segunda-feira, 31 de julho de 2023

ADORAÇÃO E FRATERNIDADE


“Ora, temos da parte dele este mandamento,
que aquele que ama a Deus, ame também
a seu irmão.” – João: I JOÃO, 4:21

Construirás santuários primorosos no culto ao Senhor da Vida...

Pronunciarás orações sublimes, exaltando-Lhe a glória excelsa...

Tecerás com cintilações divinas a palavra comovente e bela com que Lhe definirás a grandeza...

Combinarás com mestria os textos da Escritura Divina para provar-Lhe a existência...

Exibirás dons mediúnicos dos mais excelentes de modo a falares d¢Ele, com eficiência e segurança, às criaturas irmãs...

Escreverás livros admiráveis, comentando-Lhe a sabedoria...

Comporás poemas preciosos, tentando ornamentar-Lhe a magnificência...

Clamarás por Ele, em súplicas ardentes, revelando confiança e fidelidade...

Adora-Lo-ás com a tua prece, com a tua arte, com o teu carinho e com a tua inteligência...

Contudo, se não amas a teu irmão, por amor a Ele, Pai Amoroso e Justo, de que te vale o culto filial, estéril e egoísta?

Um simples pai de família, no campo da Humanidade imperfeita, alegra-se e dilata-se nos filhos que, em lhe compreendendo a dedicação, se empenham no engrandecimento da própria casa, através do amparo constante aos irmãos menos felizes.

Incontestavelmente, a lealdade de tua fé representa o perfume de alegria nas tuas relações com o Eterno Senhor, mas não olvides que o teu incessante serviço, na plantação e extensão do bem, é a única maneira pela qual podes realmente servi- Lo.

Seja qual for a igreja em que externas a tua reverência à Majestade Divina, guarda, pois, a oração por lâmpada acesa em tua luta de cada dia, mas não te esqueças de que somente amparando os nossos irmãos inexperientes e frágeis, caídos e desditosos, é que, de fato, honraremos a Bênção de Nosso Pai.

 

Francisco Cândido Xavier por Emmanuel.
In: Palavras de Vida Eterna

sexta-feira, 28 de julho de 2023

AJUDAMOS SEMPRE


“E quem é o meu próximo?” – (Lucas, 10:29)

 

O próximo a quem precisamos prestar imediata assistência é sempre a pessoa que se encontra mais perto de nós.

Em suma, é, por todos os modos, a criatura que se avizinha de nossos passos. E como a Lei Divina recomenda amemos o próximo como a nós mesmos, preparemo-nos para ajudar, infinitamente...

Se temos pela frente um familiar, auxiliemo-lo com a nossa cooperação ativa.

Se somos defrontados por um superior hierárquico, exercitemos o respeito e a boa-vontade.

Se um subordinado nos procura, ajudemo-lo com atenção e carinho.

Se um malfeitor nos visita, pratiquemos a fraternidade, tentando, sem afetação, abrir-lhe rumos novos na direção do bem.

Se o doente nos pede socorro, compadeçamo-nos de sua posição, qualquer que ela seja.

Se o bom se socorre de nossa palavra, estimulemo-lo a que se faça melhor.

Se o mau nos busca a influência, amparemo-lo, sem alarde, para que se corrija.

Se há Cristianismo em nossa consciência, o cultivo sistemático da compreensão e da bondade tem força de lei em nossos destinos.

Um cristão sem atividade no bem é um doente de mau aspecto, pesando na economia da coletividade.

No Evangelho, a posição neutra significa menor esforço.

Com Jesus, de perto, agindo intensivamente junto dele; ou com Jesus, de longe, retardando o avanço da luz. E sabemos que o Divino Mestre amou e amparou, lutou em favor da luz e resistiu à sombra, até à cruz.

Diante, pois, do próximo, que se acerca do teu coração, cada dia, lembra-te sempre de que estás situado na Terra para aprender e auxiliar.

