terça-feira, 31 de janeiro de 2017

CONVITE À MEDIUNIDADE





“Ora há diversidades de dons, mas um
mesmo é o Espírito; há diversidades
de ministérios, e um mesmo é o Senhor.”
(1ª Epístola aos Coríntios: capítulo 12º, versículos 4 e 5.)



Médiuns, mediunidades.

Médiuns todos o somos, e mediunidades possuimo-las todos nós.

Aprimorá-las ou descurá-las, relegando-as a plano secundário, é responsabilidade que cada um exerce mediante o próprio arbítrio.

A argila maleável nas mãos do oleiro é a médium do vaso.

O ferro em ignição na bigorna e malho do operário é médium da forma que plasma.

Deixando-se conduzir pelas mãos do Operário Divino, o homem modela e executa as construções mentais superiores, tornando-se cooperador na Obra de Nosso Pai.

Recalcitrando à inspiração elevada, deixa-se, maleável, arrastar por outras ondas de pensamento, colaborando, às vezes, inconscientemente na formação das paisagens de dor, de sombra e de desdita para os outros como para si mesmo.

A verdade é que todos estamos interligados, em ministério mediúnico ativo, incessante, graças aos múltiplos dons de que nos achamos investidos.

Vinculados espírito-a-espírito pelo impositivo da evolução, desde que constituímos famílias que formam a grande família universal, sintonizamo-nos reciprocamente pelas afinidades e aptidões, ideais e desejos em conúbio imenso de que somente o amor consegue os objetivos elevados, libertadores.

Assim sendo, medita nas possibilidades mediúnicas de que te encontras possuído e eleva-te pelo exercício das ações nobilitantes, de modo a desdobrares os recursos positivos na realização do bem a que o Senhor a todos nos convoca.

Certamente uns estão melhormente aquinhoados pelas faculdades mediúnicas que lhes são concedidas para a própria edificação à luz consoladora da Doutrina Espírita que é a única diretriz segura com Jesus para o ministério abençoado de iluminação na Terra.

Se, todavia, não experimentares os sintomas mais evidentes da mediunidade, transforma-te espontaneamente em instrumento do amor e acende a lâmpada do auxílio fraterno no coração, a fim de que a caridade te transforme em médium da esperança entre os que aspiram a um Mundo renovado e ditoso para o futuro, desde hoje.




Convites da Vida
Divaldo P Franco por Joanna de Ângelis

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

CONVITE À HARMONIA






“Pois toda criatura de Deus é boa
e nada deve ser rejeitado, se é
recebido com gratidão.”
(1ª Epístola à Timóteo: capítulo 4º, versículo 4.)



Como hábito, uma que outra vez com regularidade, altera o ritmo das atividades do quotidiano, a fim de haurires na comunhão da Natureza a necessária harmonia para o prosseguimento dos labores abençoados.

Uma evasão da cidade agitada na direção do bosque;

Uma excursão a um local bucólico e ameno;

Uma jornada aos campos dos arredores;

Uma caminhada pela orla marinha;

Um convescote à montanha...

Paisagens novas, inabituais à contemplação, ao exercício, à reflexão.

Neste recanto uma delicada flor oscilando em haste tênue; do alto visão ampliada, superando detalhes e vencendo distâncias; em volta o ar rarefeito, dúlcido, respirável; pequenas boninas salpicando o verdor de todos os tons; o pulsar do corpo gigante do mar; búzios e algas variados pelas praias, despertando atenção; painéis coloridos, variados, o céu, o sol, a vida...

Detém-te um pouco a considerar a harmonia que palpita em toda parte, ausculta o coração da Natureza, deixa-te arrastar.

Refaze programações, renova o entusiasmo, desasfixiando-te, eliminando tóxicos, miasmas que te excitam no dia-a-dia ou te entorpecem na maior parte das horas...

Faze, porém, tua busca de harmonia com simplicidade.

Nada de complexas, exaustivas arrumações: barracas, farnéis, guloseimas, isto, aquilo..

Algumas horas nada são. Não devem ser complicadas, de modo a não se converterem em nova inquietação, diferente ansiedade.

Se, todavia, acreditares não dispor de tempo, de oportunidade, de meios — recurso nenhum, senão disposiçãO, — abre a janela, à noite e fala às estrelas, escuta os astros fulgurantes, harmoniza-te.

Harmonia é também pão e medicamento. Não prescindirás dela se pretendes lograr êxito.

Mesmo Jesus, após as atividades de cada dia, ao lado dos amigos, refugiava-se, longe das multidões, no contato com a Natureza, orando, para prosseguir em harmonia com o Pai. E como afirma Paulo que “toda criatura de Deus é boa”, mister se faz desdobrar essa natural bondade, a fim de que, em harmonia, tudo receba “com gratidão”.




