terça-feira, 31 de outubro de 2023

A META


       Está distante a meta, mas a minha atenção não se prende a ela, e sim à rota que tracei para alcançá-la.

       Que sei eu de distância, quando meus sentidos se enganam com miragens? Como me poderei capacitar da distância da meta que hei de alcançar um dia?

       Hei de alcançar porque eu quero alcançar, e eu quero porque Deus em mim assim o quer.

       Fortalecido por essa certeza, que poderá me deter ou me retirar do caminho?

       Sei que terei precipícios a transpor, que avalanche de pedras poderão rolar ainda sobre mim, que talvez mergulhe nos lodaçais do caminho, pela minha imprevidência, que às vezes me desorienta, mas à proporção que sair da cada experiência, estarei mais encorajado para prosseguir, porque eu quero chegar ao meu destino, e lá chegarei, com a ajuda de Deus.

       Aboli pieguismo e choros não me revolto nem me lamento, porque aquele que me criou não necessita que lhe peça nada. Ele sabe tudo que eu preciso e me dará suas dádivas à medida que eu precisar ou souber usá-las; e, à minha súplica, me retirará da lama em que estiver mergulhado, levado por minhas paixões; me erguerá iluminado, e se eu lhe pedir, como anseio de minha vida, me dará o sol o seu pura amor. Ele me dará na hora exata tudo o que eu precisar, e não o que eu lhe pediria em minha ignorância.

       Portanto, não gasto energia em pedidos pueris, reservando-a para alimentar meu propósito de chegar aos “pés do Mestre”.

       Adiante, amigos e companheiros de caminhada terrena. Se não estou mais entre vós, estou em lugar onde também luto e anseio por alcançar o mesmo ideal vosso.

       Não esmoreçais, ainda que a tempestade mais assustadora vos surpreenda na estrada.. A tempestade experimenta apenas a vossa fé e a vossa convicção. Se não fugirdes apavorados, ela passará e contemplareis a calmaria onde o céu é mais azul e a brisa mansa e amena vos acariciará a alma.

 

  De “...A Verdade e a Vida”, de Cenyra Pinto

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

ORAÇÃO E CURA


Reunião pública de 19-2-60
Questão nº 176 - § 8º - O Livro dos Médiuns

    Recorres à oração, junto desse ou daquele enfermo, e sofres, quando a restauração parece tardia.

    Entretanto, reflete na Lei Divina a que todos, obrigatoriamente, nos entrosamos.
    Isso não quer dizer devamos ignorar o martírio silencioso dos companheiros em calamidade do campo físico.
    Para tanto, seria preciso não haver sentimento.
    Sabemos, sim, quanto dói seguir, noite a noite, a provação dos familiares, em moléstias irreversíveis; conhecemos, de perto, a angústia dos pais que recolhem no coração o suplício dos filhinhos torturados no berço; partilhamos a dor dos que gemem nos hospitais como sentenciados à pena ultima, e assinalamos o tormento recôndito dos que fitam, Inquietos, em doentes amados, os olhos que se embaciam...
***
    Observa, porém, o quadro escuro das transgressões humanas que nos rodeiam.
    Pensa nos crimes perfeitos que injuriam a Terra; na insubmissão dos que se rendem às sugestões do suicídio, prejudicando os planos da Eterna Sabedoria e criando aflitivas expiações para si mesmos; nos processos inconfessáveis dos que usam a inteligência para agravar as necessidades dos semelhantes e na ingratidão dos que convertem o próprio lar em reduto do desespero e da morte...
    Medita nos torvos compromissos dos que se acumpliciam agora com os domínios do mal, e perceberás que a enfermidade é quase sempre o bem exprimindo reajuste, sustando-nos a queda em delitos maiores.
***
    Organizemos, assim, o socorro da oração, junto de todos os que padecem no corpo dilacerado, mas, se a cura demora, jamais nos aflijamos.
    Seja o leito de linho, de seda, palha ou pedra, a dor é sempre a mesma e a prece, em toda parte, é bênção, reconforto, amparo, luz e vida.
    Lembremo-nos, no entanto, de que lesões e chagas, frustrações e defeitos, em nossa forma externa, são remédios da alma que nós mesmos pedimos à farmácia de Deus.


 

Francisco Cândido Xavier por Emmanuel
In: Seara dos Médiuns

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

CAMINHOS CRUZADOS


“Sabendo primeiro isto: que nos últimos dias
virão escarnecedores, andando segundo as
suas próprias concupiscências.”
(II PEDRO, 3:3) 

De todos os elementos que tentam perturbar as obras divinas, os escarnecedores são os mais dignos de piedade fraternal. É que são enfermos pouco suscetíveis de medicação, em vista de serem profundamente ignorantes ou profundamente perversos.

