sexta-feira, 30 de junho de 2023

QUE FAZEMOS DO MESTRE?


“Que farei então de Jesus, chamado
o Cristo?” - Pilatos. (Mateus, 27:22)
  

Nos círculos do Cristianismo, a pergunta de Pilatos reveste-se de singular importância.

Que fazem os homens do Mestre Divino, no campo das lições diárias?

Os ociosos tentam convertê-lo em oráculo que lhes satisfaça as aspirações de menor esforço.

Os vaidosos procuram transformá-lo em galeria de exibição, através da qual façam mostruário permanente de personalismo inferior.

Os insensatos chamam-no indebitamente à aprovação dos desvarios a que se entregam, a distância do trabalho digno.

Grandes fileiras seguem-lhe os passos, qual a multidão que o acompanhava, no monte, apenas interessada na multiplicação de pães para o estômago.

Outros se acercam dEle, buscando atormentá-lo, à maneira dos fariseus arguciosos, rogando “sinais do céu”.

Numerosas pessoas visitam-no, imitando o gesto de Jairo, suplicando bênçãos, crendo e descrendo ao mesmo tempo.

Diversos aprendizes ouvem-lhe os ensinamentos, ao modo de Judas, examinando o melhor caminho de estabelecerem a própria dominação.

Vários corações observam-no, com simpatia, mas, na primeira oportunidade, indagam, como a esposa de Zebedeu, sobre a distribuição dos lugares celestes.

Outros muitos o acompanham, estrada a fora, iguais a inúmeros admiradores de Galileia, que lhe estimavam os benefícios e as consolações, detestando-lhe as verdades cristalinas.

Alguns imitam os beneficiários da Judéia, a levantarem mãos-postas no instante das vantagens e a fugirem, espavoridos, do sacrifício e do testemunho.

Grande maioria procede à moda de Pilatos que pergunta solenemente quanto ao que fará de Jesus e acaba crucificando-o, com despreocupação do dever e da responsabilidade.

Poucos imitam Simão Pedro que, após a iluminação no Pentecostes, segue-o sem condições até à morte.

Raros copiam Paulo de Tarso que se ergue, na estrada do erro, colocando-se a caminho da redenção, através de impedimentos e pedradas, até ao fim da luta.

Não basta fazer do Cristo Jesus o benfeitor que cura e protege. É indispensável transformá-lo em padrão permanente da vida, por exemplo e modelo de cada dia.

 

 

Vinha de Luz. Francisco C. Xavier por Emmanuel

quinta-feira, 29 de junho de 2023

PALAVRAS DA VIDA ETERNA


“Tu tens as palavras da vida eterna.”
– Simão Pedro. (João, 6:68)
 

Rodeiam-te as palavras, em todas as fases da luta e em todos os ângulos do caminho.

Frases respeitáveis que se referem aos teus deveres.

Verbo amigo trazido por dedicações que te reanimam e consolam.

Opiniões acerca de assuntos que te não dizem respeito.

Sugestões de variadas origens.

Preleções valiosas.

Discursos vazios que os teus ouvidos lançam ao vento.

Palavras faladas... palavras escritas...

Dentre as expressões verbalistas articuladas ou silenciosas, junto das quais a tua mente se desenvolve, encontrarás, porém, as palavras da vida eterna.

Guarda teu coração à escuta.

Nascem do amor insondável do Cristo, como a água pura do seio imenso da Terra.

Muitas vezes te manténs despercebido e não lhes assinalas o aviso, o cântico, a lição e a beleza.

Vigia no mundo, isolado de ti mesmo, para que lhes não percas o sabor e a claridade.

Exortam-te a considerar a grandeza de Deus e a viver de conformidade com as Suas Leis.

Referem-se ao Planeta como sendo nosso lar e à Humanidade como sendo a nossa família.

Revelam no amor o laço que nos une a todos.

Indicam no trabalho o nosso roteiro de evolução e aperfeiçoamento.

Descerram os horizontes divinos da vida e ensinam-nos a levantar os olhos para o mais alto e para o mais além.

“Palavras, palavras, palavras..”

Esquece aquelas que te incitam à inutilidade, aproveita quantas te mostram as obrigações justas e te ensinam a engrandecer a existência, mas não olvides as frases que te acordam para a luz e para o bem; elas podem penetrar o nosso coração, através de um amigo, de uma carta, de uma página ou de um livro, mas, no fundo, procedem sempre de Jesus, o Divino Amigo das Criaturas.

