sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

OFENSAS


Ofensas? Revisemos o nosso próprio comportamento no cotidiano e não se nos fará difícil desculpar a esse ou aquele companheiro, quando nos  julguemos feridos por atitudes que hajam tomado contrariamente aos nossos interesses.

Recordemos quantas vezes teremos desapontado corações amigos com palavras ou gestos que nos escapam, quase que sem qualquer participação de nossa vontade consciente.

Imaginemos quão felizes nos sentimos, quando alguém perdoa as puerilidades ou agressões daqueles que se nos fazem os entes mais queridos.

Rememoremos as ocasiões em que fomos vítimas de nossas próprias interpretações errôneas, acerca do procedimento alheio e cultivemos o bem, sistematicamente, porque, em se tratando do mal, é justo observar que unicamente nos identificaremos com o mal, na medida em que o mal se esconde  por dentro de nós.




 (Francisco Cândido Xavier
por Emmanuel. In: Neste instante)

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

A FORÇA DA COMPREENSÃO


    Um brinquedo de Jonas havia desaparecido. Irritado, suspeitando que seu irmão Lucas, de apenas três anos de idade, era o culpado, gritou:


    — Lucas, devolva meu carrinho vermelho novo.

    — Não sei onde está. Não peguei seu carrinho — respondeu o pequeno.

    — Pegou sim. Diga onde você o escondeu, Lucas!

    Mas o garotinho repetia, batendo o pé no chão e chorando:

    — Não peguei, não peguei, não peguei.

    Ao ver a confusão armada e Lucas em prantos, a mãe pega o pequeno no colo e diz ao filho mais velho:

    — Jonas, meu filho, você já tem onze anos e não pode ficar brigando com seu irmãozinho. Se Lucas disse que não pegou, acredite. Procure direito e acabará encontrando seu brinquedo.

    Bufando de raiva, Jonas sai da sala e começa a procurar o carrinho. Procurou no quarto de dormir, no quintal, na varanda, na sala e até no banheiro. Nada de encontrar seu brinquedo preferido.

    Sem saber mais onde buscar, Jonas entrou no escritório e, olhando para a estante de livros do seu pai, pensou: Só pode estar aí!


    Retirou todos os livros da estante.


    Quando o pai chegou, ao entardecer, levou um susto. Encontrou Jonas perdido no meio dos livros, desanimado.  

    — O que aconteceu, meu filho? — perguntou, espantado.

    — Estava procurando meu carrinho, papai.

    — No meio dos meus livros? E você o achou?

    — Não, papai.

    — Bem. Então, agora coloque os livros no lugar.

    — Mas, papai! Estou cansado! — reclamou o garoto, fazendo uma careta.

    Com muita paciência, o pai considerou:

    — Jonas, foi você que fez essa bagunça. Logo, é você que deve arrumar tudo, colocando os livros no lugar! Pode começar já, caso contrário não terminará até a hora de dormir.

    Eles não viram que o pequeno Lucas tinha entrado, se escondido atrás da mesa, e ouvia a conversa.

    Assim que o pai saiu da sala, Lucas se prontificou com seu jeitinho:

    — Quer ajuda, Jonas?

    Com uma grande pilha de livros nos braços, que mal podia carregar, o irmão respondeu mal-humorado:

    — Você?! Saia daqui, pirralho! Você não tem força para levar livros tão pesados. Agora me deixe trabalhar!

    Não demorou muito, Jonas estava exausto. Resolveu parar um pouco para descansar e tomar um lanche, mas estava tão cansado que se sentou no sofá da sala, diante da televisão, e acabou cochilando.

    Ao acordar, levou um susto!

    "Meu Deus! Eu adormeci e não acabei de arrumar os livros do papai!"

    Correu para o escritório e teve uma grande surpresa.

    Parecia um milagre! Apesar de um pouco desalinhados, os livros estavam todos no lugar!

    — Quem terá feito isso? — perguntou baixinho, sem poder acreditar.

    Uma voz alegre e cristalina respondeu:

    — Fui eu!

    Era Lucas, satisfeito com seu serviço, carregando o último livro.

