Fazendo um balanço, através de reflexões, és impelido a renovar conceitos, face
à necessidade de colocar o Senhor em muitas das posições que Lhe competem e que
Lhe tens negado.
Não poucas
vezes, receoso e desiludido, interrogas, concluindo falsamente, qual
registrando resposta infeliz, decorrente da íntima secura que padeces.
Se ainda não
te convenceste da necessidade de sintonizar com Ele, completa os raciocínios,
pondo-O presente e notarás diferenças.
Mencionas
cansaço e desequilíbrio como carga que se sobrepõe, esmagadora, quase te
conduzindo ao fracasso. Todavia: "O fardo é leve!"
Referes que
a amizade de amigos transitou da tua para províncias estranhas. Em decorrência
sofres o vazio que ficou na alma, graças à deserção deles. No entanto:
"Aquele que não tomar a sua cruz e seguir-me, não é digno de mim."
Esclareces
que a monotonia das atividades a pouco e pouco mata o ardor do ideal que antes
te abrasava. Tens a sensação de que já não é a mesma a chama da fé, que ardia
em ti. Apesar disso: "O trabalhador da undécima hora faz jus ao salário
daquele da hora primeira."
Informas que
desejarias novos sinais dos Céus, a fim de que se robustecessem as convicções
que parecem esvaziadas de conteúdo, na torpe sociedade de consumo. Sem embargo,
a lição é simples: "Bem-aventurados os que não viram e creram."
Minado por
enfermidades insistentes que te roubam a vitalidade, inquires: "Onde o
auxílio divino, na direção das minhas necessidades?" Não obstante, a
resposta está enunciada há quase dois mil anos: "Nem todos foram
curados."
A ronda da
fome aumenta cada vez mais, ampliando as dimensões dos seus domínios, e a
miséria, soberana, governa milhões de destinos. Marejam-se os teus olhos,
em justa compunção. No íntimo, indagas: "Por que o Senhor não solve a
dificuldade?" Entrementes, a elucidação já foi dada: "nem só de pão
vive o homem...."
*
Sim, são
horas de balanço interior, momento de colher o resultado da
semeadura.
Cada um
respira emocionalmente o clima da província psíquica em que situa as
aspirações.
O homem
alcança o destino que lhe compraz, e o ideal, nele, tem a vitalidade que o
suprimento de sacrifício lhe dá, através de quem o sustenta.
És parte da
família que constitui o rebanho do Cristo. O Senhor prossegue o mesmo. Faze um
exame racional e honesto, a fim de verificares se a mudança, por acaso, não
terá sido de tua parte.
O rumo que
Ele nos aponta continua indicando liberdade. As amarras foram construídas por
cada qual, para a própria escravidão espiritual.
Diante de
tais considerações, no báratro dos tormentosos dias, convém
consultar Jesus, sem cessar. E, se tiveres ouvidos capazes de
escutar-discernindo, percebê-lo-ás a repetir: "Eu sou o Caminho: Vinde a
mim!"
(Divaldo P. Franco por Joanna de
Ângelis. In: Celeiro de Bênçãos)
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