“Ainda não resististes até
ao sangue,
combatendo contra o
pecado.”
– Paulo. (Hebreus, 12:4)
O discípulo sincero do Evangelho vive em silenciosa batalha no
campo do coração.
A princípio, desenrola-se o combate em clima sereno, ao doce calor
do lar tranquilo. As árvores das afeições domésticas amenizam as experiências
mais fortes. Esperanças de todos os matizes povoam a alma, nem sempre atenta à
realidade.
Falam os ideais em voz alta, relativamente às vitórias
porvindouras.
O lutador domina os elementos materiais e, não poucas vezes, supõe
consumado o triunfo verdadeiro.
O trabalho, entretanto, continua.
A vitória do espírito exige esforço integral do combatente. E,
mais tarde, o lidador cristão é convidado a testemunhos mais ásperos, compelido
à batalha solitária, sem o recurso de outros tempos. A lei de renovação
modifica-lhe os roteiros, subtrai-lhe as ilusões, seleciona-lhe os ideais. A
morte devasta-lhe o círculo íntimo, submete-o ao insulamento, impele-o à
meditação. O tempo impõe retiradas, mudanças e retificações...
Muitos se desanimam na grande empreitada e voltam, medrosos, às
sombras inferiores.
Os que perseverarem, todavia, experimentarão a resistência até ao
sangue. Não se trata aqui, porém, do sangue das carnificinas e sim dos laços
consanguíneos que não somente unem o espírito ao vaso corpóreo, como também o
enlaçam aos companheiros de séquito familiar. Quando o aprendiz receber a dor
em si próprio, compreendendo-lhe a santificante finalidade, e exercer a justiça
ou aceitá-la, acima de toda a preocupação dos elos consanguíneos, estará
atingindo a sublime posição de triunfo no combate contra o mal.
Livro: Vinha de Luz.
Francisco C. Xavier por Emmanuel
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