sexta-feira, 31 de maio de 2019

CONVITE À PROBIDADE



“... Cingidos de verdade e sendo vestidos da
couraça da justiça.”
(Efésios: capítulo 6º, versículo 14)


Consideras interiormente revoltado quanto ocorre em torno de ti e não poucas vezes vitimando-te também:
As circunstâncias negativas que proliferam cruéis, engendrando conflitos arbitrários que dizimam multidões inocentes sob o estrugir de guerras inexoráveis;
A fortuna que transita, passando de cofre a cofre, nos quais a usura coloca terríveis cadeados de dominação;
Enfermidades virulentas que desfalcam esperanças, enquanto decompõem corpos de linhas estéticas atraentes, reduzindo-os a escombros orgânicos em degenéração...
Vês a prosperidade dos maus, o júbilo sorrindo excelentes alegrias em bocas acostumadas à maledicência, à calúnia, e aplausos festivos aos que se demoram nas torpezas morais;
A tranqüilidade dormindo em companhia dos usurpadores;
O poder retido em mãos que se levantaram para apoiar carnificinas e o luxo desenfreado naqueles que se estribam em desfrutar do lenocínio organizado, do negócio de tóxicos destruidores, os benefícios da criminalidade de vário porte...
Repassas, mentalmente, as tragédias que abalam as estruturas emocionais do homem como se tudo estivesse na Terra — esse imenso navio fundeado em muitos quilômetros de atmosfera — qual nau à matroca.
Incêndios surpreendendo magotes indefesos e os destruindo;
Naufrágios em que perecem centenas de vidas, nos quais crianças e velhinhos são tragados pela voragem das águas volumosas;
Desastres aéreos em que se aglutinam esposos e mães devotados ou parentes aturdidos que encetam viagens precipitadas para atenderem familiares enfermos ou negócios de urgência, vitimados pelo golpe da fatalidade;
Homicídios que sofrem vítimas inermes, homens probos, corações honrados, e quantos infortúnios ocultos estão colocando travo de fel e ácido que requeima o espírito de milhões e milhões de corações!
Não podes compreender a Justiça em face do sensacionalismo dos veículos de comunicação que se comprazem em expor as desditas e tragédias que acontecem em todo lugar.
Acalma, porém, as aflições, para a refletir o insondável da tecedura da Lei que transcende as tuas pobres visões e os ângulos limitados da tua observação.
Está tudo certo ante as diretrizes funcionais de Deus.
Ocorre que no palco dos homens, mudam-se os cenários, trocam-se as indumentárias, mas as personagens são as mesmas: vão e tornam acumpliciadas com novos grupos que aderem espontaneamente às tragédias, às comédias, às exibições dos dramas do cotidiano, sob o impositivo da Lei.
A vítima inocente de hoje é o sicário impiedoso de ontem.
O trêmulo velhinho de agora justiçado, continua sendo a mão do verdugo passado, embora a indumentária cansada que o tempo carcome, mas que a Justiça Divina não olvidou.
A teu turno engendra causas positivas para que os efeitos da Lei não te alcancem na condição inevitável de alma sob o suplício do resgate penoso.
Não pratiques o mal porque a hora é má.
Não te despojes do bem porque te pareça inviável a ação elevada da Justiça e da misericórdia.
Recorda-te do Apóstolo Paulo e reveste-te da couraça da justiça para que disponhas da perenidade da paz.
Probidade é o estágio a que devem atingir os que encontraram Jesus, não obstante o clamor da perturbação, a balbúrdia inquietante das lutas ou as ciladas soezes da impiedade que grassa transitoriamente na Terra, nestes dias que precedem aos dias da vitória do Evangelho sobre todas as circunstâncias que amarfanham o espírito humano sedento de evolução.
Sê probo e honrado, especialmente quando escasseiam a honradez e a justiça na Terra.


