terça-feira, 10 de janeiro de 2017

CONVITE AO DESPRENDIMENTO





“Não ajunteis para vós tesouros na terra,
onde a traça e a ferrugem os consomem,
e onde os ladrões penetram e roubam...”
(Mateus: capítulo 6º, versículo 19.)



Desprendimento na qualidade de desapego, não de estroinice nem dissipação.

Todo e qualquer motivo que ata à retaguarda sob condicionamentos retentivos se transforma em cadeia escravizante.

Os objetos a que o homem se apega valem os preços que lhes são emprestados, constituindo-se elos a impedirem o avanço do possuidor, na direção do futuro...

Desapego, portanto, em forma de libertação do liame pessoal egoístico e tormentoso que constitui presídio e patíbulo para quem se fixa negativamente como para aquele que se faz sua vítima afetiva.

Libertar-se das aflições constritivas, asfixiantes, para marchar com segurança.

Doa com alegria quanto possas, generosamente.

O que distribuis com equilíbrio e lucidez multiplica-se, o que reténs reduz-se.

Abundância, como excesso engendram miséria e loucura.

Distende assim, mão generosa na alfândega da fraternidade, mas libera-te da emotividade desregrada, da posse afetuosa a objetos, animais e pessoas, porquanto mais carinhos que te mereçam, mais devoção que lhes dês, chegará o dia de atravessares o portal do túmulo, fazendo-o em soledade, livre de amarras ou jungido ao que se demorará, a desgastar-se pela ferrugem, pelo  azinhavre, corroído ou simplesmente em trânsito por outras mãos ante a tua tormentosa impossibilidade de reter e interferir.



FRANCO, Divaldo Pereira. Convites da Vida.
Pelo Espírito Joanna de Ângelis.


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