quarta-feira, 30 de novembro de 2022

VOLTARÁS AMANHÃ


Não repouses na gleba de possibilidades que o Divino Amor te confiou no coração da Terra.
 
Voltarás amanhã para colher o que hoje semeias.
 
Ninguém te pede milagres de santidade num dia.
 
-o-
 
A árvore vigorosa não cresceu de improviso.
 
A cidade em que renasceste não se levantou de repente.
 
Tudo se desenvolve, minuto a minuto...
 
-o-
 
A vida impõe-te “agora” as conseqüências do “antes”.
 
Somos hoje no espaço e no tempo, a projeção do que fomos...
 
-o-
 
Se a dor é a tua mestra constante, agradece-lhe o serviço e aprende a lição. 
Ela é o recurso invisível com que a Bondade do Senhor te arrebata ao labirinto das sombras de ti mesmo.
 
Se recebeste alguma facilidade para atravessar, com êxito, a escura região terrestre, 
não te confies à preguiça ou à vaidade, para que o sofrimento não seja convidado 
a desintegrar a gelada neblina em que te sepultarás sem perceber.
 
-o-
 
Não te esqueças.
 
A oportunidade passa, mas a luta adiada volta sempre.
 
Amanhã reencontrar-te-ás contigo mesmo, na paisagem que o mundo te oferece, 
nos ideais que esposas, nos trabalhos confiados à tua mão 
ou na pessoa do próximo que honras ou menosprezas...
 
-o-
 
Cumpramos, agora, os nossos iluminados deveres à face da Lei. 
Convertamos nossa experiência pessoal em serviço a todos, transformando as horas, 
que Deus nos empresta, em bênçãos de utilidade, beleza, graça e harmonia 
e o futuro constituir-se-á para nossa alma em abençoado e celeste caminho de ascensão.
 
-o-
 
Não critiques destruindo.
 
Não julgues o mal por mal.
 
Não firas a ninguém.
 
Não revides os golpes da sombra para que te não demores nas malhas da treva.
 
Não retribuas ofensa por ofensa, amargura por amargura, incompreensão por incompreensão.
 
Ama, auxilia e passa, e, quando regressares à Terra, amanhã, o mundo receberá teus pés, em chuva de bênçãos.


 
 
Francisco Cândido Xavier/Emmanuel.
In: Instrumentos do Tempo

terça-feira, 29 de novembro de 2022

HONRAS VÃS


“Em vão, porém, me honram, ensinando
doutrinas que são mandamentos de
homens.” Jesus (MARCOS, 7: 7)
 

A atualidade do Cristianismo oferece-nos lições profundas, relativamente à declaração acima mencionada.

Ninguém duvida do sopro cristão que anima a civilização do Ocidente.

Cumpre notar, contudo, que a essência cristã, em seus institutos, não passou de sopro, sem renovações substanciais, porque, logo após o ministério divino do Mestre, vieram os homens e lavraram ordenações e decretos na presunção de honrar o Cristo, semeando, em verdade, separatismo e destruição.

Os últimos séculos estão cheios de figuras notáveis de reis, de religiosos e políticos que se afirmaram defensores do Cristianismo e apóstolos de suas luzes.

Todos eles escreveram ou ensinaram em nome de Jesus.

Os príncipes expediram mandamentos famosos, os clérigos publicaram bulas e compêndios, os administradores organizaram leis célebres. No entanto, em vão procuraram honrar o Salvador, ensinando doutrinas que são caprichos humanos, porquanto o mundo de agora ainda é campo de batalha das ideias, qual no tempo em que o Cristo veio pessoalmente a nós, apenas com a diferença de que o Farisaísmo, o Templo, o Sinédrio, o Pretório e a Corte de César possuem hoje outros nomes, Importa reconhecer, desse modo, que, sobre o esforço de tantos anos, é necessário renovar a compreensão geral e servir ao Senhor, não segundo os homens, mas de acordo com os seus próprios ensinamentos.