Convites da Vida
Divaldo P. Franco por Joanna de Ângelis

quarta-feira, 29 de maio de 2019

CONVITE À PREVIDÊNCIA



“Buscai primeiro o Reino de Deus e sua justiça
e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”
(Mateus capítulo 6º, versículo 33)


Com espírito providencial, vinculaste-te às Entidades Previdenciárias e organizas o futuro.
Diligente, armazenas, operoso, a fim de evitares surpresas.
Atento, adquires valores e arriscas na bolsa, utilizando os atraentes meios de investimento, pensando.
Acautelado, promoves recursos tendo em vista a família, a enfermidade, a velhice.
São todos esses labores valiosos, se considerados do ponto de vista humano, material.
Se haures, porém, na fé espírita o pábulo da confiança, pensa com mais vigor e avança além.
Sai da carcaça da presente conjuntura carnal e atira-te na direção da vida verdadeira.
Aqueles bens que entesouras são valores que transitam, passam de mãos, desaparecem ou ficam à borda do túmulo.
Reserva-te outros métodos de previdência mais duradoura.
O Evangelho, que é todo um tesouro de investimento eterno ao alcance da tua resolução, pode oferecer-te as imarcescíveis fortunas que ensejam felicidade real.
Não que te devas descuidar dos compromissos que te vinculam à comunidade terrena. Mas que não vivas, apenas, em função deles.
Imperioso também cuidar dos inevitáveis dias porvindouros que te reconduzirão à comunidade dos Espíritos, donde procedemos, diante dos quais e ante à própria consciência farás um balanço dos valores a que te vincules, compreendendo, então, o significado real da previdência colocada ao alcance das tuas atuais possibilidades.



Convites da Vida
Divaldo P. Franco por Joanna de Ângelis

terça-feira, 28 de maio de 2019

CONVITE À PERSEVERANÇA



“... Mas quem perseverar até o fim, esse
será salvo.” (Mateus: capítulo 10º, versículo 22)


Não asseveres: “é-me impossível fazer!” Nem redargas: “não consigo!”
Nunca informes: “sei que é totalmente inútil aceitar.”
Nem retruques: “é maior do que as minhas forças”.
Para aquele que crê, o impossível é tarefa que somente demora um pouco para ser realizado, já que o possível se pode realizar imediatamente.
Instado a ajudar não te permitas condições, especialmente se fruis o tesouro da possibilidade.
Fácil ser delicado sem esforço, ser amigo sem sacrifício, ser cristão sem auto-doação...
Perseverança nos objetivos elevados, com oferenda de amor, é materialização de fé superior.
Para que seja atuante, a fé deve nutrir-se do poder dos esforços caldeados para as finalidades que parecem inatingíveis.
Todos podem iniciar ministérios.. Tarefas começantes produzem entusiasmos exaltados.
Mede-se, porém, o verdadeiro cristão e, particularmente, o espírita pelo investimento que coloca na bolsa de valores imortalistas a render juros de paz...
Unge-te, portanto, de fé e deixa. que resplandeça a tua fidelidade ao lado de quem padece.
Não fosse o sofrimento, ninguém suplicaria socorro.
Não fosse a angústia ninguém se encorajaria a romper os tecidos da alma para exibir exulcerações...
Ninguém se compraz carregando demorada canga, não obstante, confiando em alívio, lenitivo...
Nas cogitações que te cheguem ao plano da razão, interroga como gostarias que fizessem contigo se foras o outro, o sofredor, o necessitado que ora te roga ajuda.
Assim, envolve-te na lã do “Cordeiro de Deus” e persevera ajudando.
Não somente dando o que te sobra mas aquela doação maior a que te parece difícil, a quase impossível...
A perseverança dar-te-á paz e plenitude. Insiste na sua execução.


