quarta-feira, 31 de agosto de 2016

OFENSAS



       Ofensas? Revisemos o nosso próprio comportamento no cotidiano e não se nos fará difícil desculpar a esse ou aquele companheiro, quando nos julguemos feridos por atitudes que hajam tomado contrariamente aos nossos interesses.
       Recordemos quantas vezes teremos desapontado corações amigos com palavras ou gestos que nos escapam, quase que sem qualquer participação de nossa vontade consciente.
       Imaginemos quão felizes nos sentimos, quando alguém perdoa as puerilidades ou agressões daqueles que se nos fazem os entes mais queridos.
       Rememoremos as ocasiões em que fomos vítimas de nossas próprias interpretações errôneas, acerca do procedimento alheio e cultivemos o bem, sistematicamente, porque, em se tratando do mal, é justo observar que unicamente nos identificaremos com o mal, na medida em que o mal se esconde por dentro de nós.




Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Neste instante

terça-feira, 30 de agosto de 2016

NUNCA GUARDES





            Nunca guardes o que escutares dos outros, se não se enquadrar nas linhas do bom comportamento evangélico.
            Lembra-te de um dito popular:
            "entra em um ouvido e sai pelo outro". Escutar é norma comum a todas as criaturas. Entretanto, guardar o que se escuta é serviço do bom senso nos Espíritos despertos para a luz do bom entendimento.
            Aprecia, pois, a boa conversa, pois que ela desperta teu coração, de sorte a conduzir-te à tranqüilidade de consciência.
            Os assuntos inferiores que, por vezes, escutas no passar do dia, deixa que eles passem sem registro na tua consciência e sem atingir o teu coração.
            No mundo das formas, quem guarda as coisas imprestáveis?
            Cada um procura o melhor, enriquecendo o seu próprio celeiro.
            No mundo invisível, no reino moral, as leis são as mesmas que regem o mundo físico.
            Deves guardar os valores do Espírito, acumular o tesouro imperecível que poderá reger o teu destino para a eternidade.
            As conversações ventiladas entre pessoas podem mudar de curso quando aquele que está escutando não se satisfaz com o tema em pauta.
            A educação tem recursos que devem ser usados em benefício próprio e em favor de quem fala.
            A palavra é força espiritual que não deve ser desperdiçada com idéias sem proveito.
            Assim como se podam os jardins para que esses floresçam com mais
vigor, pode-se podar as más intenções, dissolver os maus pensamentos, para que floresça uma conversação sadia em todos os assuntos articulados. Esse trabalho deve ser feito no reino da alma, no interior do coração.
            Monta uma oficina de trabalho dentro de ti, no silêncio, que o próprio silêncio te recompensará com os frutos da serenidade.
            À primeira vista, pode parecer egoísmo o auto-aperfeiçoamento, porém, não é assim. Pelo contrário, constitui preparo para ajudar melhor a quem educa os sentimentos, a quem aprimora as idéias, a quem corta as arestas dos instintos inferiores, capacitando-se para a humanidade, virtude primorosa que sempre qualifica o ser com a justiça e o amor.
            Nunca guardes sintomas da covardia nem princípios da desonestidade.
        Se for o caso de ouvir sempre essas más influências, não as guardes como sendo valores. Entregue-a ao vento, que ele sabe carregar o imprestável e transformar energias degradantes em refazedores adubos para a natureza.
            A lavoura da mente, para quem já reconheceu o Cristo como Caminho, Verdade e Vida, somente deve receber as sementes da verdade, pelas mãos do amor, no serviço da caridade.
            Nada precisas buscar fora. A própria seleção existe dentro de ti, dependendo do teu esforço na escolha e da tua confiança em Deus.
            Não deves recolher os maus exemplos, porque eles corrompem os bons costumes. Analisa, vigia e toma a vigiar tudo o que vier ao teu encontro,
porque aquilo que já estiver fechado no baú da consciência somente sairá com grandes distúrbios, causando muitos desequilíbrios em teus caminhos.
            A pureza da alma tem um preço exorbitante na escala da vida e o esforço próprio, aliado ao tempo, marcará a altura que conquistaste nos dramas da existência.
            Guarda, sim, o Bem, porque ele nunca morre.
            E dá vida longa ao teu coração, iluminando o Espírito para a eternidade.