  

Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Caminho, Verdade e Vida

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

GRANDEZAS


O Sol que nos garante a existência, no distrito do Universo em que estagiamos é, aproximadamente, um milhão e trezentas mil vezes maior que a nossa Terra, entretanto, com toda essa grandeza não é capaz de cumprir a missão da vela na vastidão noturna, quando te dispões a socorrer um enfermo desamparado.

-o-

O antigo palácio do Louvre, em Paris, é um dos mais amplos do mundo, porquanto, a sua área cobre o espaço aproximado de duzentos mil metros quadrados, mas, apesar disso, não se desloca para desempenhar o papel do telheiro humilde em que abrigas os que jazem sem teto.

-o-

A catarata de Paulo Afonso, no Brasil, é das mais possantes do Planeta, com cerca de oitenta metros de altura e capacidade aproximada de dois milhões de cavalos-vapor, todavia, embora o imenso potencial de força em que se caracteriza, não te substitui a energia, quando sustentas uma criança doente, na concha dos braços, acalentando-lhe os dias.

-o-

A maior bacia hidrográfica do Orbe Terrestre é a Bacia Amazônica, com cerca de sete milhões de quilômetros quadrados, apresentando o Amazonas como sendo o seu rio soberano, contudo, apesar de sua glória fluvial não é capaz de estender o copo de água pura que sentes a alegria de ofertar ao sedento que te bate à porta.

-o-

Segundo é fácil de observar, há grandezas e grandezas, no entanto, a maior de todas é a do amor com que renovas e engrandeces a vida.

-o-

Com esse recurso sublime, colocas-te sobre a majestade das próprias estrelas, de vez que, em nome de Deus, consegues aproximar-te dos irmãos do caminho, com o poder de servir e compreender, abençoar e auxiliar.

 


(Francisco Cândido Xavier  por  Emmanuel.
In: Mentores e Seareiros)

domingo, 27 de novembro de 2022

CONVITE AO EQUILÍBRIO

 

“... Que cada um de vós saiba possuir

o seu vaso em santidade e Honra”.

(1º TESSALONICENSES: capítulo 4º, versículo 4)

 

Não há como negá-lo. Profundamente vinculados ao espírito, os hábitos decorrem do uso correto ou não que se imprimem às funções desta ou daquela natureza.

No que diz respeito às experiências sexuais, pela imposição procriativa, atendendo à lei de reprodução, o espírito no corpo engendra as grades do presídio em forma de viciações escravizantes ou as asas da sublimação libertadora.

A generalidade das pessoas, no entanto, padece a constrição dos apelos da retaguarda primitiva, fugindo, a princípio impensadamente, e depois em consciência às responsabilidades em relação ao aparelho genésico, mergulhando nos fundos fossos dos vícios cruéis, nos quais a jaula da loucura aprisiona em longo curso aqueles que nela se adentram precipitadamente.

Por isso, sejam quais forem as chamadas liberações morais que te facultem o abuso, resguarda-te no equilíbrio.

Não te permitas fascinar pela falsa tolerância que desborda em conivência de indignidade, porquanto, mesmo que as condições sociais legalizem estes ou aqueles atentados à moral e ao pudor, dando-lhes cidadania, a má aplicação das forças genésicas produzirá em ti mesmo lamentáveis processos de ulceração espiritual de presença demorada...

Homossexualismo, heterossexualismo, obedecem a programas liberativos que ao espírito são impostos por indispensável necessidade de disciplina da vontade e corrigenda moral.

Respeita, assim, nos limites que a vida te coloca ao alcance da evolução, a oportunidade redentora de que não te podes furtar.

E se te encontras em regime liberativo, sem feridas de qualquer natureza não resvales nos compromissos negativos, para que não retornes estigmatizado  pelas chagas que hoje são exibidas ao aplauso como ao sarcasmo no desfile das ruas e nos veículos de comunicação, produzindo cinismo e vilania, longe de qualquer terapêutica educativa ou saneadora.

Equilíbrio em qualquer circunstância como sinal de vitória sobre as paixões e de renovação na luta.

Nesse sentido a recomendação do Apóstolo Paulo não dá margem a qualquer eufemismo: “Que vos abstenhais da prostituição.”