    — Como você conseguiu fazer isso, Lucas? Eles são muito pesados! Como pôde carregar uma pilha de livros?

    — Ora, não carreguei uma pilha de livros. Levei um por um!

    Jonas fitou o irmão, admirado do trabalho que ele tinha realizado. Compreendeu que menosprezara a ajuda do pequeno Lucas julgando-o incapaz. No entanto, o irmãozinho provara que podia realizar aquela tarefa. Certamente, não conseguiria levar um peso grande, mas tinha usado a cabecinha e transportado os livros aos poucos.

    Jonas aproximou-se do irmão e abraçou-o com carinho.

    — Lucas, hoje você me mostrou que sempre podemos realizar aquilo que desejamos. Basta que tenhamos boa vontade e criatividade. Obrigado, irmãozinho.

    Os pais, que passavam naquele momento e pararam para observar a cena, também ficaram satisfeitos ao ver os irmãos abraçados e em paz.

    Sorridente, a mãe considerou:

    — Para que a lição seja completa ainda falta uma coisa, Jonas. Lembra-se do seu carrinho vermelho? Pois eu o encontrei, meu filho. Estava no meio das suas roupas, no armário.

    Corando de vergonha, Jonas virou-se para o irmão e disse:

    — Lucas, nem sei como me desculpar pela maneira como agi. Por duas vezes hoje eu o julguei mal e errei. Além disso, você mostrou que é pequeno no tamanho, mas que tem um grande coração. Apesar de ter sido maltratado por mim, suportado o meu mau humor, minha irritação, esqueceu tudo e, quando viu que eu estava em apuros, ajudou-me com alegria, realizando uma tarefa que era minha. Você pode me perdoar?

    O pequeno abraçou Jonas com um largo sorriso:

    — Claro! Você me leva para passear amanhã?

    Todos riram, satisfeitos por fazerem parte de uma família que tinha problemas como qualquer outra, mas que acima de tudo era feliz, porque existia compreensão, generosidade e amor entre todos.




(autora: Celia Xavier de Camargo - 
http://www.forumespirita.net/fe/espiritismo-jovens/a-forca-da-compreensao/)

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

VERDADE E AMOR

 

“Mas praticando a verdade com amor...”
(PAULO – Efésios – 4:15)

        A verdade pode ser utilizada para ajudar, ferir ou descoroçoar.

        Ajuda, quando orienta mediante o recurso da bondade e da discrição;

        fere, quando zurzida com enfado ou através do descaso, com azedume e frieza com que se expressa;

        descoroçoa, quando se torna arma de dura aplicação que culmina por aniquilar os estímulos.

-x-

        O amor pode ser utilizado para ajudar, ferir ou descoroçoar.

        Ajuda, quando adverte, assiste e porfia, mesmo quando tudo, aparentemente, conspira contra;

        fere, quando exige, impondo-se afirmação a soldo de pesado ônus retributivo;

        descoroçoa, quando por eufemismo concorda com o erro, desculpa a irresponsabilidade e acoberta as leviandades, aniquilando.

-x-

        Quem ama e é verdadeiro age com retidão, exerce responsabilidade, porfia no ideal, embora membro da minoria.

        Não reclama, não exige, não desanima.

       Seguro dos objetivos que alcançará, serve incansável, ensina infatigável, perdoa.

        A verdade e o amor são linhas mestras de conduta que nenhum cristão delas pode prescindir.

        Dispensável esgrimir o verbo sadio, desnecessário falar da própria capacidade de amar.

        Pelos atos revela-se, como pelos “frutos se conhecem as árvores”.

 

 
 
De “Momentos de Decisão”, de Divaldo Pereira Franco,
pelo Espírito Marco Prisco.

