Criatura alguma
conseguirá partilhar o trabalho de várias comunidades ao mesmo tempo, não
obstante a pessoa, por seus atos, influir indiretamente no conjunto da
Humanidade.
Cada um de nós,
estejamos encarnados ou desencarnados em serviço na Crosta Terrestre, vive
jungido a um grupo de companheiros que constituem laços do pretérito ou
instrumentos da hora, junto dos quais
somos convidados a educar a vida e o coração para a Existência Maior.
Semelhantes sócios de
ideal parecer-nos-ão, às vezes, inadequados para nós, mas é preciso considerar
que, provavelmente no conceito que fazem de nós, nos julgarão também impróprios
para eles. Forçoso reconhecer que são agora o que são, como somos neste momento
o que temos sido até hoje.
As Diretrizes Divinas
não nos reuniram, por acaso uns com os outros.
Não dispomos de
recurso bastante para conhecer circunstanciadamente os propósitos da Justiça
Real. Sabemos que nos concede o melhor que sejamos capazes de receber para
realizarmos o melhor que possamos fazer na hora que passa.
Usemos o amor que o
Evangelho nos indica a fim de que se nos reduzam as deficiências recíprocas.
Imperioso amá-los quais se nos fossem familiares queridos.
Agradecer aos mais
virtuosos o conforto com que nos alimentam a alma e auxiliar os que se nos
mostrem menos seguros.
Seguir o exemplo dos
valorosos no dinamismo construtivo e apoiar os tíbios que tropeçam a cada passo
na tarefa a desenvolver. Sentir-lhes os percalços, compartir-lhes os regozijos.
Recolher a inspiração
dos que acertam e amparar os que se transviam.
Escutar com atenção
os que ensinam e ouvir com paciência os que se desequilibram nos labirintos da
necessidade.
Estimular as mínimas
aspirações que entremostrem no rumo da correção, permanecendo justos para que a
fraternidade jamais lisonjeie o mal naqueles que amamos.
Saber tocá-los no
sentimento, sem converter a sinceridade em censura e sem transformar a bondade
em fraqueza, para que não se emaranhem nas armadilhas da ilusão.
Entender que sem eles
seríamos quais alunos obrigados à frequência da escola, sem material de lição.
Em suma, aceitar o
campo da vivência cotidiana como o educandário mais digno em que possamos
estagiar, provisoriamente internados pela Fraternidade Comum, e do qual não
sairemos senão para a repetência de provas, se não tivermos notas de
aproveitamento que nos recomendem a equipes superiores.
Para isso, guardemos
por norma a realização de benefícios generalizados a fim de que a rotina
improdutiva não nos detenha à margem, adiando o nosso acesso à verdadeira
compreensão.
André
Luiz - De “Estude e Viva”, de Francisco Cândido Xavier
e
Waldo Vieira, pelos Espíritos de Emmanuel e André Luiz
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