Todas as
obras humanas constituem a resultante do pensamento das criaturas. O mal e o
bem, o feio e o belo viveram, antes de tudo, na fonte mental quê os produziu,
nos movimentos incessantes da vida.
O
Evangelho consubstancia o roteiro generoso para que a mente do homem se renove
nos caminhos da espiritualidade superior, proclamando a necessidade de
semelhante transformação, rumo aos planos mais altos. Não será tão somente com
os primores intelectuais da Filosofia que o discípulo iniciará seus esforços em
realização desse teor. Renovar pensamentos não é tão fácil como parece à
primeira vista. Demanda muita capacidade de renúncia e profunda dominação de si
mesmo, qualidades que o homem não consegue alcançar sem trabalho e sacrifício
do coração.
É por isso
que muitos servidores modificam expressões verbais, julgando que refundiram
pensamentos. Todavia, no instante de recapitular, pela repetição das
circunstâncias, as experiências redentoras, encontram, de novo, análogas
perturbações, porque os obstáculos e as sombras permanecem na mente, quais
fantasmas ocultos.
Pensar é
criar. A realidade dessa criação pode não exteriorizar-se, de súbito, no campo
dos efeitos transitórios, mas o objeto formado pelo poder mental vive no mundo
íntimo, exigindo cuidados especiais para o esforço de continuidade ou extinção.
O conselho
de Paulo aos filipenses apresenta sublime conteúdo.
Os
discípulos que puderem compreender-lhe a essência profunda, buscando ver o lado
verdadeiro, honesto, justo, puro e amável de todas as coisas, cultivando-o, em
cada dia, terão encontrado a divina equação.
Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso
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