 

Fonte Viva. Francisco C. Xavier por Emmanuel

quinta-feira, 27 de julho de 2023

DIVERGÊNCIAS


        Lembre-se de que as outras pessoas são diferentes e, por isso  mesmo, guardam maneiras próprias de agir.
        Esclarecer à base de entendimento fraterno, sim, polemizar, não.
        Antagonizar sistematicamente é um processo exato de angariar  aversões.
        Você pode claramente discordar sem ofender, desde que fale apreciando os direitos do opositor.
        Afaste as palavras agressivas do seu vocabulário.
        Tanto quanto nos acontece, os outros querem ser eles mesmos na desincumbência dos compromissos que assumem.
        Existem inúmeros meios de auxiliar sem ferir.
        Geralmente, nunca se discute com estranhos e sim com as pessoas queridas; visto isso, valeria a pena atormentar aqueles com quem nos cabe  viver em paz?
        Aprendamos a ceder em qualquer problema secundário, para sermos  fiéis às realidades essenciais.
        Se alguém diz que a pedra é madeira, é justo se lhe acate o modo decrer, mas se alguém toma a pedra ou a madeira para ferir a outrem, é importante argumentar quanto à impropriedade do gesto insano.


   Francisco Cândido Xavier por André Luiz. In: Sinal Verde

quarta-feira, 26 de julho de 2023

PERIGOS SUTIS


“Não vos façais, pois, idólatras.”
Paulo (I Coríntios, 10:7)
 

A recomendação de Paulo aos Coríntios deve ser lembrada e aplicada em qualquer tempo, nos serviços de ascensão religiosa do mundo.

É indispensável evitar a idolatria em todas as circunstâncias. Suas manifestações sempre representaram sérios perigos para a vida espiritual.

As crenças antigas permanecem repletas de cultos exteriores e de ídolos mortos.

O Consolador, enviado ao mundo, na venerável missão espiritista, vigiará contra esse venenoso processo de paralisia da alma.

Aqui e acolá, surgem pruridos de adoração que se faz imprescindível combater. Não mais imagens dos círculos humanos, nem instrumentos físicos supostamente santificados para cerimônias convencionais,  mas entidades amigas e médiuns terrenos que a inconsciência alheia vai entronizando, inadvertidamente, no altar frágil de honrarias fantasiosas. É necessário reconhecer que aí temos um perigo sutil, através do qual inúmeros trabalhadores têm resvalado para o despenhadeiro da inutilidade.

As homenagens inoportunas costumam perverter os médiuns dedicados e inexperientes, além de criarem certa atmosfera de incompreensão que impede a exteriorização espontânea dos verdadeiros amigos do bem, no plano espiritual.

Ninguém se esqueça da condição de aperfeiçoamento relativo dos mensageiros desencarnados que se comunicam e do quadro de necessidades imediatas da vida dos medianeiros humanos.

Combatamos os ídolos falsos que ameaçam o Espiritismo cristão. Utilize cada discípulo os amplos recursos da lei de cooperação, atire-se ao esforço próprio com sincero devotamento à tarefa e lembremo-nos

todos de que, no apostolado do Mestre Divino, o amor e a fidelidade a Deus constituíram o tema central.

 


Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

terça-feira, 25 de julho de 2023

RIQUEZA PARA O CÉU

 

“Ajuntai tesouros no céu.”

– Jesus. (Mateus, 6:20)

 

Quem se aflige indebitamente, ao ver o triunfo e a prosperidade de muitos homens impiedosos e egoístas, no fundo dá mostras de inveja, revolta, ambição e desesperança. É preciso que assim não seja!

Afinal, quem pode dizer que retém as vantagens da Terra, com o devido merecimento?

Se observamos homens e mulheres, despojados de qualquer escrúpulo moral, detendo valores transitórios do mundo, tenhamos, ao revés, pena deles.

A palavra do Cristo é clara e insofismável.

– “Ajuntai tesouros no céu” – disse-nos o Senhor. Isso quer dizer “acumulemos valores íntimos para comungar a glória eterna!”

Efêmera será sempre a galeria de evidência carnal.

