“... O amor edifica.”
(1ª
Epístola aos Coríntios: 8 – 1)
Aqui,
escombros acumulados refletindo desolação e queda. Ali, montanhas de resíduos,
assoberbando terrenos baldios. Além, poluição multiplicando miasmas, em ameaça
à vida. Em toda parte desagregação em regime de urgência, desvalorizando os
estímulos otimistas, como se tudo marchasse para um aniquilamento imediato,
avassalador...
O erro
moral em aceitação tácita, tranquila.
A
conivência com as vantagens da extravagância, favorecendo clima de alucinação e
balbúrdia perturbadora...
Não
obstante as calamidades, medram as flores da esperança, no mesmo campo
terrestre.
O pantanal
renovado pela drenagem reverdesce-se.
A aridez
desértica socorrida pela irrigação torna-se pomar e jardim.
Os muros
velhos, desolados, sob tépido beijo solar da primavera, enflorecemse.
Assim a
vida.
Do caos
aparente em que o mal governa, a construção nova do bem, a edificação legítima
da felicidade.
Não te
consideres marginalizado nestes dias, porque teus olhos fitam paisagens
lúgubres em que o desencanto moral se demora vencedor e a
aflição conduz triunfante.
Operário
da ação nobilitante, possuis recursos valiosos para a obra superior.
Necessário,
apenas, que te disponhas.
Do terreno
revolvido surge a sementeira feliz, dos destroços das demoliçôes nasce a
construção atraente.
Edifica o
teu lar de paz onde estejas, sem a preocupação de retificar tudo de um só
golpe.
Não te
agastes com os ociosos, que nada fazem nem te irrites com os incompreensíveis,
que te dificultam a marcha.
Produze a
tua quota, mesmo que ela seja a humilde cooperação da gentileza, da paciência,
do tijolo modesto ou da colher de cimento da boa
vontade, fazendo a tua parte.
Insta
contigo próprio a fim de executares o serviço edificante.
Exige-te
mais esforço.
Concede-te
a oportunidade feliz.
Pondera
acuradamente e resolve-te superar quaisquer limites, sejam dificuldades,
incapacidade, problemas...
Acima de
tudo lembra-te, também, de reedificar-te interiormente consoante o ensino do
Senhor, facultando que nasça do “homem velho”, que todos somos, acostumados aos
erros e gravames, o “homem novo”, idealista, sonhador do bem, colocado a posto
para o amanhã feliz. E tem em mente que só “o amor edifica”.
Convites
da Vida
Divaldo
Pereira Franco
Joanna de
Ângelis
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