O escarnecedor costuma aproximar-se dos trabalhadores fiéis das ideias novas exigindo-lhes provas concludentes das afirmações espirituais que lhes constituem a divina base do trabalho no mundo.

É interessante, porém, observar que pedem tudo, sem se disporem a dar coisa alguma.

Querem provas da verdade; contudo, não abandonam as cavernas mentais em que vivem usualmente, nem mesmo para vê-las. Querem demonstrações espirituais agarrados, à maneira de vermes, aos fenômenos materiais. Os infelizes não percebem que se emparedaram no desconhecimento da vida, ou no egoísmo que lhes agrava os instintos perversos. E tocam a rir nos caminhos do mundo, copiando os histriões da irresponsabilidade e da indiferença. Zombam de todas as reflexões sérias, mofam de todos os ideais do bem e da luz... Movimentam nobres patrimônios intelectuais no esforço de destruir e, por vezes, conseguem cavar fundo abismo onde se encontram.

Os aprendizes sinceros do Evangelho devem, todavia, saber que semelhantes desviados andarão na Terra segundo as próprias concupiscências. São folhas conscientes do mal que só a Misericórdia Divina poderá transformar, ao sublime sopro de suas renovações.

É preciso não perder tempo com essa classe de perturbadores contrários as atividades do bem. São expoentes do escárnio, condenados a receber as consequências dele. Por si mesmos já são bastante desventurados.

Se, algum dia, cruzarem-te o caminho suporta-os com paciência e entrega-os a Deus.

 

 

Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Segue-me

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

JUSTAMENTE POR ISSO


“Não vos escrevi porque ignorásseis a

verdade, mas porque a conheceis.”

– (1ª Epístola de João, 2:21)

  

O intercâmbio cada vez mais intensivo entre os chamados “vivos” e “mortos” constitui grande acontecimento para as organizações evangélicas de modo geral.

Não é tão-somente realização para a escola espiritista; pertence às comunidades do Cristianismo inteiro.

Por enquanto, anotamos aqui e ali protestos do dogmatismo organizado, entretanto, a revivescência da verdade assim o exige.

Toda aquisição tem seu preço e qualquer renovação encontra obstáculos espontâneos.

Dia virá em que as várias subdivisões do evangelismo compreenderão a divina finalidade do novo concerto.

O movimento de troca espiritual entre as duas esferas é cada vez mais dilatado. O devotamento dos desencarnados provoca a atenção dos encarnados.

O Senhor permitiu mundial Pentecostes para o reajustamento da realidade eterna.

Convém notar, contudo, que as vozes comovedoras e revigorantes do Além repetem, comumente, velhas fórmulas da Revelação e relembram o passado da Sabedoria terrestre, a fim de extrair conceituação mais respeitável referentemente à vida.

É neste ponto que recordamos as palavras de João, interrogando sinceramente: comunicar-se-ão os “mortos” com os “vivos”, porque os homens ignoram a verdade?

Isso não.

Se os que partem falam novamente aos que ficam é que estes conhecem o caminho da redenção com Jesus, mas não se animam, nem se decidem a trilhá-lo.



 

Pão Nosso. Francisco C. Xavier por Emmanuel

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

A VERDADE


“Eu sou o caminho e a verdade.”
– Jesus. (João, 14:6)

Por enquanto, ninguém se atreverá, em boa lógica, a exibir, na Terra, a verdade pura, ante a visão das forças coletivas.

A profunda diversidade das mentes, com a heterogeneidade de caracteres e temperamentos, aspirações e propósitos, impede a exposição da realidade plena ao espírito das massas comuns.

Cada escola religiosa, em razão disso, mantém no mundo cursos diferentes da revelação gradativa. A claridade imaculada não seria, no presente estágio da evolução humana, assimilável por todos, de imediato.

Há que esperar pela passagem das horas. Nos círculos do tempo, a semente, com o esforço do homem, provê o celeiro; e o carvão, com o auxílio da natureza, se converte em diamante.

Por isto, vemos verdades estagnadas nas igrejas dogmáticas, verdades provisórias nas ciências, verdades progressivas nas filosofias, verdades convenientes nas lides políticas e verdades discutíveis em todos os ângulos da vida civilizada.

Semelhante imperativo, porém, para a mentalidade cristã, apenas vigora quanto às massas.

Diante de cada discípulo, no reino individual, Jesus é a verdade sublime e reveladora.

Todo aquele que lhe descobre a luz bendita absorve-lhe os raios celestes, transformadores... E começa a observar a experiência sob outros prismas, elege mais altos padrões de luta, descortina metas santificantes e identifica-se com horizontes mais largos. O reino do próprio coração passa a gravitar ao redor do novo centro vital, glorioso e eterno. E à medida que se vai desvencilhando das atrações da mentira, cada discípulo do Senhor penetra mais intensivamente na órbita da Verdade, que é a Pura Luz.

