Meu amigo.
A vida nunca deixará
sem contas o tempo que nos empresta.
A fonte oculta no
campo desamparado é uma bênção para o chão ressequido.
A árvore é doadora
constante de utilidades e benefícios.
A cova minúscula é
berço da sementeira.
A erva tênue faz a
provisão do celeiro.
A abelha pequenina
fabrica mel que alivia o doente.
O barro humilde, ao
calor da cerâmica, se transforma em sustentáculo da habitação.
Nos estábulos e nos
redis, há milhões de vidas inferiores, extinguindo-se em dádivas permanente ao
conforto da Humanidade, produzindo leite e lã para que povos inteiros se
alimentem, se agasalhem e desenvolvam.
E nós, que
desfrutamos a riqueza do tempo, que fazemos da sublime oportunidade de criar o
bem?
Ainda que fujamos
para os derradeiros ângulos do Planeta, um dia chegará em que a Verdade Divina
se dirigirá a nós outros, indagando:
— Que produzes? Que
fazes da saúde, do corpo, da inteligência, dos recursos variados que a vida te
deu?
Lembremo-nos de que
na própria crucificação, o Mestre Divino produziu a Ressurreição por mensagem
de imortalidade ao mundo de todos os séculos.
Não te esqueças, meu
amigo, de que a felicidade é uma equação de rendimento do esforço da criatura,
na improvisação do bem e na extensão dele e não olvides que, provavelmente, não
vem longe o minuto em que prestarás contas de teu aproveitamento nas bênçãos de
trabalho e paz, alegria e luz, que vens atravessando na condição de
usufrutuário da Terra.
Emmanuel - De “Nosso Livro”
de Francisco Cândido Xavier
Espíritos diversos
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