Beleza física, poder temporário, propriedade passageira e fortuna amoedada podem ser simples atributo da máscara humana, que o tempo transforma, infatigável.

Amealhemos bondade e cultura, compreensão e simpatia.

Sem o tesouro da educação pessoal é inútil a nossa penetração nos céus, porquanto estaríamos órfãos de sintonia para corresponder aos apelos da Vida Superior.

Cresçamos na virtude e incorporemos a verdadeira sabedoria, porque amanhã serás visitado pela mão niveladora da morte e possuirás tão-somente as qualidades nobres ou aviltantes que houveres instalado em ti mesmo.

 

 

Fonte Viva. Francisco Cândido Xavier por Emmanuel

segunda-feira, 24 de julho de 2023

RECEBESTE A LUZ?


“Recebestes o Espírito Santo quando

crestes?” – (Atos, 19:2)


O católico recolhe o sacramento do batismo e ganha um selo para identificação pessoal na estatística da Igreja a que pertence.

O reformista das letras evangélicas entra no mesmo cerimonial e conquista um número no cadastro religioso do templo a que se filia.

O espiritista incorpora-se a essa ou àquela entidade consagrada à nossa Doutrina Consoladora e participa verbalmente do trabalho renovador.

Todos esses aprendizes da escola cristã se reconfortam e se rejubilam.

Uns partilham o contentamento da mesa eucarística que lhes aviva a esperança no Céu; outros cantam, em conjunto, exaltando a Divina Bondade, aliciando largo material de estímulo na jornada santificante; outros, ainda, se reúnem, ao redor da prece ardente, e recebem mensagens luminosas e reveladoras de emissários celestiais, que lhes consolidam a convicção na imortalidade, além...

Todas essas posições, contudo, são de proveito, consolação e vantagem.

É imperioso reconhecer, porém, que se a semente é auxiliada pela adubação, pela água e pelo sol, é obrigada a trabalhar, dentro de si mesma, a fim de produzir.

Medita, pois, na sublimidade da indagação apostólica: “Recebeste o Espírito Santo quando creste?”

Vale-te da revelação com que a fé te beneficia e santifica o teu caminho, espalhando o bem.

Tua vida pode converter-se num manancial de bênçãos para os outros e para tua alma, se te aplicares, em verdade, ao Mestre do Amor. Lembra-te de que não és tu quem espera pela Divina Luz. É a Divina Luz, força do Céu ao teu lado, que permanece esperando por ti.


 


Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Fonte Viva

domingo, 23 de julho de 2023

CONVITE AO EQUILÍBRIO


“... Que cada um de vós saiba possuir

o seu vaso em santidade e Honra”.

(1º TESSALONICENSES: capítulo 4º, versículo 4)

 

Não há como negá-lo. Profundamente vinculados ao espírito, os hábitos decorrem do uso correto ou não que se imprimem às funções desta ou daquela natureza.

No que diz respeito às experiências sexuais, pela imposição procriativa, atendendo à lei de reprodução, o espírito no corpo engendra as grades do presídio em forma de viciações escravizantes ou as asas da sublimação libertadora.

A generalidade das pessoas, no entanto, padece a constrição dos apelos da retaguarda primitiva, fugindo, a princípio impensadamente, e depois em consciência às responsabilidades em relação ao aparelho genésico, mergulhando nos fundos fossos dos vícios cruéis, nos quais a jaula da loucura aprisiona em longo curso aqueles que nela se adentram precipitadamente.

Por isso, sejam quais forem as chamadas liberações morais que te facultem o abuso, resguarda-te no equilíbrio.

Não te permitas fascinar pela falsa tolerância que desborda em conivência de indignidade, porquanto, mesmo que as condições sociais legalizem estes ou aqueles atentados à moral e ao pudor, dando-lhes cidadania, a má aplicação das forças genésicas produzirá em ti mesmo lamentáveis processos de ulceração espiritual de presença demorada...