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

OBEDEÇAMOS


        Meus amigos:
        Companheiros existem que não se cansam de alegar incapacidade para o serviço do bem.
        No entanto, o serviço do bem pertence, na Terra, a Nosso Senhor Jesus Cristo e compete a nós outros a obrigação de nos afeiçoarmos a Ele, para sermos intérpretes de seu Infinito Amor.
        Recorramos à Natureza para que nos ilustre a asserção.
        O fio de cobre, largado na via pública, não passa de bagatela, mas ligado ao poder da usina é transmissor de luz e força.
        O cano de chumbo, abandonado à poeira, é tropeço na estrada, contudo, em se ajustando ao reservatório, é mensageiro da água pura.
        A argila, dormindo no charco, é simples trato de lama, todavia, entregue aos cuidados do oleiro, converte-se em vaso nobre.
        A pedra, solta no campo, é calhau pobre e esquecido, mas, se unida à construção, é alicerce do lar.
        A lagarta na amoreira é triste animal, de aspecto repelente, mas, trazida à indústria do fio, produz a seda brilhante.
        A tripa de carneiro, estendida ao sol, é realmente algo desprezível, contudo, transformada na corda do violino, é abrigo doce de música.
        Entretanto, o fio de cobre para iluminar padece a tensão da energia elétrica, o cano de chumbo necessita disciplinar-se para servir, a argila experimenta o insulto do fogo para erguer-se em utilidade, a pedra sofre  a própria ocultação para erigir-se em sustentáculo, a lagarta deve morrer para auxiliar e a tripa de carneiro passa por longo processo renovador, a fim de responder com segurança aos sonhos do musicista.
        Em verdade, todos somos corações frágeis, almas culpadas, consciências denegridas e Espíritos transgressores, diante da Lei, mas, ligados ao Espírito de Nosso Divino Mestre, podemos ser instrumentos do Eterno Bem.
        Não basta, porém, salientar as nossas fraquezas, cultivando a preguiça e a falsa modéstia.
        É imprescindível abraçar a verdadeira humildade, com obediência e disciplina, ante os desígnios do Senhor, porque, aprendendo e servindo, amando e ajudando, lutando e sofrendo em sua Causa Sublime, será possível cumprir-lhe a Divina Vontade e retratar-lhe a Divina Luz.



(Francisco Cândido Xavier por André Luiz. In: Vozes do Grande Além)

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

PARA SER FELIZ


Confia em Deus.

Aceita no dever de cada dia a vontade do Senhor para as horas de hoje.

Não fujas da simplicidade.

Conserva a mente interessada no trabalho edificante.

Detém-te no “lado bom” das pessoas, das situações e das coisas.

Guarda o coração sem ressentimento.

Cria esperança e otimismo onde estiveres.

Reflete nas necessidades alheias, buscando suprimi-las ou atenua-las.

Faze todo o bem que puderes, em favor dos outros sem pedir remuneração.

Auxilia muito.

Espera pouco.

Serve sempre.

Espalha a felicidade no caminho alheio, quanto seja possível.

Experimentemos semelhantes conceitos na vida prática e adquiriremos a luminosa ciência de ser feliz.

 

 

Emmanuel - Da obra: Caminho Espírita - Francisco Cândido Xavier

domingo, 26 de janeiro de 2025

GRANJEAI AMIGOS


“Também vos digo: granjeai amigos com
as riquezas da injustiça.” Jesus (Lucas, 16:9)

Se o homem conseguisse, desde a experiência humana, devassar o pretérito profundo, chegaria mais rapidamente à conclusão de que todas as possibilidades que o felicitam, em conhecimento e saúde, provêm da Bondade Divina e de  que a maioria dos recursos materiais, à disposição de seus caprichos, procede da injustiça.

Não nos cabe particularizar e, sim, deduzir que as concepções do direito humano se originaram da influência divina, porque, quanto a nós outros, somos compelidos a reconhecer nossa vagarosa evolução individual do egoísmo feroz para o amor universalista, da iniqüidade para a justiça real.

Bastará recordar, nesse sentido, que quase todos os Estados terrestres se levantaram, há séculos, sobre conquistas cruéis. Com exceções, os homens têm sido servos dissipadores que, no momento do ajuste, não se mostram à altura da mordomia.

Eis por que Jesus nos legou a parábola do empregado infiel, convidando-nos à fraternidade sincera para que, através dela, encontremos o caminho da reabilitação.