Retém contigo as palavras da vida eterna, porque são as santificadoras do espírito, na experiência de cada dia, e, sobretudo, o nosso seguro apoio mental nas horas difíceis das grandes renovações.

 
 
 

Livro: Fonte Viva
Francisco Cândido Xavier por Emmanuel

quarta-feira, 28 de junho de 2023

AMBIENTE CASEIRO


       A casa não é apenas um refúgio de madeira ou alvenaria, é o lar onde a união e o companheirismo se desenvolvem.

*
       A paisagem social da Terra se transformaria imediatamente para melhor se todos nós, quando na condição de espíritos encarnados, nos tratássemos, dentro de casa, pelo menos com a cortesia que dispensamos aos nossos amigos.
*
       Respeite a higiene, mas não transfigure a limpeza em assunto de obsessão.
*
       Enfeite o seu lar com os recursos da gentileza e do bom-humor.
*
       Colabore no trabalho caseiro, tanto quanto possível.
*
       Sem organização de horário e previsão de tarefas é impossível conservar a ordem e a tranquilidade dentro de casa.
*
       Recorde que você precisa tanto de seus parentes quanto seus parentes precisam de você.
*
       Os pequeninos sacrifícios em família formam a base da felicidade no lar.



(De “Sinal Verde”, de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito André Luiz)

terça-feira, 27 de junho de 2023

CONVITE À EDUCAÇÃO


“Porque só um é vosso Mestre, o Cristo.”

(Mateus: capítulo 23º, versículo 10)

 

Tarefa de todos nós — a educação.

Ajusta-se a peça na engrenagem a benefício do conjunto.

Harmoniza-se a nota musical em prol do poema melódico.

Submete-se o instrumento ao mister a que se destina.

O esforço pela educação não pode ser desconsiderado. Todos temos responsabilidades no contexto da vida, nas realizações humanas, nas atividades sociais, membros que somos da Família Universal.

Ninguém consegue realizar-se isolado.

Ignorância representa enfermidade carecente de imediata atenção.

O labor educativo, por isso mesmo, impõe incessantes contribuições, exigindo valiosos investimentos de sacrifício a benefício do conjunto.

Educa-se sempre, quer se pense fazê-lo ou não.

Da mesma forma que a imobilidade seria impossível a inércia humana e a indiferença são apenas expressões enfermiças. Mesmo nesses estados criam-se condicionamentos que geram hábitos, educando-se mal, em tais circunstâncias os que se fazem nossos cômpares.

A anarquia que distila vapores alucinantes conduzindo à estroinice, fomenta estados de vandalismo educação perniciosa.

A ordem dispõe à disciplina que promove a equidade, atendendo à justiça — educação edificante.

A educação, assim examinada, traslada-se dos bancos escolares para todos os campos de atividade, fazendo que todos nos transformemos em educadores, vinculados, sem dúvida, àqueles que se nos transformam em seguidores conscientes ou não, aprendizes conosco dos recursos de que nos fazemos portadores.

Jesus, o Educador por Excelência deu-nos o precioso legado vivo da Sua vida que é sublime lição de como ensinar sempre e incessantemente

produzindo saúde, harmonia e esperança em volta dos passos.

E o Espiritismo, que nos concita a incessante exame educativo de atitudes e comportamentos. conscientiza-nos sobre a responsabilidade de que, mediante  a educação correta, chegaremos ao fanal da caridade perfeita.

 

 

 

FRANCO, Divaldo Pereira
Convites da Vida
Joanna de Ângelis

segunda-feira, 26 de junho de 2023

A DOR

“Irmãos e amigos meus! Se o sofrimento
Transpuser os umbrais do vosso lar,
Não levanteis aos céus vosso lamento,
Nem ouseis contra a sorte blasfemar:
São erros de um passado turbulento,
Que ele quer reparar.
 
Nessa noite trevosa do passado,
Quantos erros deixamos de remir!
E quantos cometemos no agitado
Correr de anos que vimos submergir,
Fantasmas que nos seguem lado a lado,
Na senda do porvir!”
 

 
 
 
Abel Gomes - De “Parnaso do Além-túmulo”
de Francisco Cândido Xavier
– Autores espirituais diversos

domingo, 25 de junho de 2023

CORRIGENDAS

 

“Porque o Senhor corrige ao que ama
e açoita a qualquer que recebe por filho.”
Paulo (Hebreus, 12:6)

Quando os discípulos do Evangelho começam a entender o valor da corrigenda, eleva-se-lhes a mente a planos mais altos da vida.

