sexta-feira, 30 de agosto de 2019

CURAS




“E curai os enfermos que nela houver e
dizei-lhes: É chegado a vós o reino de
Deus.” Jesus (Lucas, 10:9)


Realmente Jesus curou muitos enfermos e recomendou-os, de modo especial, aos discípulos.
Todavia, o Médico Celestial não se esqueceu de requisitar ao Reino Divino quantos se restauram nas deficiências humanas.
Não nos interessa apenas a regeneração do veículo em que nos expressamos, mas, acima de tudo, o corretivo espiritual.
Que o homem comum se liberte da enfermidade, mas é imprescindível que entenda o valor da saúde. Existe, porém, tanta dificuldade para compreendermos a lição oculta da moléstia no corpo, quanta se verifica em assimilarmos o apelo ao trabalho santificante que nos é endereçado pelo equilíbrio orgânico.
Permitiria o Senhor a constituição da harmonia celular apenas para que a vontade viciada viesse golpeá-la e quebrá-la em detrimento do espírito?
O enfermo pretenderá o reajustamento das energias vitais, entretanto, cabe-lhe conhecer a prudência e o valor dos elementos colocados à sua disposição na experiência edificante da Terra.
Há criaturas doentes que lastimam a retenção no leito e choram aflitas, não porque desejem renovar concepções acerca dos sagrados fundamentos da vida, mas por se sentirem impossibilitadas de prolongar os próprios desatinos.
É sempre útil curar os enfermos, quando haja permissão de ordem superior para isto, contudo, em face de semelhante concessão do Altíssimo, é razoável que o interessado na bênção reconsidere as questões  que lhe dizem respeito, compreendendo que raiou para seu espírito um novo dia no caminho redentor.


Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

SEMPRE VIVOS



“Ora, Deus não é de mortos, mas, sim, de
vivos. Por isso, vós errais muito.”
Jesus (Marcos, 12:27)


Considerando as convenções estabelecidas em nosso trato com os amigos encarnados, de quando em quando nos referimos à vida espiritual utilizando a palavra “morte” nessa ou naquela sentença de conversação usual. No entanto, é imprescindível entendê-la, não por cessação e sim por atividade transformadora da vida.
Espiritualmente falando, apenas conhecemos um gênero temível de morte – a da consciência denegrida no mal, torturada de remorso ou paralítica nos despenhadeiros que marginam a estrada da insensatez e do crime.
É chegada a época de reconhecermos que todos somos vivos na Criação Eterna.
Em virtude de tardar semelhante conhecimento nos homens, é que se verificam grandes erros. Em razão disso, a Igreja Católica Romana criou, em sua teologia, um céu e um inferno artificiais; diversas coletividades das organizações evangélicas protestantes apegam-se à letra, crentes de que o corpo, vestimenta material do Espírito, ressurgirá um dia dos sepulcros, violando os princípios da Natureza, e inúmeros espiritistas nos têm como fantasmas de laboratório ou formas esvoaçantes, vagas e aéreas, errando indefinidamente.
Quem passa pela sepultura prossegue trabalhando e, aqui, quanto aí, só existe desordem para o desordeiro. Na Crosta da Terra ou além de seus círculos, permanecemos vivos invariavelmente.
Não te esqueças, pois, de que os desencarnados não são magos, nem adivinhos. São irmãos que continuam na luta de aprimoramento.
Encontramos a morte tão somente nos caminhos do mal, onde as sombras impedem a visão gloriosa da vida.
Guardemos a lição do Evangelho e jamais esqueçamos que Nosso Pai é Deus dos vivos imortais.



Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

TRABALHO




Quem não se envolve pessoalmente com alguma espécie de trabalho não progride.
A finalidade do trabalho que executamos é a de fazer-nos crescer interiormente, desenvolvendo as nossas potencialidades embrionárias.
Em quem trabalha por simples obrigação, em busca do pão de cada dia, o trabalho opera muito lentamente.
Quanto mais o espírito se conscientiza de sua necessidade de trabalhar, passando a servir aos semelhantes por livre iniciativa, mais ele avança na senda do aperfeiçoamento.
Quem já consegue dar de si mesmo aos outros encontra-se num estágio superior ao daquele que dá no que retém consigo, sem que, no entanto, nada lhe pertença.
O salário com que o trabalho enobrecedor nos remunera é muito maior do que o que recebemos em paga pelo suor que derramamos.
É no serviço do bem que o espírito se fortalece e aprende a conhecer-se com mais segurança, aceitando-se tal e qual é, em transição para o que deve vir a ser.
Feliz de quem serve pela alegria de servir.
Toda tarefa em benefício dos semelhantes, por pequenina que seja, é de grande significado espiritual para quem a executa.
Nunca nos sintamos limitados para cooperar nas boas obras.
Com o discernimento presidindo todas as nossas ações, estejamos certos de que no trabalho do bem não existe excesso e nem cansaço.


Irmão José/Carlos A. Baccelli
Do livro LIÇÕES DA VIDA

terça-feira, 27 de agosto de 2019

NO FUTURO



“E não mais ensinará cada um a seu próximo,
nem cada um a seu irmão, dizendo: – Conhece o
Senhor! Porque todos me conhecerão, desde o
menor deles até ao maior.” Paulo (Hebreus, 8:11)


Quando o homem gravar na própria alma
Os parágrafos luminosos da Divina Lei,
O companheiro não repreenderá o companheiro,
O irmão não denunciará outro irmão.
O cárcere cerrará suas portas,
Os tribunais quedarão em silêncio.
Canhões serão convertidos em arados,
Homens de armas volverão à sementeira do solo.
O ódio será expulso do mundo,
As baionetas repousarão,
As máquinas não vomitarão chamas para o incêndio e para a morte,
Mas cuidarão pacificamente do progresso planetário.
A justiça será ultrapassada pelo amor.
Os filhos da fé não somente serão justos,
Mas bons, profundamente bons.
A prece constituir-se-á
de alegria e louvor
E as casas de oração estarão consagradas ao trabalho sublime da fraternidade suprema.
A pregação da Lei
Viverá nos atos e pensamentos de todos,
Porque o Cordeiro de Deus
Terá transformado o coração de cada homem
Em tabernáculo de luz eterna,
Em que o seu Reino Divino
Resplandecerá para sempre.



Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

EM PREPARAÇÃO




“Diz o Senhor: Porei as minhas leis no
seu entendimento e em seu coração as
escreverei; e eu lhes serei por Deus e
eles me serão por povo.” Paulo. (Hebreus, 8:10)


Traduziremos o Evangelho
Em todas as línguas,
Em todas as culturas,
Exaltando-lhe a grandeza,
Destacando-lhe a sublimidade,
Semeando-lhe a poesia,
Comentando-lhe a verdade,
Interpretando-lhe as lições,
Impondo-nos ao raciocínio,
Aprimorando o coração
E reformando a inteligência,
Renovando leis,
Aperfeiçoando costumes
E aclarando caminhos...
Mas, virá o momento
Em que a Boa Nova deve ser impressa, em nós mesmos,
Nos refolhos da mente,
Nos recessos do peito,
Através das palavras e das ações.
Dos princípios e ideais,
Das aspirações e das esperanças,
Dos gestos e pensamentos.
Porque, em verdade,
Se o Céu nos permite espalhar-lhe
a Divina Mensagem no mundo,
Um dia, exigirá nos convertamos
Em traduções vivas do Evangelho na Terra.



Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

CONVITE AO BEM



“Mas, quando fores convidado, vai.”
Jesus (Lucas, 14:10)


Em todas as épocas, o bem constitui a fonte divina, suscetível de fornecernos valores imortais.
O homem de reflexão terá observado que todo o período infantil é conjunto de apelos ao sublime manancial.
O convite sagrado é repetido, anos a fio. Vem através dos amorosos pais humanos, dos mentores escolares, da leitura salutar, do sentimento religioso, dos amigos comuns.
Entretanto, raras inteligências atingem a juventude, de atenção fixa no chamamento elevado.
Quase toda gente ouve as requisições da natureza inferior, olvidando deveres preciosos.
Os apelos, todavia, continuam...
Aqui, é um livro amigo, revelando a verdade em silêncio; ali, é um companheiro generoso que insiste em favor das realidades luminosas da vida...
A rebeldia, porém, ainda mesmo em plena madureza do homem, costuma rir inconscientemente, passando, todavia, em marcha compulsória, na direção dos desencantos naturais, que lhe impõem mais equilibrados pensamentos.
No Evangelho de Jesus, o convite ao bem reveste-se  de claridades eternas.
Atendendo-o, poderemos seguir ao encontro de Nosso Pai, sem hesitações.
Se o clarim cristão já te alcançou os ouvidos, aceita-lhe as clarinadas sem vacilar.
Não esperes pelo aguilhão da necessidade.
Sob a tormenta, é cada vez mais difícil a visão do porto.
A maioria dos nossos irmãos na Terra caminha para Deus, sob o ultimato das dores, mas não aguardes pelo açoite de sombras, quando podes seguir, calmamente, pelas estradas claras do amor.


Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

CONTA PARTICULAR



“Ah! se tu conhecesses também, ao menos
neste teu dia, o que à tua paz pertence!”
Jesus (Lucas, 19:42)


A exclamação de Jesus, junto de Jerusalém, aplica-se muito mais ao coração do homem – templo vivo do Senhor – que à cidade de ordem material, destinada à ruína e à desagregação nos setores da experiência.
Imaginemos o que seria o mundo, se cada criatura conhecesse o que lhe pertence à paz íntima.
Em virtude da quase geral desatenção a esse imperativo da vida, é que os homens se empenham em dolorosos atritos, assumindo escabrosos débitos.
Atentemos para a assertiva do Mestre – “ao menos neste teu dia”. Estas palavras convidam-nos a pensar na oportunidade de serviço de que dispomos presentemente e a refletir nos séculos que perdemos; compelem-nos a meditar quanto ao ensejo de trabalho, sempre aberto aos espíritos diligentes.
O homem encarnado dispõe dum tempo glorioso que é provisoriamente dele, que lhe foi proporcionado pelo Altíssimo em favor de sua própria renovação.
Necessário é que cada um conheça o que lhe toca à tranqüilidade individual. Guarde cada homem digna atitude de compreensão dos deveres próprios e os fantasmas da inquietude estarão afastados. Cuide cada pessoa do que se lhe refira à conta particular e dois terços dos problemas sociais do mundo surgirão naturalmente resolvidos.
Repara as pequeninas exigências de teu círculo e atende-as, em favor de ti mesmo.
Não caminharás entre as estrelas, antes de trilhares as sendas

humildes que te competem.



Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

SERIA INÚTIL




“Respondeu-lhes: Já vo-lo disse e não ouvistes;
para que o quereis tornar a ouvir?” (João, 9:27)


É muito freqüente a preocupação de muitos religiosos, no sentido de transformarem os amigos compulsoriamente, conclamando-os às suas convicções particularistas. Quase sempre se empenham em longas e fastidiosas discussões, em contínuos jogos de palavras, sem uma realização sadia ou edificante.
O coração sinceramente renovado na fé, entretanto, jamais procede assim.
É indispensável diluir o prurido de superioridade que infesta o sentimento de grande parte dos aprendizes, tão logo se deixam conduzir a novos portos de conhecimento, nas revelações gradativas da sabedoria divina, porque os discutidores de más inclinações se incumbem de interceptar-lhes a marcha.
A resposta do cego de nascença aos judeus argutos e inquiridores é padrão ativo para os discípulos sinceros.
Lógico que o seguidor de Jesus não negará um esclarecimento acerca do Mestre, mas se já explicou o assunto, se já tentou beneficiar o irmão mais próximo com os valores que o felicitam, sem atingir o alheio entendimento, para que discutir?
Se um homem ouviu a verdade e não a compreendeu, fornece evidentes sinais de paralisia espiritual. Ser-lhe-á inútil, portanto, escutar repetições imediatas, porque ninguém enganará o tempo, e o sábio que desafiasse o ignorante rebaixar-se-ia ao título de insensato.
Não percas, pois, as tuas horas através de elucidações minuciosas e repetidas para quem não as pode entender, antes que lhe sobrevenham no caminho o sol e a chuva, o fogo e a água da experiência.
Tens mil recursos de trabalhar em favor de teu amigo, sem provocá-

lo  ao teu modo de ser e à tua fé.



Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

PONDERA SEMPRE

  "E o que de mim, diante de muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem a outros...