Com a
revivescência do Cristianismo puro, nos agrupamentos do Espiritismo com Jesus,
verifica-se idêntica preocupação às que torturavam os aprendizes dos tempos
apostólicos, no que se refere à mediunidade.
A maioria
dos trabalhadores na evangelização inquieta-se pelo desenvolvimento imediato de
faculdades incipientes.
Em
determinados centros de serviço, exigem-se realizações superiores às
possibilidades de que dispõem; em outros, sonha-se com fenômenos de grande
alcance.
O
problema, no entanto, não se resume a aquisições de exterior.
Enriqueça
o homem a própria iluminação íntima, intensifique o poder espiritual, através
do conhecimento e do amor, e entrará na posse de tesouros eternos, de modo
natural.
Muitos
aprendizes desejariam ser grandes videntes ou admiráveis reveladores, embalados
na perspectiva de superioridade, mas não se abalançam nem mesmo a meditar no
suor da conquista sublime.
Inclinam-se
aos proventos, mas não cogitam do esforço. Nesse sentido, é interessante
recordar que Simão Pedro, cujo espírito se sentia tão bem com o Mestre glorioso
no Tabor, não suportou as angústias do Amigo flagelado no Calvário.
É justo
que os discípulos pretendam o engrandecimento espiritual, todavia, quem possua
faculdade humilde não a despreze porque o irmão mais próximo seja detentor de
qualidades mais expressivas. Trabalhe cada um com o material que lhe foi
confiado, convicto de que o Supremo Senhor não atende, no problema de
manifestações espirituais, conforme o capricho humano, mas, sim, de acordo com
a utilidade geral.
Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso
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