Naturalmente que o Pai ama a todos os filhos, no entanto, os que procuram compreendê-lo perceberão, de mais perto, o amor divino.

Máxima identificação com o Senhor representa máxima capacidade sentimental.

Chegado a essa posição, penetra o espírito em outras zonas de serviço e aprendizado.

A princípio, doem-lhe as corrigendas, atormentam-no os açoites da experiência, entretanto, se sabe vencer nas primeiras provas, entra no conhecimento das próprias necessidades e aceita a luta por alimento espiritual e o testemunho de serviço diário por indispensável expressão da melhoria de si mesmo.

A vida está repleta de lições nesse particular.

O mineral dorme.

A árvore sonha.

O irracional atende ao impulso.

O homem selvagem obedece ao instinto.

A infância brinca.

A juventude idealiza.

O espírito consciente esforça-se e luta.

O homem renovado e convertido a Jesus, porém, é o filho do céu, colocado entre as zonas inferiores e superiores do caminho evolutivo. Nele, o trabalho de iluminação e aperfeiçoamento é incessante; deve, portanto, ser o primeiro a receber as corrigendas do Senhor e os açoites da retificação paterna.

Se te encontras, pois, mais perto do Pai, aprende a compreender o amor da educação divina.


Vinha de Luz
Emmanuel / Chico Xavier

sexta-feira, 23 de junho de 2023

O “MAS” E OS DISCÍPULOS


“Tudo posso naquele que me fortalece.”

– Paulo. (Filipenses, 4:13)

 

O discípulo aplicado assevera:

– De mim mesmo, nada possuo de bom, mas Jesus me suprirá de recursos, segundo as minhas necessidades.

– Não disponho de perfeito conhecimento do caminho, mas Jesus me conduzirá.

O aprendiz preguiçoso declara:

– Não descreio da bondade de Jesus, mas não tenho forças para o trabalho cristão.

– Sei que o caminho permanece em Jesus, mas o mundo não me permite segui-lo.

O primeiro galga a montanha da decisão. Identifica as próprias fraquezas, entretanto, confia no Divino Amigo e delibera viver-lhe as lições.

O segundo estima o descanso no vale fundo da experiência inferior. Reconhece as graças que o Mestre lhe conferiu, todavia, prefere furtar-se a elas.

O primeiro fixou a mente na luz divina e segue adiante. O segundo parou o pensamento nas próprias limitações.

O “mas” é a conjunção que, nos processos verbalistas, habitualmente nos define a posição íntima perante o Evangelho. Colocada à frente do Santo Nome, exprime-nos a firmeza e a confiança, a fé e o valor, contudo, localizada depois dele, situa-nos a indecisão e a ociosidade, a impermeabilidade e a indiferença.

Três letras apenas denunciam-nos o rumo.

– Assim recomendam meus princípios, mas Jesus pede outra coisa.

– Assim aconselha Jesus, mas não posso fazê-lo.

Através de uma palavra pequena e simples, fazemos a profissão de fé ou a confissão de ineficiência.

Lembremo-nos de que Paulo de Tarso, não obstante apedrejado e perseguido, conseguiu afirmar, vitorioso, aos filipenses: – “Tudo posso naquele que me fortalece.”

 

 Livro: Pão Nosso. Francisco C. Xavier por Emmanuel

quinta-feira, 22 de junho de 2023

A RAZÃO DA DOR


    Raquel, antiga servidora da residência de Cusa, ergueu a voz para indagar do Mestre por que motivo a dor se convertia em aflição nos caminhos do mundo.

