“Agora folgo, não porque
fostes contristados,
mas porque fostes
contristados para o
arrependimento; pois
fostes contristados
segundo Deus.” - Paulo.
(II Coríntios, 7:9)
Quanta vez se agitam famílias, agrupamentos ou coletividades
para que a tormenta lhes não alcance o ambiente comum? quantas vezes a criatura
contempla o céu, em súplica, para que a dor lhe não visite a senda ou para que
a adversidade fuja, ao encalço de outros rumos? Entretanto, a realidade chega
sempre, inevitável e inflexível.
No turbilhão de sombras da contristação, o homem, não raro, se
sente vencido e abandonado.
Todavia, o que parece infortúnio ou derrota pode representar
providências salvadoras do Todo-Compassivo.
Em muitas ocasiões, quando as criaturas terrestres choram, seus
amigos da Esfera Superior se alegram, à maneira dos pomicultores que descansam,
tranquilos, depois do campo bem podado.
Lágrimas, nos lares da carne, frequentemente expressam júbilos
de lares celestiais. Os orientadores divinos, porém, não folgam porque os seus
tutelados sejam detentores de padecimentos, mas justamente porque semelhante
situação indica possibilidades renovadoras no trabalho de aperfeiçoamento.
Todo campo deve conhecer o tempo de ceifa ou de limpeza
necessárias.
Quando estiverdes contristados, à face de faltas que cometestes
impensadamente, é razoável sofrais a passagem das nuvens pesadas e negras que
amontoastes sobre o coração; contudo, quando a prova e a luta vos surpreenderem
a casa ou o espírito, em circunstâncias que independem de vossa vontade, então
é chegada a hora da contristação segundo Deus, a qual vos eleva espiritualmente
e que, por isso mesmo, provoca a alegria dos anjos que velam por vós.
Livro: Vinha de Luz
Francisco Cândido Xavier
por Emmanuel
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