 

Livro: Vinha de Luz. Francisco C. Xavier por Emmanuel

terça-feira, 24 de outubro de 2023

CONVITE AO DESPRENDIMENTO


“Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e a
ferrugem os consomem, e onde os ladrões penetram e roubam...”
(Mateus: capítulo 6º, versículo 19) 


Desprendimento na qualidade de desapego, não de estroinice nem dissipação.

Todo e qualquer motivo que ata à retaguarda sob condicionamentos retentivos se transforma em cadeia escravizante.

Os objetos a que o homem se apega valem os preços que lhes são emprestados, constituindo-se elos a impedirem o avanço do possuidor, na direção do futuro...

Desapego, portanto, em forma de libertação do liame pessoal egoístico e tormentoso que constitui presídio e patíbulo para quem se fixa negativamente como para aquele que se faz sua vítima afetiva.

Libertar-se das aflições constritivas, asfixiantes, para marchar com segurança.

Doa com alegria quanto possas, generosamente.

O que distribuis com equilíbrio e lucidez multiplica-se, o que reténs reduz-se.

Abundância, como excesso engendram miséria e loucura.

Distende assim, mão generosa na alfândega da fraternidade, mas libera-te da emotividade desregrada, da posse afetuosa a objetos, animais e pessoas, porquanto mais carinhos que te mereçam, mais devoção que lhes dês, chegará o dia de atravessares o portal do túmulo, fazendo-o em soledade, livre de amarras ou jungido ao que se demorará, a desgastar-se pela ferrugem, pelo azinhavre, corroído ou simplesmente em trânsito por outras mãos ante a tua tormentosa impossibilidade de reter e interferir.

 

 
 
Convites da Vida
Divaldo P. Franco por Joanna de Ângelis
 

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

A LOUCURA DA VIOLÊNCIA


Entre as expressões do primarismo, no mercado das paixões humanas, destaca-se com realce a violência, espalhando angústia e dor.

 

Remanescente dos instintos agressivos, ela estiola as mais formosas florações da vida, estabelecendo o caos.

 

Em onda volumosa arrasa, deixando destroços por onde passa, alucinada.

 

*

 

Na raiz da violência encontra-se a falta de desenvolvimento do senso moral, que o espírito aprimora através da educação, do exercício dos valores éticos, da amplitude de consciência.

 

Atavismo cruel, demora de ser transformada em ação edificante, face às suas vinculações com os reflexos instintivos do período animal, que se prolongam, perturbadores.

 

Não apenas gera aflição, quando desencadeada, como também provoca reações equivalentes em sucessão quase incontrolável, arrebentando tudo quanto se lhe opõe no percurso destrutivo.

 

Todo o empenho em favor da preservação dos valores morais deve ser colocado a serviço da paz, como antídoto à força devastadora da violência.

 

*

 

Pequenos exercícios de autocontrole terminam por criar hábitos de não-violência.

 

Disciplinas mentais e silêncios fortalecidos pela confiança em Deus geram a harmonia que impede a instalação desse desequilíbrio.

 

Atividades de amor, visando o bem e o progresso da criatura humana e da sociedade, constituem patamar de resistência às investidas dessa agressividade.

 

Reflexões em torno dos deveres morais produzem a conscientização do bem, gerando o clima que preserva os sentimentos da fraternidade.

 

A violência é adversária do processo de evolução, fomentadora da loucura. Quem lhe tomba nas garras exaure-se, e, sem forças, termina no abismo do auto-aniquilamento ou do assassínio...

 

*

 

A violência disfarça-se no lar, quando os cônjuges não respeitam os espaços, os direitos que lhes cabem reciprocamente;

 

quando os filhos se sentem preteridos por falsos valores do trabalho, do dinheiro, do poder...

 

Na sociedade, quando os preços escorcham os necessitados;

 

quando os interesses pessoais extrapolam os seus limites e perturbam os outros;

 

quando a comodidade e os prazeres de alguns agridem os compromissos e os comportamentos alheios;

 

quando as injustiças sociais estiolam os fracos a benefício dos fortes aparentes;

 

quando os sentimentos inferiores da maledicência, da calúnia, da inveja, da traição, do suborno de qualquer tipo, da hipocrisia, disseminam suas infelizes sementes;

 

quando os pendores asselvajados não encontram orientação;

 

quando as ilusões e fugas, os vícios e aliciamentos levam às drogas, ao sexo desvairado, às ambições absurdas, explodindo nas ruas do mundo e invadindo os lares;

 

quando os governantes perdem a dignidade e estimulam a prevalência da ignorância, provocando guerras nacionais e internacionais...

