“...
Cingidos de verdade e sendo
vestidos
da couraça da justiça.”
(Efésios:
capítulo 6º, versículo 14)
Consideras interiormente revoltado
quanto ocorre em torno de ti e não poucas vezes vitimando-te também:
As circunstâncias negativas que
proliferam cruéis, engendrando conflitos arbitrários que dizimam multidões
inocentes sob o estrugir de guerras inexoráveis;
A fortuna que transita, passando de
cofre a cofre, nos quais a usura coloca terríveis cadeados de dominação;
Enfermidades virulentas que
desfalcam esperanças, enquanto decompõem corpos de linhas estéticas atraentes,
reduzindo-os a escombros orgânicos em degeneração...
Vês a prosperidade dos maus, o
júbilo sorrindo excelentes alegrias em bocas acostumadas à maledicência, à
calúnia, e aplausos festivos aos que se demoram nas torpezas morais;
A tranquilidade dormindo em
companhia dos usurpadores;
O poder retido em mãos que se
levantaram para apoiar carnificinas e o luxo desenfreado naqueles que se
estribam em desfrutar do lenocínio organizado, do negócio de tóxicos
destruidores, os benefícios da criminalidade de vário porte...
Repassas, mentalmente, as tragédias
que abalam as estruturas emocionais do homem como se tudo estivesse na Terra —
esse imenso navio
fundeado em muitos quilômetros de atmosfera — qual nau à
matroca.
Incêndios surpreendendo magotes
indefesos e os destruindo;
Naufrágios em que perecem centenas
de vidas, nos quais crianças e velhinhos são tragados pela voragem das águas
volumosas;
Desastres aéreos em que se
aglutinam esposos e mães devotados ou parentes aturdidos que encetam viagens
precipitadas para atenderem familiares enfermos ou negócios de urgência,
vitimados pelo golpe da fatalidade;
Homicídios que sofrem vítimas
inermes, homens probos, corações honrados, e quantos infortúnios ocultos estão
colocando travo de fel e ácido que requeima o espírito de milhões e milhões de
corações!
Não podes compreender a Justiça em
face do sensacionalismo dos veículos de comunicação que se comprazem em expor
as desditas e tragédias que acontecem em todo lugar.
Acalma, porém, as aflições, para a
refletir o insondável da tecedura da Lei que transcende as tuas pobres visões e
os ângulos limitados da tua observação.
Está tudo certo ante as diretrizes
funcionais de Deus.
Ocorre que no palco dos homens,
mudam-se os cenários, trocam-se as indumentárias, mas as personagens são as
mesmas: vão e tornam acumpliciadas com novos grupos que aderem espontaneamente
às tragédias, às comédias, às exibições dos dramas do cotidiano, sob o
impositivo da Lei.
A vítima inocente de hoje é o
sicário impiedoso de ontem.
O trêmulo velhinho de agora
justiçado, continua sendo a mão do verdugo passado, embora a indumentária
cansada que o tempo carcome, mas que a Justiça Divina não olvidou.
A teu turno engendra causas
positivas para que os efeitos da Lei não te alcancem na condição inevitável de
alma sob o suplício do resgate penoso.
Não pratiques o mal porque a hora é
má.
Não te despojes do bem porque te
pareça inviável a ação elevada da Justiça e da misericórdia.
Recorda-te do Apóstolo Paulo e
reveste-te da couraça da justiça para que disponhas da perenidade da paz.
Probidade é o estágio a que devem
atingir os que encontraram Jesus, não obstante o clamor da perturbação, a
balbúrdia inquietante das lutas ou as ciladas soezes da impiedade que grassa
transitoriamente na Terra, nestes dias que precedem aos dias 1a vitória do
Evangelho sobre todas as circunstâncias que amarfanham o espírito humano
sedento de evolução.
Sê probo e honrado, especialmente
quando escasseiam a honradez e a justiça na Terra.
Convites
da Vida
Divaldo P
Franco
Joanna de
Ângelis
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