“Porque não temos que lutar
contra a carne
e o sangue, mas sim contra os
principados,
contra as potestades, contra os
príncipes das
trevas deste século, contra as
hostes espirituais
da maldade, nos lugares
celestiais.”
Paulo (Efésios, 6:12)
Segundo
nossas afirmativas reiteradas, a grande luta não reside no combate com o sangue
e a carne, propriamente, mas sim com as nossas disposições espirituais
inferiores.
Paulo de
Tarso agiu divinamente inspirado, quando escreveu sua recomendação aos
companheiros de Éfeso.
O
silencioso e incessante conflito entre os discípulos sinceros e as forças da
sombra está vinculado em nossa própria natureza, porquanto nos acumpliciávamos
abertamente com o mal, em passado não remoto.
Temos sido
declarados participantes das ações delituosas nos lugares celestiais.
E, ainda
hoje, entre os fluidos condensados da carne ou nas esferas que lhes são
próximas, agimos no serviço de autorestauração em pleno paraíso.
A Terra é,
igualmente, sublime degrau do Céu.
Quando
alguém se reporta aos anjos caídos, os ouvintes humanos guardam logo a
impressão de um palácio soberbo e misterioso, de onde se expulsam criaturas
sábias e luminosas.
Não se
verifica o mesmo, quando um homem culto se entrega ao assassínio, à frente de
uma universidade ou de um templo?
Geralmente
o observador terrestre relaciona o crime, não se detendo, porém, no exame do
lugar sagrado e venerável em que se consumou.
A grande
luta, a que o Apóstolo se refere, prossegue sem descanso.
As cidades
e as edificações humanas são zonas celestiais.
Nem elas e
nem as células orgânicas que nos servem, constituem os poderosos inimigos, e,
sim, as “hastes espirituais da maldade”, com as quais nos sintonizamos através
dos pontos inferiores que conservamos desesperadamente conosco, vastas
arregimentações de seres e pensamentos sombrios que obscurecem a visão humana,
e que operam com sutileza, de modo a não perderem os ativos companheiros de
ontem.
Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso
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