“E ele
lhes disse: Vinde vós aqui, à
parte, a
um lugar deserto, e repousai
um
pouco.”(Marcos, 6:31)
A exortação de Jesus aos companheiros reveste-se de singular importância
para os discípulos do Evangelho em todos os tempos.
Indispensável se torna aprender o caminho do “lugar à parte” em que o
Mestre aguarda os aprendizes para o repouso construtivo em seu amor.
No precioso símbolo, temos o santuário íntimo do coração sequioso de luz
divina.
De modo algum se referia o Senhor tão somente à soledade dos sítios que
favorecem a meditação, onde sempre encontramos sugestões vivas da natureza
humana. Reportava-se à câmara silenciosa, situada dentro de nós mesmos.
Além disso, não podemos esquecer que o Espírito sedento de união divina,
desde o momento em que se imerge nas correntes do idealismo superior, passa a
sentir-se desajustado, em profundo insulamento no mundo, embora servindo-o,
diariamente, consoante os indefectíveis desígnios do Alto.
No templo secreto da alma, o Cristo espera por nós, a fim de
revigorarnos as forças exaustas.
Os homens iniciaram a procura do “lugar deserto”, recolhendo-se aos
mosteiros ou às paisagens agrestes; todavia, o ensinamento do Salvador não se
fixa no mundo externo.
Prepara-te para servir ao Reino Divino, na cidade ou no campo, em
qualquer estação, e não procures descanso impensadamente, convicto de que,
muita vez, a imobilidade do corpo é tortura da alma. Antes de tudo, busca
descobrir, em ti mesmo, o “lugar à parte” onde repousarás em companhia do Mestre.
Pão
Nosso. Francisco C Xavier por Emmanuel
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