Convites da Vida
Divaldo P. Franco por Joanna de Ângelis

segunda-feira, 27 de maio de 2019

CONVITE AO PERDÃO



“Porque se perdoardes aos homens as suas
ofensas também vosso Pai celeste vos
perdoará.” (Mateus: capítulo 6º, versículo 14 e 15)


Por mais rude haja sido a agressão, perdoa.
Mesmo que a injustiça prossiga amargando as tuas elevadas aspirações, perdoa.
Não obstante, o amigo momentaneamente enganado se haja transformado em teu algoz, perdoa.
Apesar dos teus esforços no bem nada conseguires, permitindo a sementeira da calúnia a multiplicar dificuldades e espinhos pela senda, perdoa.
Em qualquer circunstância perdoa aqueles que te ofendam, esquecendo as ofensas com que te agridam.
O ofensor é alguém a um passo do desequilíbrio.
Aquele que se compraz na perseguição, ignora o grau de enfermidade que o vítima.
O perseguidor permanece enleado nas teias do desvario e em breve será vítima de si mesmo.
Indubitavelmente a felicidade pertence sempre àquele que pode oferecer, que possui para dar.
Muitas vezes serás convidado ao revide, conclamado à reação engendrada pela ira, que provoca a rebelião, tal a soma de circunstâncias negativas em que te verás envolvido.
Tem, porém, cuidado.
Reflexiona antes de reagir a fim de não agires por precipitação e reflexionares tardiamente.
Jesus, convidado diretamente à reação negativa, vezes sem conta, permaneceu integérrimo perdoando e amando, por saber que aqueles que O afligiam eram espíritos aturdidos, afligidos em si mesmos, por essa razão, dignos de perdão.



Convites da Vida
Divaldo P. Franco por Joanna de Ângelis

sexta-feira, 24 de maio de 2019

CONVITE À PAZ



“A paz vos deixo, a minha, paz vos dou.”
(João: capítulo 14º, versículo 27)


Estrugem conflitos quais fogos que apresentam os pavios acesos, e, espalhados espoucam, gerando tumulto e alucinação.
Revoltas injustificáveis geram animosidades improcedentes, que seespalham mefíticas intoxicando quantos se encontram no raio de ação.
Expectativas funestas que resultam do pessimismo contumaz nutrido por mensageiros do equívoco, enredando incautos em corrente contínua de desesperados.
Exaltação por nada flui de todos os lados, passando a energia de alta tensão que descarrega cólera e ira em elevada voltagem que fulmina a curto como a longo prazo.
Ansiedades pela aquisição de valores sem valor real, produzem contínua perturbação que afeta o sistema emocional dando curso a insidiosas enfermidades de conseqüências funestas.
E outras poderosas constrições produzidas pela invigilância de cada um, afligindo de fora para dentro como de dentro para fora, sem ensejar momentos de paz, de asserenamento, de renovação...
... E conflitos do homem em si mesmo, conflitos do lar, conflitos do trabalho, conflitos da comunidade redundando em guerras de extermínio entre os povos como decorrência das lutas irreprimidas e descontroladas em cada criatura e de cada criatura em relação ao próximo.
E é tão fácil a conquista da paz!
Basta que não ambiciones em demasia, que corrijas os ângulos da observação da vida, que ames e perdoes, que te entregues às mãos de Deus que cuida das “aves do céu” e dos “lírios do campo” e que, por fim, cumpras fielmente com os teus deveres.
Ninguém está em regime de exceção como pessoa alguma se encontra em abandono, em situação nenhuma, na Terra ou fora dela.
Realiza o teu oásis interior e não te escravizes às coisas insignificantes, antes, luta com as armas da paciência e da confiança a fim de conquistares esse tesouro incomparável que é a paz.



