“Porque
também nós éramos, noutro
tempo,
insensatos.” Paulo (Tito, 3:3)
O martelo, realmente, colabora nos primores da estatuária, mas não pode
golpear a pedra, indiscriminadamente.
O remédio amargo estabelece a cura do corpo enfermo, no entanto, reclama
ciência na dosagem.
Nem mais, nem menos.
Na sementeira da verdade, igualmente, é indispensável não nos desfaçamos
em movimento impensado.
Na Terra, não respiramos num domicílio de anjos. Somos milhões de
criaturas, no labirinto de débitos clamorosos do passado, suspirando pela
desejada equação.
Quem ensina com sinceridade, naturalmente aprendeu as lições,
atravessando obstáculos duros.
Claro que a tolerância excessiva resulta em ausência de defesa justa,
entretanto, é inegável que para educarmos a outrem, necessitamos de imenso
cabedal de paciência e entendimento.
Paulo, incisivo e enérgico, não desconhecia semelhante realidade.
Escrevendo a Tito, lembra as próprias incompreensões de outra época para
justificar a serenidade que nos deve caracterizar a ação, a serviço do
Evangelho Redentor.
Jamais atingiremos nossos objetivos, torturando chagas, indicando
cicatrizes, comentando defeitos ou atirando espinhos à face alheia.
Compreensão e respeito devem preceder-nos a tarefa em qualquer parte.
Recordemos nós mesmos, na passagem pelos círculos mais baixos, e
estendamos braços fraternos aos irmãos que se debatem nas sombras.
Se te encontras interessado no serviço do Cristo, lembra-te de que Ele
não funcionou em promotoria de acusação e, sim, na tribuna do sacrifício até à
cruz, na condição de advogado do mundo inteiro.
Emmanuel/Chico
Xavier
Livro: Pão Nosso
Livro: Pão Nosso
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