O Mestre aconselhou-nos a granjear amigos, isto é, a dilatar o círculo de simpatias em que nos sintamos cada vez mais intensivamente amparados pelo espírito de cooperação e pelos valores intercessórios.

Se o nosso passado espiritual é sombrio e doloroso, busquemos simplificá-lo, adquirindo dedicações verdadeiras, que nos auxiliem através da subida áspera da redenção. Se não temos hoje determinadas ligações com as riquezas da injustiça, tivemo-las, ontem, e faz-se imprescindível aproveitar o tempo para o nosso reajustamento individual perante a Justiça Divina.

 



Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

PINGOS



O favor de agora cresce

Na direção do porvir.

Ajuda espontaneamente

E obterás sem pedir.

 

Em teu combate no bem,

Se desejares vencer,

Aprende resignado

A tolerar e a sofrer.

 

No roteiro para os cimos

Olvida as pedras e avança...

A beleza do triunfo

Está na perseverança.

 

Não abandones teus livros,

Não te canses de estudar.

A educação é tesouro

Que ninguém pode roubar.

 

Perdoa a ofensa da estrada.

Mais vale a tua agonia

Que a miséria dolorosa

Daquele que te injuria.

 

A calúnia quando escreve

Sofre a treva que a reclama,

Vertendo pelo alfabeto

Fumo e cinza, lodo e lama.

 

Ajuda a mão que te fere...

No bem reside a vitória.

A inveja é sempre o tributo

Que o despeito rende à glória.

 


 

Casimiro Cunha

Gotas de Luz

Francisco Cândido Xavier

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

CONVITE AO AMOR


“Um novo mandamento vos dou: que

vos ameia uns aos outros.”

(João: capítulo 13º, versículo 34)

 

O amor é o estágio mais elevado do sentimento.

O homem somente atinge a plenitude quando ama. Enquanto anseia e busca ser amado, foge à responsabilidade de amar e padece infância

emocional.

No contexto social da atualidade hodierna, todavia, a expressão amor sofre a desvalorização do seu significado para experimentar a decomposição do tormento sexual, que não passa de instinto em desgoverno.

Sem dúvida, o sexo amparado pelo amor caracteriza a superioridade do ser, facultando-lhe harmonia íntima e perfeito intercâmbio de vibrações e hormônios a benefício da existência.

Sexo sem amor, porém, representa regressão da inteligência às formas primeiras do desejo infrene, com o comprometimento das aspirações elevadas em detrimento de si mesmo e dos outros.

Por essa razão, vige em todos os departamentos do Cosmo a mensagem do amor.

Na perfeita identificação das almas o amor produz a bênção da felicidade em regime de paz.

Nem sempre, porém, se encontrará no ser amado a recíproca. Importa, o que é essencial, amar, sem solicitação.

De todos os construtores do pensamento universal, o amor recebeu a contribuição valiosa de urgência. Isto, porque Deus, Nosso Pai, é a mais alta manifestação do amor.

E Jesus, padronizando as necessidades humanas quanto solucionando-as, sintetizou-as no amor, como única diretriz segura por meio da qual se pode lograr a meta que todos perseguimos nas sucessivas existências.

* * *

Se, todavia, sentes aridez íntima e sombras carregadas de desencantos obnubilam as tuas aspirações, inicia o exercício do amor, entre os que sofrem, através da gentileza, passando do estágio da amizade. Descobrirás, depois, a realidade do amor em blandícia de tranquilidade no país do teu espírito.

Se por acaso o céu dos teus sorrisos está com as estrelas da alegria apagadas, ama, assim mesmo, e clarificarás outros corações que jazem em noites mais sombrias, percebendo que todo aquele que irradia luz e calor, aquece-se e ilumina-se, permanecendo feliz em qualquer circunstância.

Haja, pois, o que haja, ama.

Em plena cruz, não obstante o desprezo e a traição, o azorrague e a dor total, Jesus prosseguiu amando e até hoje, fiel ao postulado que elaborou como base do Seu ministério, continua amando-nos sem cansaço.



 

Convites da Vida.