    Não era o homem criação de Deus? Não dispõe a criatura do abençoado concurso dos anjos?
    Não vela o Céu sobre os destinos da Humanidade?
    Jesus fitou na interlocutora o olhar firme e considerou:
    — A razão da dor humana procede da pro­teção divina. Os povos são famílias de Deus que, à maneira de grandes rebanhos, são cha­mados ao Aprisco do Alto. A Terra é o caminho. A luta que ensina e edifica é a marcha. O sofri­mento é sempre o aguilhão que desperta as ovelhas distraídas à margem da senda verda­deira.
    Alguns instantes se escoaram mudos e o Mestre voltou a ponderar:
    — O excesso de poder favorece o abuso, a demasia de conforto, não raro, traz o relaxa­mento, e o pão que se amontoa, de sobra, cos­tuma servir de pasto aos vermes que se alegram no mofo...
    Reparando, porém, que a assembléia de ami­gos lhe reclamava explicação mais ampla, elu­cidou fraternalmente:
     - Um anjo, por ordem do Eterno Pai, to­mou à própria conta um homem comum, desde o nascimento. Ensinou-lhe a alimentar-se, a mo­ver os membros e os músculos, a sorrir, a re­pousar e a asilar-se nos braços maternos. Sem afastar-se do protegido, dia e noite, deu-lhe as primeiras lições da palavra e, em seguida, orien­tou-lhe os impulsos novos, favorecendo-lhe o en­sejo de aprender a raciocinar, a ler, a escrever e a contar. Afastava-o, hora a hora, de influên­cias perniciosas ou mortíferas de Espíritos infe­lizes que o arrebatariam, por certo, para o sor­vedouro da morte. Soprando-lhe ao pensamento ideias iluminadas aos clarões do Infinito Bem, através de mil modos de socorro imperceptível, garantiu-lhe a saúde e o equilíbrio do corpo. Dava-lhe medicamentos invisíveis, por intermédio do ar e da água, da vestimenta e das plantas. Vezes sem conta, salvou-o do erro, do crime e dos males sem remédio que atormentam os pecadores. Ao amanhecer, o Pajem Celestial acorria, atento, preparando-lhe dia calmo e proveitoso, defendendo-lhe a respiração, a alimentação e o pensamento, vigiando-lhe os passos, com amor, para melhor preservar-lhe os dons; ao anoitecer, postava-se-lhe à cabeceira, amparando-lhe o cor­po contra o ataque de gênios infernais, aguar­dando-o, com maternal cuidado, para as doces instruções espirituais nos momentos de sono. No transcurso da vida, guiou-lhe os ideais, auxiliou-o a selecionar as emoções e a situar-se em traba­lho digno e respeitável; clareou-lhe o cérebro jovem, insuflou-me entusiasmo santo, rumo à vida superior, e estimulou-o a formar um reino de santificação e serviço, progresso e aperfeiçoamento, num lar... O homem, todavia, que nunca se lembrara de agradecer as bênçãos que o cercavam, fêz-se orgulhoso e cruel, diante dos interesses alheios. Ele, que retinha tamanhas graças do Céu, jamais se animou a estendê-las na Terra e passou simplesmente a humilhar os outros com a glória de que fora revestido por seu devotado e invisível benfeitor. Quando expe­rimentou o primeiro desgosto, que ele mesmo provocou menosprezando a lei do amor universal, que determina a fraternidade e o respeito aos semelhantes, gesticulou, revoltado, contra o Céu, acusando o Supremo Senhor de injusto e indife­rente. Aflito, o anjo guardião procurava levan­tar-lhe o ideal de bondade, quando um Anjo Maior se aproximou dele e ordenou que o primeiro dissabor do tutelado endurecido por ex­cesso de regalias se convertesse em aflição. Rolando, mentalmente, de aflição em aflição, o homem começou a recolher os valores da paciên­cia, da humildade, do amor e da paz com todos, fazendo-se, então, precioso colaborador do Pai, na Criação.
       Finda a historieta, esperou Jesus que Ra­quel expusesse alguma dúvida, mas emudecendo a servidora, dominada pela meditação que os en­sinamentos da noite lhe sugeriam, o culto da Boa Nova foi encerrado com ardente oração de júbilo indefinível.



Francisco Cândido  Xavier por  Neio Lucio. In: Jesus no Lar

quarta-feira, 21 de junho de 2023

A CELA OCULTA

 

      Cada criatura, na Terra, traz consigo uma cela oculta em que trabalha com os instrumentos da provação em que se burila.
       Pensa nisso e auxilia aos que te rodeiam.
       Esse companheiro alcançou a fortuna, mas sofre a falta de alguém; outro dispõe de autoridade, no entanto, suporta espinhosos conflitos nos sentimentos;

essa irmã construiu o lar sobre preciosas vantagens materiais, contudo, tem um filho que lhe destrói a felicidade;
e aquele outro atingiu o favor público, entretanto, é portador de moléstia indefinível a corroer-lhe todas as forças.
       Quando encontres alguém que te pareça em crises de inquietação e desarmonia,

isso não é sinal de que a tua presença se lhe faz indesejável.
       Esse alguém estará em momentos de enormes dificuldades no reduto invisível do coração em que se aperfeiçoa.