 

 

FRANCO, Divaldo Pereira

Convites da Vida

Joanna de Ângelis

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

FRAÇÃO DE CARIDADE

 

O Que Dá ao Pobre Não Terá Falta, mas o

Que Dele Esconde Os Seus Olhos, Será

Cumulado De Maldições. Pv. 28, v. 27

 

           A Caridade é função preliminar de toda virtude. E o amor, a perfeição de todos os dons.

          A beneficência se fraciona sem limites, para enriquecimento da vida. É chuva, é o sol, é o vento, é o mar, é a terra, em trocas intermináveis. É o homem, na sublimação desse câmbio, até ao amor.

          Quem sabe dar, recebe muito, e jamais fica em falta.

          Ajudar ao semelhante corresponde à lei da compensação. Trabalhando para a paz dos outros, serás o primeiro a desfrutá-la.

          A caridade pode ser feita de mil maneiras: pelo olhar, pelo andar, pelos gestos, pelo falar, pelos pensamentos, pela escrita, pela leitura, saciando a sede, vestindo os nus e dando pão a quem tem fome. As maneiras são diversas, embora partam de um só princípio: o amor.

          Todas as virtudes são gotas da bondade de Deus, expressando-se no mundo, como caridade, que serve, educa, instrui, alegra, confia, trabalha e oferta, sem exigências.

          Quando não cumprimos nossos deveres, certamente recebemos as maldições das nossas consciências, cujo tribunal opera dentro de nós, com justiça. E, como meta única, tem a função de fazer cumprir a lei.

 

 

De “Gotas de Paz”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Carlos

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

GLORIFIQUEMOS

 

“Ora, a nosso Deus e Pai seja dada glória

para todo o sempre.” – Paulo. (Filipenses, 4:20)

 

   Quando o vaso se retirou da cerâmica, dizia sem palavras:

   – Bendito seja o fogo que me proporcionou a solidez.

   Quando o arado se ausentou da forja, afirmava em silêncio:

   – Bendito seja o malho que me deu forma.

   Quando a madeira aprimorada passou a brilhar no palácio, exclamava, sem voz:

   – Bendita seja a lâmina que me cortou cruelmente, preparando-me a beleza.

   Quando a seda luziu, formosa, no templo, asseverava no íntimo:

   – Bendita seja a feia lagarta que me deu vida.

   Quando a flor se entreabriu, veludosa e sublime, agradeceu, apressada:

   – Bendita a terra escura que me encheu de perfume.

   Quando o enfermo recuperou a saúde, gritou, feliz:

   – Bendita seja a dor que me trouxe a lição do equilíbrio.

   Tudo é belo, tudo é grande, tudo é santo na casa de Deus.

   Agradeçamos a tempestade que renova, a luta que aperfeiçoa, o sofrimento que ilumina.

   A alvorada é maravilha do céu que vem após a noite na Terra.

   Que em todas as nossas dificuldades e sombras seja nosso Pai glorificado para sempre.

 

 

 

Livro: Fonte Viva. Francisco C. Xavier por Emmanuel

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

VIDA

 

“A vida é uma dádiva a ser vivida,

e não um desafio a ser vencido.”

 

       Dádiva é algo que nos foi dado. A vida é a dádiva que nos foi dado pelo Criador, para que nela possamos usufruir.

       Jesus nos disse que veio para que tenhamos vida, e que a tenhamos em abundância.

       Como seres imperfeitos, ainda recém saídos da faixa da animalidade, não aprendemos a compreendê-la enquanto dádiva, e menos ainda a tê-la em abundância, na forma como nos ensinou o Cristo.

       Diante das inúmeras dificuldades que enfrentamos para sobreviver materialmente, é compreensível que a vida se nos apresente como um desafio a ser vencido.

       Mal temos tempo para pensar em seus aspectos sublimes, como dádiva divina. Entretanto, não nos custa construir um recanto dentro de nós mesmos. Um lugar onde possamos criar o necessário silêncio interior, para ouvir a nós mesmos e a Deus, através da voz de nossa própria consciência.