 

A violência, de qualquer natureza, é atraso moral, síndrome do primitivismo humano remanescente.

 

*

 

O homem e a mulher estão fadados à paz, à glória estelar.

 

Assim, liberta-te daqueles remanescentes agressivos que terminam insuflando-te reações infelizes.

 

Se te compraz ainda mantê-los, tem a coragem de te violentares, superando-os ou domando-os, e contribuirás para o apressar do progresso humano.

 

Como não te é lícito conivir com o erro, ensina pela retidão os mecanismos da felicidade, evitando a ira, a cólera, o ódio.

 

A ira é fagulha que ateia o fogo da violência. A cólera é combustível que a mantém, e o ódio é labareda que a amplia.

 

Pensa em Jesus, e, em qualquer circunstância, interroga-te como Ele agiria, se estivesse no teu lugar. Tentando-o, lograrás imitá-lO, fazendo como Ele, sem nenhuma violência.

 

 

(Divaldo Pereira Franco por Joanna de Ângelis. In: Momentos Enriquecedores)

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

FÉ E OBRAS


“A fé se não tiver obras, é morta em si mesma”.
TIAGO 2:l7

Imaginemos o mundo transformado num templo vasto, respeitável sem dúvida, mas plenamente superlotado de criaturas em perene adoração ao Céu.

Por dentro, a fé reinando sublime: Orações primorosas...

Discursos admiráveis... Louvores e cânticos...

Mas, por fora, o trabalho esquecido: Campos ao desamparo...

Enxadas ao abandono... Lareiras em cinza...

De que teria valido a exaltação exclusiva da fé, senão para estender a morte no mundo que o SENHOR nos confiou para a glória da vida?

Não te creias, desse modo, em comunhão com a Divina Majestade, simplesmente porque te faças cuidadoso no culto externo da religião a que te afeiçoas.

Conhecimento nobre exige atividade nobre.

Elevação espiritual é também dever de servir ao Eterno Pai na pessoa dos semelhantes.

É por isso que fé e obras se completam no sistema de nossas relações com a vida superior.

Prece e trabalho.

Santuário e oficina.

Cultura e caridade.

Ideal e realização.

Nesse sentido, Jesus é o nosso exemplo indiscutível.

Não se limitou o Senhor a simples glorificação de DEUS nos Paços Divinos, quanto à edificação dos homens. Por amor infinitamente a Deus, na Sublime Tarefa que lhe foi cometida, desceu à esfera dos homens e entregou-se à obra do Amor infatigável, levantando-nos da sombra terrestre para a Luz Espiritual.

 


Francisco Cândido Xavier por Emmanuel.
In: Palavras de Vida Eterna

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

RECONHEÇAMOS, PORÉM


“... Mas se alguém não tem o Espírito
do Cristo, esse tal não é dele”.
– Paulo. (ROMANOS, 8:9)

Todos necessitamos de chamamento ao Evangelho, todos atravessamos o período da fome de informações, acerca de Cristo. E, aderindo às interpretações do ensinamento cristão a que mais nos ajustamos, não raro confiamos apaixonadamente as manifestações superficiais de nossa fé.

Partilhamos assembleias seletas ou humildes, nos templos materiais, o que, sem dúvida, nos dignifica o pensamento religioso.

Integramos equipes de propaganda dos pontos de vista que esposamos, o que, realmente, nos evidencia o zelo das atitudes.

Cultivamos discussões acirradas, por demonstrar a validade de nossas opiniões, o que, na essência, nos revela o fervor.

Adotamos hábitos exteriores, às vezes até mesmo em assuntos de alimentação e convenção social, com o decidido propósito de testemunhar, publicamente, a nossa maneira de sentir, o que, no fundo, nos patenteia a sinceridade de sempre louvável.

Em muitas circunstâncias, oramos, segundo fórmulas especiais, obrigamo-nos a devoções particulares; formamos círculos de atividades afins, a isolar-nos dentro deles; ou carregamos dísticos que nos especificam a confissão...

Todas as manifestações externas, que lembrem o nome de Jesus e que se reportem, de qualquer modo, às lições de Jesus, são recursos preciosos, constituindo-se em sugestões edificantes para o caminho. Reconheçamos, porém, que a palavra do Evangelho é demasiado clara ao proclamar a necessidade do Cristo em nossa vida, sentimento, ideia, ação e conduta, quando afirma convincente: “Mas se alguém não tem o Espírito do Cristo, esse tal não é dele”.

 
Francisco Cândido Xavier por Emmanuel
In: Palavras de Vida Eterna

BUSCANDO A FELICIDADE

A felicidade que pode realmente não existir na Terra, enquanto a Terra padecer a dolorosa influenciação de um só gemido de sofrimento, pod...