Ouviste
oradores inflamados, advogando a causa da paz sobre toneladas de pólvora e
anotaste a presença de supostos vanguardeiros do progresso, solicitando-a sobre
montões de ruínas.
Esperam-na,
fomentando a desordem e falam dela portando rifles.
No plano
maior, os poderosos alinham bombas e os fracos acumulam desesperos. Talvez, por
isso, em plano menor, muitos adotaram fórmula idêntica. Em sociedade, acreditam
que a astúcia vale mais que a honestidade e, no campo individual, aceitam o
egoísmo à feição de senhor. Afirmam-se cultores da harmonia, concorrendo às
maratonas da discórdia, referem-se à indulgência disputando o campeonato da
crítica, aconselham bondade, acentuando a técnica de ferir e reportam-se ao
mundo, regurgitando pessimismo, como quem segue adiante a engulhos de enxurrada
e veneno.
E a
equação de todos esses desatinos será sempre a guerra... Guerra de princípios,
guerra de interesses, guerra fria superlotando manicômios, guerra quente
esparzindo a morte.
Sabes,
porém, com a Doutrina Espírita, que a consciência carrega consigo, onde esteja,
o fruto das próprias obras.
Não
incensarás, desse modo, o delírio dos que apregoam a concórdia, incentivando o
dissídio, a rebelião, a injúria e o desânimo.
Trabalharás,
infatigavelmente, pelo bem de todos, aperfeiçoando a ti mesmo e sabendo que
caminhas, em penhor de tua própria imortalidade, para a exaltação da vida
eterna, com a paz verdadeira começando de ti.
(Emmanuel
(Chico Xavier) - De “IDEAL ESPÍRITA”
de Francisco
Cândido Xavier e Waldo Vieira – Autores diversos)
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