       É certo que nem sempre poderemos efetivamente sentir a vida como uma dádiva, em função do mundo e do modelo de vida ao qual estamos submetidos. Porém, nada nos impede de, intimamente, tê-la como um ideal a ser atingido, e cada vez menos a encararmos como um desafio, uma luta contínua, para alimentar, vestir e tratar o corpo, sem maiores cuidados com nossos aspectos espirituais.

       Somos ­— sempre e acima de tudo — entes imortais, em busca de uma paz e felicidade só possíveis quando mais próximos estivermos de Deus.

  

De “Dia a Dia — Conceitos para viver melhor — “, de Paulo R. Santos

terça-feira, 22 de novembro de 2022

GOVERNO INTERNO

 

“Antes subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão,
para que, pregando aos outros, eu mesmo não
venha de algum modo a ficar reprovado.”
Paulo (I Coríntios, 9:27)
 

Efetivamente, o corpo é miniatura do Universo.

É imprescindível, portanto, saber governá-lo.

Representação em material terrestre da personalidade espiritual, é razoável esteja cada um atento às suas disposições. Não é que a substância passiva haja adquirido poder superior ao da vontade humana, todavia, é imperioso reconhecer que as tendências inferiores procuram subtrair-nos o poder de domínio.

É indispensável esteja cada homem em dia com o governo de si mesmo.

A vida interior, de alguma sorte, assemelha-se à vida de um Estado. O espírito assume a autochefia, auxiliado por vários ministérios, quais os da reflexão, do conhecimento, da compreensão, do respeito e da ordem. As idéias diversas e simultâneas constituem apelos bons ou maus do parlamento íntimo. Existem, no fundo de cada mente, extensas potencialidades de progresso e sublimação, reclamando trabalho.

O governador supremo que é o espírito, no cosmo celular, redige leis benfeitoras, mas nem sempre mobiliza os órgãos fiscalizadores da própria vontade.

E as zonas inferiores continuam em antigas desordens, não lhes importando os decretos renovadores que não hostilizam, nem executam. Em se verificando semelhante anomalia, passa o homem a ser um enigma vivo, quando se não converte num cego ou num celerado.

Quem espera vida sã, sem autodisciplina, não se distancia muito do desequilíbrio ruinoso ou total.

É necessário instalar o governo de nós mesmos em qualquer posição da vida. O problema fundamental é de vontade forte para conosco, e de boa vontade para com os nossos irmãos.

  

Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

FILHOS PRODIGOS

 

“E caindo em si, disse: Quantos jornaleiros de meu

pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço

de fome!” – (Lucas, 15:17)

 

Examinando-se a figura do filho pródigo, toda gente idealiza um homem rico, dissipando possibilidades materiais nos festins do mundo.

O quadro, todavia, deve ser ampliado, abrangendo as modalidades diferentes.

Os filhos pródigos não respiram somente onde se encontra o dinheiro em abundância.

Acomodam-se em todos os campos da atividade humana, resvalando de posições diversas.

Grandes cientistas da Terra são perdulários da inteligência, destilando venenos intelectuais, indignos das concessões de que foram aquinhoados. Artistas preciosos gastam, por vezes, inutilmente, a imaginação e a sensibilidade, através de aventuras mesquinhas, caindo, afinal, nos desvãos do relaxamento e do crime.

Em toda parte vemos os dissipadores de bens, de saber, de tempo, de saúde, de oportunidades...

São eles que, contemplando os corações simples e humildes, em marcha para Deus, possuídos de verdadeira confiança, experimentam a enorme angústia da inutilidade e, distantes da paz íntima, exclamam desalentados:

– “Quantos trabalhadores pequeninos guardam o pão da tranquilidade, enquanto a fome de paz me tortura o espírito!”

O mundo permanece repleto de filhos pródigos e, de hora a hora, milhares de vozes proferem aflitivas exclamações iguais a esta.


 

(De “Pão Nosso”,  Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Emmanuel)

domingo, 20 de novembro de 2022

CONVITE À CARIDADE

 


“Filho, vai hoje trabalhar na minha Vinha.”

