“Eu, porém, vos digo que
não resistais
ao mal.” – Jesus.
(Mateus, 5:39)
Os expoentes da má-fé costumam interpretar falsamente as
palavras do Mestre, com relação à resistência ao mal.
Não determinava Jesus que os aprendizes se entregassem, inermes,
às correntes destruidoras.
Aconselhava a que nenhum discípulo retribuísse violência por
violência.
Enfrentar a crueldade com armas semelhantes seria perpetuar o
ódio e a desregrada ambição no mundo.
O bem é o único dissolvente do mal, em todos os setores,
revelando forças diferentes.
Em razão disso, a atitude requisitada pelo crime jamais será a
indiferença e, sim, a do bem ativo, enérgico, renovador, vigilante e operoso.
Em todas as épocas, os homens perpetraram erros graves, tentando
reprimir a maldade, filha da ignorância, com a maldade, filha do cálculo. E as
medidas infelizes, grande número de vezes, foram concretizadas em nome do
próprio Cristo.
Guerras, revoluções, assassínios, perseguições foram
movimentados pelo homem, que assim presume cooperar com o Céu. No entanto, os
empreendimentos sombrios nada mais fizeram que acentuar a catástrofe da
separação e da discórdia. Semelhantes revides sempre constituem pruridos de
hegemonia indébita do sectarismo pernicioso nos partidos políticos, nas escolas
filosóficas e nas seitas religiosas, mas nunca determinação de Jesus.
Reconhecendo, antecipadamente, que a miopia espiritual das
criaturas lhe desfiguraria as palavras, o Mestre reforçou a conceituação,
asseverando: “Eu, porém, vos digo...”
O plano inferior adota padrões de resistência, reclamando “olho
por olho, dente por dente”...
Jesus, todavia, nos aconselha a defesa do perdão setenta vezes
sete, em cada ofensa, com a bondade diligente, transformadora e sem-fim.
Vinha de Luz. Francisco
C. Xavier por Emmanuel
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