Divaldo P. Franco

Joana de Ângelis

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

CORREÇÕES


“Se suportais a correção, Deus vos trata

como a filhos; pois que filho há a quem

o pai não corrija?” – Paulo. (Hebreus, 12:7) 

Bem-aventurado o espírito que compreende a correção do Senhor e aceita-a sem relutar.

Raras, todavia, são as criaturas que conseguem entendê-la e suportá-la.

Por vezes, a repreensão generosa do Alto – símbolo de desvelado amor – atinge o campo do homem, traduzindo advertência sagrada e silenciosa, mas, na maioria das ocasiões, a mente encarnada repele o aguilhão salvador, mergulha dentro da noite da rebeldia, elimina possibilidades preciosas e qualifica de infortúnio insuportável a influência renovadora, destinada a clarear-lhe o escuro e triste caminho.

Muita gente, em face do fenômeno regenerativo, apela para a fuga espetacular da situação difícil e entrega-se, inerme, ao suicídio lento, abandonando-se à indiferença integral pelo próprio destino.

Quem assim procede não pode ser tratado por filho, porquanto isolou a si mesmo, afastou-se da Providência Divina e ergueu compactas paredes de sombra entre o próprio coração e as Bênçãos Paternas.

Aqueles que compreendem as correções do Todo-Misericordioso reajustam-se em círculo de vida nova e promissora.

Vencida a tempestade íntima, revalorizam as oportunidades de aprender, servir e construir e, fundamentados nas amargas experiências de ontem, aplicam as graças da vida superior, com vistas ao amanhã.

Não te esqueças de que o mal não pode oferecer retificações a ninguém. Quando a correção do Senhor alcançar-te o caminho, aceita-a, humildemente, convicto de que constitui verdadeira mensagem do Céu.

 

  

Pão Nosso. Francisco C. Xavier por Emmanuel

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

CONVITE À FÉ


“Se tivésseis a fé do tamanho de
um grão de mostarda...”
(Mateus: capítulo 17º, versículo 20)
 

Para que a chama arda é indispensável a sustentação pelo combustível.

A fim de que o rio se agigante, a nascente prossegue sustentando-lhe o curso.

A mesa enriquecida pelo pão sacrifica o grão de trigo generoso.

No ministério da vida espiritual, a fim de que o homem sobreviva ao clima de desespero que irrompe de todo lado, com as altas cargas da aflição, do medo, da dúvida, que se generalizam, a fé é imprescindível para a aquisição do equilíbrio.

Seu milagre, todavia, depende do esforço despendido em prol da sua própria manutenção.

À fé inata devem ser adicionados os valores de reflexão e da prece de modo a canalizar a inspiração superior que passa a constituir fonte geradora de preservação do necessário capital da confiança.

Às vezes, para que as sementes que jazem no solo das almas, em lactência, se desdobrem em embriões de vida, torna-se imperioso condicionamentos psíquicos, somente possíveis mediante a busca sistemática pela razão, pelos fatos, através da investigação.

Seja, porém, como seja, o homem não pode prescindir do valioso contributo da fé, a fim de colimar os objetivos da reencarnação.

Apressado, ante a infeliz aplicação do avião nos jogos da guerra, Alberto Santos Dumont preferiu a fuga, através do autocídio nefário...

Porque a dinamite fora usada para extermínio de povos Alfredo Nobel amargurou-se até a desencarnação...

Se tivessem fé, poderiam acompanhar a marcha do progresso, ensejada pelos seus inventos, colocados a serviço mesmo da Humanidade.

Não obstante houvessem perseverado confiantes no êxito dos seus empreendimentos, faltou-lhes a fé religiosa para sustentá-los nos momentos terríveis que tiveram de considerar, em face da vida física que se extingue e da espiritual que é indestrutível.

A fé é a flama divina que aquece o espírito e dá-lhe forças para superar tudo: mágoas, desaires revoltas, traições e até mesmo a morte.

Alimentá-la para a própria paz é indeclinável dever que não podes postergar.

 


 

 
Convites da Vida
Divaldo P. Franco por Joanna de Ângelis

AMOR SEMPRE

       Que faremos da caridade, quando todas as questões econômicas forem resolvidas?        Esta é a indagação que assinalamos, todos n...