Síndrome alarmante, de desequilíbrio, a presença da
mágoa faculta a fixação de graves enfermidades físicas e psíquicas no organismo
de quem a agasalha.
A mágoa pode ser comparada à ferrugem perniciosa que
destrói o metal em que se origina.
Normalmente se instala nos redutos do amor próprio
ferido e paulatinamente se desdobra em seguro processo enfermiço, que termina
por vitimar o hospedeiro.
De fácil combate, no início, pode ser expulsa mediante a
oração singela e nobre, possuindo, todavia, o recurso de, em habitando os
tecidos delicados do sentimento, desdobrar-se em modalidades várias, para
sorrateiramente apossar-se de todos os departamentos da emotividade,
engendrando cânceres morais irreversíveis. Ao seu lado, instala-se, quase
sempre, a aversão, que estimula o ódio, etapa grave do processo destrutivo.
A magoa, não obstante desgovernar aquele que a vitaliza,
emite verdadeiros dardos morbíficos que atingem outras vítimas incautas,
aquelas que se fizeram as causadoras conscientes ou não do seu nascimento...
Borra sórdida, entorpece os canais por onde transita a
esperança, impedindo-lhe o ministério consolador.
Hábil, disfarça-se, utilizando-se de argumentos bem
urdidos para negar-se ao perdão ou fugir ao dever do esquecimento.
Muitas distonias orgânicas são o resultado do veneno da
mágoa, que, gerando altas cargas tóxicas sobre a maquinaria mental, produz
desequilíbrio no mecanismo psíquico com lamentáveis consequências nos aparelhos
circulatório, digestivo, nervoso...
O homem é, sem dúvida, o que vitaliza pelo pensamento.
Suas ideias, suas aspirações constituem o campo vibratório no qual transita e
em cujas fontes se nutre.
Estiolando os ideais e espalhando infundadas suspeitas,
a mágoa consegue isolar o ressentido, impossibilitando a cooperação dos
socorros externos, procedentes de outras pessoas.
*
Caça implacavelmente esses agentes Inferiores, que
conspiram contra a tua paz.
O teu ofensor merece tua compaixão, nunca o teu revide.
Aquele que te persegue sofre desequilíbrios que ignoras
e não é justo que te afundes, com ele, no fosso da sua animosidade.
Seja qual for a dificuldade que te impulsione à mágoa,
reage, mediante a renovação de propósitos, não valorizando ofensas nem
considerando ofensores.
Através do cultivo de pensamentos salutares, pairarás
acima das viciações mentais que agasalham esses miasmas mortíferos que,
infelizmente, se alastram pela Terra de hoje, pestilenciais, danosos,
aniquiladores.
Incontáveis problemas que culminam em tragédias
quotidianas são decorrência da mágoa, que virulenta se firmou, gerando o
nefando comércio do sofrimento desnecessário.
*
Se já registras a modulação da fé raciocinada nos
programas da renovação interior, apura aspirações e não te aflijas.
Instado às paisagens Inferiores, ascende na direção do
bem.
Malsinado pela Incompreensão, desculpa.
Ferido nos melhores brios, perdoa.
Se meditares na transitoriedade do mal e na perenidade
do bem, não terás outra opção, além daquela: amar e amar sempre, impedindo que
a mágoa estabeleça nas fronteiras da tua vida as balizas da sua província
infeliz.
*
"Quando estiverdes orando, se tiverdes alguma coisa
contra alguém, perdoai-lhe, para que vosso Pai que está nos Céus, vos perdoe as
vossas ofensas". Marcos: capítulo 11º, versículo 25.
*
"Não sou feliz! A felicidade não foi feita para
mim! exclama geralmente o homem em todas as posições sociais. Isto, meus caros
filhos, prova melhor do que todos os raciocínios possíveis, a verdade desta
máxima do Eclesiastes: "A felicidade não é deste mundo". Evangelho
Segundo o Espiritismo - Capítulo 5º - Item 20.
FRANCO, Divaldo Pereira. Florações
Evangélicas
Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 24
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