Homossexualismo, heterossexualismo, obedecem a programas liberativos que ao espírito são impostos por indispensável necessidade de disciplina da vontade e corrigenda moral.

Respeita, assim, nos limites que a vida te coloca ao alcance da evolução, a oportunidade redentora de que não te podes furtar.

E se te encontras em regime liberativo, sem feridas de qualquer natureza não resvales nos compromissos negativos, para que não retornes estigmatizado  pelas chagas que hoje são exibidas ao aplauso como ao sarcasmo no desfile das ruas e nos veículos de comunicação, produzindo cinismo e vilania, longe de qualquer terapêutica educativa ou saneadora.

Equilíbrio em qualquer circunstância como sinal de vitória sobre as paixões e de renovação na luta.

Nesse sentido a recomendação do Apóstolo Paulo não dá margem a qualquer eufemismo: “Que vos abstenhais da prostituição.”

 



 

FRANCO, Divaldo Pereira

Convites da Vida

Joanna de Ângelis

sexta-feira, 21 de julho de 2023

PALAVRAS DA VIDA


Levanta-te, cada dia,

Pensa em Deus, louva e agradece,

Mesmo num lance de prece

A bênção de trabalhar

E cumpre as obrigações

Que a vida te deu às horas,

Doando a paz onde moras,

Partindo do próprio lar.

 

Se resguardas na lembrança

Alguma ofensa sofrida,

Deixa ofensa esquecida

Na luz eterna do bem;

Não busques descanso inútil,

Trabalho é apoio preciso,

Não afastes teu sorriso

Do coração de ninguém.

 

Exerce a beneficência

Das palavras benfazejas,

Se não tens o que desejas,

Contenta-te no que tens;

Às vezes, para quem sofre,

Um momento de alegria

No abraço de simpatia

É sempre o melhor dos bens.

 

Nunca esmoreças. Trabalho

Aprimora o mundo todo,

Muita flor nasce do lodo

Muito amparo vem da dor.

Serve, ensina e reconforta

Na fé viva que te alcança,

Entre as luzes da esperança

Começa o reino do amor.

                                                   

Francisco Cândido Xavier por Maria Dolores. In: Coração e Vida

quinta-feira, 20 de julho de 2023

SEMENTEIRAS E CEIFAS


“Porque o que semeia na sua carne,
da carne ceifará a corrupção.”
– Paulo. (Gálatas, 6:8)

Plantaremos todos os dias.

É da lei.

Até os inativos e ociosos estão cultivando o joio da imprevidência.

É necessário reconhecer, porém, que diariamente colheremos.

Há vegetais que produzem no curso de breves semanas, outros, no entanto, só revelam frutos na passagem laboriosa de muito tempo.

Em todas as épocas, a turba cria complicações de natureza material, acentuando o labirinto das reencarnações dolorosas, demorando-se nas dificuldades da decadência.

Ainda hoje, surgem os que pretendem curar a honra com o sangue alheio e lavar a injustiça com as represálias do crime. Daí, o ódio de ontem gerando as guerras de hoje, a ambição pessoal formando a miséria que há de vir, os prazeres fáceis reclamando as retificações de amanhã.

Até hoje, decorridos mais de dezenove séculos sobre o Cristianismo, apenas alguns discípulos, de quando em quando, compreendem a necessidade da sementeira da luz espiritual em si mesmos, diferente de quantas se conhecem no mundo, e avançam a caminho do Mestre dos Mestres.

Se desejas, pois, meu amigo, plantar na Lavoura Divina, foge ao velho sistema de semeaduras na corrupção e ceifas na decadência.

Cultiva o bem para a vida eterna.

Repara as multidões, encarceradas no antigo processo de se levantarem para o erro e caírem para a corrigenda, e segue rumo ao Senhor, organizando as próprias aquisições de dons imortais.

 

 

Livro: Vinha de Luz. Francisco C. Xavier por Emmanuel

AMAI-VOS

“Não amemos de palavra, nem de língua, mas por obras e em verdade.” - João. (I João, 3:18) Por norma de fraternidade pura e sincera, rec...