Convites da Vida
Divaldo P. Franco por Joanna de Ângelis



quinta-feira, 23 de maio de 2019

CONVITE À PARCIMÔNIA



“Pois todo o que se exalta será humilhado.”
(Lucas: capítulo 14º, versículo 11)


Considerando o volume de problemas, cada dia em mais amplas dimensões, afligindo e amargurando, não sejas omisso ante a imperiosa quão inadiável contribuição que podes dispender a benefício da solução de alguns deles.
Se pensares em profundidade, concluirás que todo distúrbio externo procede das matrizes íntimas da vida. Sejam enfermidades orgânicas ou convulsões sociais, tragédias do lar ou crimes contra a Humanidade, todos eles se originam das recônditas circunstâncias espirituais.
O homem como a comunidade são as suas construções mentais.
Medida preventiva como terapêutica preciosa deve ser aplicada, portanto, no âmago das geratrizes reais do ser: o espírito.
Indiscutivelmente há fome, guerra, miséria social e econômica porque o homem vive em crise de amor. O amor presente ou ausente é sempre o responsável pelo progresso ou envilecimento do indivíduo tanto quanto da sociedade.
Por isso, aqueles fatores causais da desagregação econômica — que engendra a decadência social — são, antes de tudo, morais o que equivale afirmar, espirituais.
Não é por outra razão, que o Evangelho —, esse sublime código moral vivido por Jesus — na sua dinâmica poderosa, é a grande solução para esta atualidade turbulenta.
Assim compreendendo, dá início ao auto-aprimoramento pessoal, recorrendo a fáceis quão significativos cometimentos:
Ante a mesa farta, parcimônia no comer;
Diante do vestuário variado e excessivo, parcimônia no trajar;
Em face à abundância dos licores e refrescos, parcimônia no libar;
Envolto pela teia das facilidades, parcimônia no uso;
Guindado ao poder, parcimônia na aplicação de atitudes;
Em qualquer lugar ou situação, parcimônia, comedimento como característica de equilíbrio, cooperação para eqüacionamento de dificuldades.
O teu excesso é escassez do teu irmão.
As tuas arbitrariedades constituem aflição para o teu próximo.
Os teus abusos se convertem em prejuízos alheios.
Reparte o pão, distribui o bem fartamente quanto possas, mas sê parcimonioso para contigo mesmo, antes que te transformes em motivo de alheia dor ou raiz de desdita no meio em que vives, sendo humilhado
posteriormente como decorrência da exaltação ou esbanjamento pernicioso.



Convites da Vida
Divaldo P. Franco por Joanna de Ângelis


quarta-feira, 22 de maio de 2019

NÃO É SÓ




“Mas agora despojai-vos também de todas estas coisas:
da ira, da cólera, da malícia, da maledicência,
das palavras torpes de vossa boca.”
Paulo. (COLOSSENSES, CAPÍTULO 3, VERSÍCULO 8)


Na atividade religiosa, muita gente crê na reforma da personalidade, desde que o discípulo da fé se desligue de certos bens materiais.
Um homem que distribua grande quantidade de rouparia e alimento entre os necessitados é tido à conta de renovado no Senhor; contudo, isto constitui modalidade da verdadeira transformação, sem representar o conjunto das características que lhe dizem respeito.
Há criaturas que se despojam de dinheiro em favor da beneficência, mas não cedem no terreno da opinião pessoal, no esforço sublime de renunciação.
Enormes fileiras de aprendizes proclamam-se dispostas à prática do bem; no entanto, exigem que os serviços de benemerência se executem conforme os seus caprichos e não segundo Jesus.
Em toda parte, ouvem-se fervorosas promessas de fidelidade ao Cristo; todavia, ninguém conseguirá semelhante realização sem observar o conjunto das obrigações necessárias.
Pequeno erro de cálculo pode trair o equilíbrio de um edifício inteiro. Eis por que em se despojando alguém de algum patrimônio material, a benefício dos outros, não se esqueça também de desintegrar, em derredor dos próprios passos, os velhos envoltórios do rancor, do capricho doentio, do julgamento apressado ou da leviandade criminosa, dentro dos quais afivelamos pesada máscara ao rosto, de modo a parecer o que não somos.



Emmanuel/F.C.Xavier. Livro: Pão Nosso

AMOR SEMPRE

       Que faremos da caridade, quando todas as questões econômicas forem resolvidas?        Esta é a indagação que assinalamos, todos nós...