(Mateus: capítulo 21º, versículo 28)

 

Enquanto a saúde enfloresce as tuas possibilidades de bem-estar, reserva um dia por mês, ao menos, para visitar os irmãos enfermos, que ressarcem pesados tributos pretéritos, muitas vezes em dolorosa soledade, com o espírito tomado de apreensões e angústias.

Companheiros tuberculosos que expungem em leitos de asfixiante espera, em duros intervalos de hemoptises rudes.

Amigos leprosos em isolamento compulsório, acompanhando a dissolução dos tecidos que se desfazem em purulência desagradável.

Irmãos cancerosos sem esperança de recuperação orgânica entre dores e ásperas ansiedades.

Homens e mulheres em delírios de loucura ou presos por cruéis obsessões coercitivas, longe da lucidez, à margem do equilíbrio, em desoladora situação.

Crianças surpreendidas por enfermidades que as ferreteiam impiedosamente, roubando-lhes o frescor juvenil e macerando-as

vigorosamente.

Anêmicos e penfigosos, operados em situação irreversível e distônicos vários que enxameiam nos leitos dos hospitais públicos e particulares, nos Nosocômios de Convênio governamental ou em Clínicas diversas sob azorrague incessante.

Seja teu o sorriso de cordialidade franca, através da lembrança de uma palavra fraterna, de uma flor delicada, de uma pergunta gentil em que esteja expresso o interesse pela sua recuperação, de uma prece discreta ao lado do seu leito, de uma vibração refazente com que podes diminuir os males que inquietam esses seres em necessário resgate.

Lembra-te, porém, que acima do bem que lhes possas fazer, a ti fará muito bem verificar o de que dispões e pouco consideras, bem precioso e de alto valor com que o Senhor te concede a honra de crescer: a saúde!

Vai desde hoje trabalhar na vinha do Senhor.

Caridade para com os que sofrem, em última análise é caridade para contigo mesmo.

 

 

 

Convites da Vida

Divaldo P. Franco

Joana de Ângelis

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

IMPEDIMENTOS


“Deixemos todo impedimento e pecado que

tão de perto nos rodeiam e corramos com

perseverança à carreira que nos está

proposta.” – Paulo. (Hebreus, 12:1)

 

O grande apóstolo da gentilidade figura o trabalho cristão como sendo uma carreira da alma, no estádio largo da vida.

Paulo, naturalmente, em recorrendo a essa imagem, pensava nos jogos gregos de sua época e, sem nos referirmos ao entusiasmo e à emulação benéfica que devem presidir semelhante esforço, recordemos tão-somente o ato inicial dos competidores.

Cada participante do prélio despia a roupagem exterior para disputar a partida com indumentária tão leve quanto possível.

Assim, também, na aquisição de vida eterna, é imprescindível nos desfaçamos da indumentária asfixiante do espírito.

É necessário que o coração se faça leve, alijando todo fardo inútil.

Na claridade da Boa Nova, o discípulo encontra-se à frente do Mestre, investido de obrigações santificantes para com todas as criaturas.

As inibições contra a carreira vitoriosa costumam aparecer todos os dias. Temo-las, com freqüência, nos mais insignificantes passos do caminho.

A cada hora surge o impedimento inesperado.

É o parente frio e incompreensivo.

A secura dos corações ao redor de nós.

O companheiro que desertou.

A mulher que desapareceu, perseguindo objetivos inferiores.

O amigo que se iludiu nas ilhas de repouso, deliberando atrasar a jornada.

O cooperador que a morte levou consigo.

O ódio gratuito.

A indiferença aos apelos do bem.

A perseguição da maldade.

A tormenta da discórdia.

A Boa Nova, porém, oferece ao cristão a conquista da glória divina.

Se quisermos alcançar a meta, ponhamos de lado todo impedimento e corramos, com perseverança, na prova de amor e luz que nos está proposta.

 

 

Fonte Viva – Francisco C Xavier por Emmanuel

POSSE

Aquilo de que abrimos mão é o que verdadeiramente nos pertence.   Quem se nega aos outros não tem a posse de si mesmo.   Jesus, sobr...