E os resíduos da luta íntima se lhe transbordam do ser pelas janelas do trato.
       Observa o ponto nevrálgico da própria vida em que o sofrimento te procura para efeito de prova e compadece-te dos outros para que os outros se compadeçam de ti.

 


Francisco cândido Xavier por Meimei.

In: SOMENTE AMOR

terça-feira, 20 de junho de 2023

DEFINIÇÕES



O que sentes revela o rumo  para onde te diriges.

O que pensas te aponta o lugar em que te encontras.

O que falas indica o que sabes.

O que fazes mostra quem és.




Emmanuel/Chico Xavier. Livro: Caminhos

 

segunda-feira, 19 de junho de 2023

SEGUINDO À FRENTE


“Assim que se alguém está em Cristo
nova criatura é...” – Paulo.
(II Coríntios, 5:17)

            Dificuldades, fracassos, conflitos e frustrações... Possivelmente, faceaste tudo isso, restando-te unicamente largo rescaldo de pessimismo.

            Apesar de tudo, a vida te busca a novas empresas de trabalho e renovação.
                                                               *
            O sol brilha, o mar de oxigênio te refaz energias, o progresso trabalha, o chão produz e parece que a noite se te abriga no ser.
            Ergue-te em espírito e empreende a jornada nova.
            Uma estrada se continua em outra estrada, uma fonte associa-se à outra.
                                                               *
            Tens contigo a riqueza do tempo a esperar-te na aplicação dela própria, a fim de que a felicidade te favoreça.
                                                               *
            Varre os escaninhos da alma, expurgando-te de lembranças amargas, e deixa que a luz do presente consiga alcançar-te por dentro das próprias forças.
                                                               *
            Renova-te e segue adiante, trabalhando e servindo. E à medida que avances, caminho a fora, entre a bênção de compreender e o contentamento de ser útil, perceberás que todos os obstáculos e sombras de ontem se fizeram lições e experiências, enriquecendo-te o coração de segurança e de alegria, para que sigas em paz, no rumo de conquistas imperecíveis, ante o novo amanhecer.


(Francisco Cândido Xavier/Emmanuel. Em: Ceifa de Luz)

domingo, 18 de junho de 2023

EM NOSSO TRABALHO


“Porque toda casa é edificada por alguém,
mas o que edificou todas as coisas
é Deus.” – Paulo. (Hebreus, 3:4

O Supremo Senhor criou o Universo, entretanto, cada criatura organiza o seu mundo particular.

O Arquiteto Divino é o possuidor de todas as edificações, todavia, cada Espírito constrói a habitação que lhe é própria.

O Doador dos Infinitos Bens espalha valores ilimitados na Criação, contudo, cada um de nós outros deverá criar valores que nos sejam inerentes à personalidade.

A natureza maternal, rica de bênçãos, em toda parte constitui a representação do patrimônio imensurável do Poder Divino e, em todo lugar, onde exista alguém, aí palpita a vontade igualmente criadora do homem, que é o herdeiro de Deus.

O Pai levanta fundamentos e estabelece leis.

Os filhos contribuem na construção das obras e operam interferências.

É compreensível, portanto, que empenhemos todo o cuidado em nosso esforço individualista, nas edificações do mundo, convictos de que responderemos pela nossa atuação pessoal, em todos os quadros da vida.

Colaboremos no bem com o entusiasmo de quem reconhece a utilidade da própria ação, nos círculos do serviço, mas sem paixões destruidoras que nos amarrem às ilhas do isolacionismo.

Apresentemos nosso trabalho ao Senhor, diariamente, e peçamos a Ele destrua as particularidades em desacordo com os seus propósitos soberanos e justos, rogando-Lhe visão e entendimento.

Seremos compelidos a formar o campo mental de nós mesmos, a erguer a casa de nossa elevação e a construir o santuário que nos seja próprio.

No desdobramento desse serviço, porém, jamais nos esqueçamos de que todos os patrimônios da vida pertencem a Deus.

  

Vinha de Luz. Francisco C. Xavier por Emmanuel

ELES VIVEM

Ante os que partiram, precedendo-te na Grande Mudança, não permitas que o desespero te ensombre o coração. Eles não morreram. Estão vivos. C...