Convites da Vida
Divaldo P. Franco por Joanna de Ângelis

domingo, 29 de janeiro de 2017

CONVITE AO DEVER




“Sede, pois, vós outros, perfeitos, como
perfeito é o vosso Pai celestial.”
(Mateus: capítulo 5º, versículo 48.)



Como diretriz de segurança; qual dínamo propulsor do progresso, semelhante a resistência contra os desequilíbrios, o dever se encontra
insculpido como fator preponderante em todo ser que pensa.

Desnaturá-lo ao suborno da ilusão, conspurcá-lo face a injunções constritoras, desconsiderá-lo ao império da anarquia é descer psiquicamente aos sub-niveis da humanização...

Desertam homens porque lhes faltam os implementos da coragem, estimulados, dizem, pela preponderância da perturbação que grassa generalizada.

Angustiam-se outros, descoroçoados ante a vitória do desvalor e da astúcia contemplando os insucessos contínuos da honra e da honestidade.

Esmorecem os menos temperados na forja da fé porque fatores negativos da distrofia social se sobrepõem aos lídimos esforços da abnegação...

Equívocos, porém, não constituem regra; sempre são exceções às normas da mesma forma que as sombras não podem construir realidades, graças à própria essência de que se vitalizam.

O dever, inerente a todos os homens, é manifestação da Divina Lei, consubstanciando os objetivos da vida inteligente na Terra.

“O homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais do que as criaturas e ama as criaturas mais do que a si mesmo.”

Mesmo que na aparência estejas no lado errado, desincumbindo-te dos deveres que te dizem respeito, não te aflijas. Consciência é presença de que ninguém conseguirá despojar-se.

Não importa que os outros desconheçam os erros que hajas cometido ou as ações nobres praticadas... O essencial é que o saibas.

O engano passa, mas o dever retamente exercido fica.

A bruma se dilui, enquanto permanecem a claridade e o sol como estados naturais da vida.

Descontrai-te, portanto, e atende aos teus deveres morais, atuante na comunidade em que vives com a alegria do semeador que antevê na semente submissa a glória do campo coroado de novos e abundantes grãos.



“O Evangelho Segundo o Espiritismo”
52ª Edição FEB — Capítulo 17º
— Item 7. - Nota da Autora espiritual.



FRANCO, Divaldo Pereira. Convites da Vida

Pelo Espírito Joanna de Ângelis.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

CONVITE À FRATERNIDADE






“Ninguém acende uma candeia e a
coloca debaixo do médio, mas no velador.”
(Mateus: capítulo 5º, versículo 15.)


Abençoado pela oportunidade de progredir em regime de liberdade relativa, no corpo que te serve de esteio para a evolução, considera a situação dos que foram colhidos pelas malhas da criminalidade e expungem em regime carcerário os erros, à margem da sociedade, a benefício deles mesmos e da comunidade.

Visitá-los constitui dever impostergável.

Não é necessário que sindiques as razões que os retêm entre as grades ou no campo aberto das colônias agrícolas correcionais ou que te inquietes em face aos dramas que os sobrecarregam.

Há sim, alguns que são criminosos impenitentes, reincidentes, sem coração... Doentes, portanto, psicopatas infelizes ou obsidiados atormentados, sem dúvida...

Outros, no entanto...

Mães que não suportaram os incessantes maus-tratos de companheiros degenerados;

Irmãos avassalados pelo que consideravam injustiças terríveis e não tiveram energias para superar o momento crítico;

Operários espezinhados que não dispunham de forças para vencer a crise;

Patrões ludibriados que tomaram a justiça nas mãos;

Jovens viciados por este ou aquele fator desequilibrante, que agiram atados sob a constrição de drogas ou paixões;

Homens e mulheres probos que foram surpreendidos pela infelicidade num momento de fraqueza;

Adolescentes ou anciãos que foram levados ao furto pela fome.

Quantas crianças, também, em Reformatórios, Escolas corretivas, porque não tiveram um pouco de carinho e desde cedo somente receberam reproche e desprezo social!

Podes fazer algo.

Tens muito para dar, especialmente no que diz respeito a valores morais e espirituais.

Confraterniza com eles e acende nas suas almas a flama do ideal imortalista, para que encontrem mesmo aí onde sofrem um norte que lhes constitua bússola e rota na imensa noite do desespero que sempre irrompe nas celas em que se demoram enjaulados por fora ou encarcerados por dentro.

Constatarás que ajudá-los é ajudar-se e ser fraterno para com eles é libertar-se de várias constrições que te inquietam, pondo a luz da tua fé no velador da fraternidade.



FRANCO, Divaldo Pereira. Convites da Vida.
Pelo Espírito Joanna de Ângelis.

POSSE

Aquilo de que abrimos mão é o que verdadeiramente nos pertence.   Quem se nega aos outros não tem a posse de si mesmo.   Jesus, sobr...