João Nunes Maia por Lancellin. In: Cirurgia Moral

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

RECEITA ESPÍRITA





Pensamento sombrio?
Alguns instantes de prece.
Irritação?
Silêncio de meia hora pelo menos.
Tristeza?
Ampliação voluntária da quota de trabalho habitual.
Impulso à crítica destrutiva?
Observemos as nossas próprias fraquezas.
Desejo de censurar o próximo?
Um olhar para dentro de nós mesmos.
Solidão?
Auxiliar a alguém que, em relação a nós, talvez se encontre mais próximo.
Tédio?
Visita a um hospital para que se possa medir as próprias vantagens.
Ofensa?
Perdoar e servir mais amplamente.
Ressentimento?
Olvido de todo mal.
Fracasso?
Voltar às boas obras e começar outra vez.



Albino Teixeira - De “Caminho Espírita”,
de Francisco Cândido Xavier – Autores Diversos

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

CULTURA ESPÍRITA






      Estejamos atentos à bênção da caridade, por intermédio das migalhas de luz.
       Desenvolve-se a plantação, semente a semente.
       Ergue-se a casa, tijolo a tijolo.
       Constitui-se a mais bela sinfonia, nota a nota.
       Surge a história, palavra a palavra.
       Edifica-se a estrada mais longa, metro a metro.
       Desdobra-se o tecido, fio a fio.
       E o próprio século não é mais que larga faixa de tempo, a estruturar-se, minuto a minuto.
      Assim também é a obra da inteligência.
       Doemos à expansão da luz as nossas melhores forças, conscientes de que o esclarecimento, quanto aos nossos princípios, se realizará, de coração a coração, através de página a página, e de que a cultura espírita, capaz de operar a renovação do mundo, se fará livro a livro.
                                           

Emmanuel - De “Caminho Espírita”, de Francisco Cândido Xavier

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

OPINIÕES ALHEIAS





            Se trazes a consciência tranqüila, porque te impacientares tanto com as opiniões alheias, desfavoráveis?
***
            Cada pessoa fala daquilo que conhece oferecendo o que seja ou o que tenha.
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            A suposição dos companheiros, a nosso respeito, nasce daquilo que eles estimariam ou estimam fazer.
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            Cada qual de nós está no centro das próprias experiências.
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            Os irmãos que nos cercam são livres para pensarem a nosso respeito, da mesma forma que somos livres para anotar-lhes o comportamento.
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            Ninguém consegue obrigar determinada criatura a raciocinar com outro cérebro, a não ser aquele que lhe pertença.
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            Se uma pessoa se irrita contra nós sem razão, isso não é motivo para que venhamos a comprar uma rixa desnecessária.
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            Você está diante de uma criatura encolerizada, da mesma forma que você se encontra perante um doente: preste auxílio.
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            Toleremos os outros, para que os outros nos tolerem.
***
            Hoje, alguém terá perdido a serenidade, à nossa frente; amanhã, possivelmente, seremos nós, em situação igual diante deles.


Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Calma

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

CAMINHO





Mostremos o caminho, ensinemos a caminhar, mas não obriguemos ninguém a seguir sobre os nossos passos.

Cada espírito tem a sua própria trajetória na conquista das experiências que lhe dizem respeito.

Não nos aflijamos porque observemos aqueles que mais amamos se distanciando de nós, ao enveredarem por perigosos atalhos.

Em essência, esteja onde estiver, cada qual estará buscando a sua realização pessoal.

O anseio da descoberta é apanágio de todos os espíritos.

As palavras, por mais fiéis, nunca transmitem as lições que somente a experiência conseguirá, na linguagem inarticulada da dor.

Para seguirmos juntos não teremos necessariamente que caminhar lado a lado; os caminhos paralelos acabam por se convergirem adiante...

Palmilhemos a senda que nos diz respeito, estendendo, além de seus limites, as nossas mãos em auxílio aos que avançam pelas veredas que elegeram para si.

Afirmando ser o Caminho, Jesus não exigiu que ninguém o seguisse!

Compreendamos, assim, os companheiros que se afastam de nós e oremos a Deus pela sua felicidade, renunciando à alegria de tê-los conosco na jornada que empreendemos.

Quanto a nós, perseveremos no cumprimento do dever que abraçamos, longe do qual estaremos sempre desnorteados em nós mesmos, em completo desencontro com a Vida.


Irmão José / Carlos A. Baccelli
Do livro LIÇÕES DA VIDA

FRATERNIDADE

    Mãos que se alongam para auxiliar outras mãos que fraquejam.     Sentimentos que se engrandecem para apoiar emoções que necessitam de a...