uma nuvem.
Encontravam-se os discípulos
deslumbrados com a visão de Jesus transfigurado, tendo junto de si Moisés e
Elias, aureolados de intensa luz.
Eis, porém, que uma grande
sombra comparece. Não mais distinguem o maravilhoso quadro. Todavia, do manto
de névoa espessa, clama a voz poderosa da revelação divina: “Este é o meu amado
Filho, a ele ouvi!”
Manifestava-se a palavra do
Céu, na sombra temporária.
A existência terrestre,
efetivamente, impõe angústias inquietantes e aflições amargosas. É conveniente,
contudo, que as criaturas guardem serenidade e confiança, nos momentos
difíceis.
As penas e os dissabores da
luta planetária contêm esclarecimentos profundos, lições ocultas, apelos
grandiosos. A voz sábia e amorosa de Deus fala sempre através deles.
Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Caminho, Verdade e Vida
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