“Jesus, Mestre, tem compaixão de
nós.”
(Lucas: capítulo 17º, versículo
14.)
São poucos os que a cultivam.
Há a alegação generalizada de que todo aquele que se apieda, sofre
desnecessariamente, e depois não há qualquer compensação. Logo se recupera o
que ora padece e este retribui a generosidade, o auxílio, com a torpe
ingratidão.
Que te importa, porém, se o ingrato for o outro? Não se renova a árvore após a
poda, produzindo em abundância e o solo revolvido, não aceita melhor a semente?
O essencial é que sejas partícipe ativo da renovação social e espiritual da
Terra.
Para esse mister não arroles dificuldades, não apontes incompreensões, não
relaciones queixas.
Possivelmente não poderás fazer muito, ante a larga faixa dos que expungem, dos
que padecem necessárias retificações. Dispões, no entanto, do amor, e assim
enriquecido ser-te-á possível oferecer valiosas moedas de compaixão e
fraternidade.
Disporás de um momento para ouvir as ânsias do espírito atribulado e ofereceres
o roteiro seguro do Evangelho; terás a moeda da esperança para distenderes ao
desafortunado, que tudo perdeu no jogo da ilusão e agora está à borda da
loucura ou do suicídio; contribuirás com a oração intercessória, quando outros
recursos já não sejam utilizáveis junto ao que se permitiu colher pelas
circunstâncias infelizes que ele mesmo engendrou e das quais não pode
escapar; distenderás o lenço do conforto, sugerindo que o perseguidor
reconsidere a atitude, pois que mais tarde será ele o perseguido; lembrarás o
impositivo das leis divinas àqueles que se facultam desonestidade e torpezas morais,
se tiveres compaixão..
O Mestre, apiedado daqueles leprosos, sugeriu que se apresentassem aos
sacerdotes, acontecendo que, em pleno caminho, se tornaram limpos...
Todos possuímos males que nos maculam o espírito e nos maceram interiormente.
Apiedando-nos do próximo, credenciar-nos-emos à compaixão do Senhor, que nos
favorecerá com a oportunidade de nos limparmos pelo caminho, também, antes de
nos apresentarmos à Lei.
Convites da Vida
Divaldo P. Franco
Joana de Ângelis
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