segunda-feira, 11 de maio de 2020

ÁRVORES




“E levantando ele os olhos, disse: Vejo
os homens, pois, os vejo como árvores
que andam.” – Marcos: - 8 – 24


O cego de Bethsaida, retomando os dons sagrados da vista, proferiu observações de grande interesse.
Sua comparação é das mais belas.
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O reino das árvores apresenta silenciosas mensagens aos que saibam ouvi-lo.
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Qual acontece, no caminho das criaturas, existem árvores de todos os feitios.
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Veem-se as que se cobrem apenas déramos farfalhados à maneira dos homens palavrosos; as tortuosas, copiando os seres indecisos, ensaiando passos para o ingresso nas estradas retilíneas; as de tronco espinhosos, imitando os espíritos mais ásperos  ainda envenenados as frutíferas que auxiliam carinhosamente as criaturas, não obstante os golpes e incompreensões recebidos, dando a ideia das almas santificadas, que servem ao Bem e à Verdade, no silêncio divino.
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Nessa flora, como os seres ignorantes e grosseiros que ainda não chegaram a ser homens espirituais, não obstante a sua forma física, exigem igualmente as plantas invasoras e parasitárias que não chegaram a ser árvores, apesar da forma verde de suas folhas.
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Quem não terá visto, alguma vez, a erva daninha, tentando sufocar a laranjeira, imitando as lutas da estrada humana?
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Quem não terá observado a trepadeira fascinante, florindo na coroa de uma árvore centenária, dando a impressão de ser tão alta e de tronco tão robusto, quanto ela?
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Que homem não terá reconhecido o ataque das plantas minúsculas que costumam esconder as estradas e invadir as propriedades ao abandono?
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O plano dos vegetais oferece às criaturas lições de profundo valor.
Se já podes ver, como aquele cego feliz de Bethsaida, procura ser um elemento útil e digno, entre as árvores que andam.





De “Levantar e seguir”
de Francisco Cândido Xavier
pelo Espírito Emmanuel

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