“Quantos pães tendes? E disseram-lhe:
– Sete.” (Marcos, 8:5)
Quando Jesus, à frente da multidão faminta, indagou das
possibilidades dos discípulos para atendê-la, decerto procurava uma base, a fim
de materializar o socorro preciso.
“Quantos pães tendes?”
A pergunta denuncia a necessidade de algum concurso para o
serviço da multiplicação.
Conta-nos o evangelista Marcos que os companheiros
apresentaram-lhe sete pãezinhos, dos quais se alimentaram mais de quatro mil
pessoas, sobrando apreciável quantidade.
Teria o Mestre conseguido tanto se não pudesse contar com
recurso algum?
A imagem compele-nos a meditar quanto ao impositivo de
nossa cooperação, para que o Celeste Benfeitor nos felicite com os seus dons de
vida abundante.
Poderá o Cristo edificar o santuário da felicidade em nós
e para nós, se não puder contar com os alicerces da boa-vontade em nosso
coração?
A usina mais poderosa não prescinde da tomada humilde para
iluminar um aposento.
Muitos esperam o milagre da manifestação do Senhor, a fim
de que se lhes sacie a fome de paz e reconforto, mas a voz do Mestre, no monte,
continua ressoando, inesquecível:
– Que tendes?
Infinita é a Bondade de Deus, todavia, algo deve surgir de
nosso “eu”, em nosso favor.
Em qualquer terreno de nossas realizações para a vida mais
alta, apresentemos a Jesus algumas reduzidas migalhas de esforço próprio e
estejamos convictos de que o Senhor fará o resto.
Fonte
Viva. Francisco C. Xavier por Emmanuel
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