“E levantando ele os olhos, disse:
Vejo
os homens, pois, os vejo como árvores
que andam.” – Marcos: - 8 – 24
O cego de Bethsaida, retomando os dons sagrados da
vista, proferiu observações de grande interesse.
Sua comparação é das mais belas.
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O reino das árvores apresenta silenciosas mensagens aos
que saibam ouvi-lo.
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Qual acontece, no caminho das criaturas, existem árvores
de todos os feitios.
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Veem-se as que se cobrem apenas déramos farfalhados à
maneira dos homens palavrosos; as tortuosas, copiando os seres indecisos,
ensaiando passos para o ingresso nas estradas retilíneas; as de tronco
espinhosos, imitando os espíritos mais ásperos ainda envenenados as
frutíferas que auxiliam carinhosamente as criaturas, não obstante os golpes e incompreensões
recebidos, dando a ideia das almas santificadas, que servem ao Bem e à Verdade,
no silêncio divino.
-o-
Nessa flora, como os seres ignorantes e grosseiros que
ainda não chegaram a ser homens espirituais, não obstante a sua forma física,
exigem igualmente as plantas invasoras e parasitárias que não chegaram a ser
árvores, apesar da forma verde de suas folhas.
-o-
Quem não terá visto, alguma vez, a erva daninha,
tentando sufocar a laranjeira, imitando as lutas da estrada humana?
-o-
Quem não terá observado a trepadeira fascinante,
florindo na coroa de uma árvore centenária, dando a impressão de ser tão alta e
de tronco tão robusto, quanto ela?
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Que homem não terá reconhecido o ataque das plantas
minúsculas que costumam esconder as estradas e invadir as propriedades ao
abandono?
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O plano dos vegetais oferece às criaturas lições de
profundo valor.
Se já podes ver, como aquele cego feliz de Bethsaida,
procura ser um elemento útil e digno, entre as árvores que andam.
De “Levantar e seguir”
de Francisco Cândido Xavier
pelo Espírito Emmanuel
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