sexta-feira, 29 de julho de 2016

FAZER PARA SER





Acordaste para as realidades da Vida Imperecível e, provavelmente, anseias partilhar as iniciativas que se relacionam com as grandes realizações.
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E porque não possa isso se te oferecer, de imediato, recolhes-te, habitualmente, à omissão, marginalizando os melhores ideais.
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Entretanto, vale refletir no valor do tempo e na importância da iniciação, tocando mãos à obra.
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Nem sempre disporás de assembleias atenciosas ou de palavra experiente a fim de veicular os princípios que abraças, no entanto, sempre possuis no recinto doméstico ou no grupo de trabalho alguns corações para os quais a tua compreensão estimulante e consoladora se te fará uma bênção.
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Não obterás a fundação instantânea de um hospital a que se abriguem numerosos enfermos, mas, sem dificuldade, consegues ser a visita reconfortante para algum doente esquecido.
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Não instituirás de improviso o apostolado da tristeza, promovendo círculos de ação curativa, contudo, é provável contes com alguém no campo afetivo, em dificuldades da alma, pedindo-te a tolerância e paciência para que se lhe recuperem a segurança e o equilíbrio.
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Não estabelecerás de repente esta ou aquela obra assistencial com que alivies o sofrimento de quantos te procuram em condições de necessidade, todavia, nada te impede de repartir o próprio pão com aqueles que esmorecem na carência de recursos materiais.
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Lembra-te da semente que se conforma com o próprio esforço no tempo  e se transforma na árvore carregada de frutos; da fonte que exemplifica humildade e se transfigura na represa de força; no fio simples que se esquece em disciplina para servir e se converte em mensageiro da luz.
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Para que te incorpores à construção do bem de todos, estuda e raciocina, de vez que não avançarás sem discernimento, mas não te confies à expectação inoperante suscetível de arrojar-te à inutilidade.
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Fazer o melhor ao nosso alcance, a fim de sermos capazes de realizar o melhor em favor dos outros.
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No levantamento do Reino de Deus, a começar de nós próprios, o Senhor não nos pede o impossível, mas é natural que espere de nós o melhor que possamos fazer.



(Emmanuel, em “Mentores e Seareiros”,
de Francisco Cândido Xavier – Autores Diversos)


quinta-feira, 28 de julho de 2016

AMOR SEMPRE





       Que faremos da caridade, quando todas as questões econômicas forem resolvidas?
       Esta é a indagação que assinalamos, todos nós, muitas vezes.
       Muitos acreditam que a solução de semelhantes problemas autorizaria a demissão da sublime virtude das empresas e encargos pelos quais se responsabiliza ela no mundo.
       Entretanto, a  cooperação do dinheiro sempre indispensável no sustento das boas obras, é apenas um ângulo de beneficência na Terra.
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       A mais alta percentagem dos nossos companheiros menos felizes não se encontra nos vales da penúria de ordem material.
       Pergunte-se aos povos mais industrializados e mais ricos na cultura da inteligência se conseguiram unicamente com isso erguer a felicidade integral de seus filhos.
       Consulte-se-lhes as estatísticas de suicídio e loucura, na maioria dos casos com vinculação na patologia da alma, e em todos os recantos do Orbe Terrestre indaguemos das classes situadas na frente do conforto e da instrução universitária se com esses tesouros, — aliás necessários e legítimos para todos os filhos da Terra, — lograram consolidar a segurança e a paz de que se reconhecem carecedores.
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       Ouçamos os companheiros relegados à solidão em refúgios dourados; os que a desilusão alcançou, estirando-os em desânimo, apesar das alavancas amoedadas que lhes sustentam a vida; os quase loucos de sofrimento moral, diante de provas ou doenças irreversíveis; as criaturas geniais que não puderam aguentar as dificuldades educativas, indispensáveis ao burilamento do Espírito, e derivaram para os tóxicos que lhes consomem as forças; os que foram abafados pela superproteção no campo do excesso e não mais souberam suportar os problemas da estrada evolutiva; e aqueles outros, semimortos de angústia que tateiam a lousa indagando pelos entes queridos e que dariam, de pronto, a fortuna em que se lhes valoriza a existência em troca de fé na imortalidade.
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       Anotamos os irmãos caídos em desprezo, abandono, desequilíbrio, enfermidade, desalento ou perturbação e, embora louvando o apostolado bendito do dinheiro, a serviço do bem, verificaremos que a caridade em si é sempre amor e que a missão do amor, em todos os mundos e em todas as circunstâncias, é tão infinita quanto infinita em tudo e com todos, é a Bondade de Deus.

Emmanuel


De “Encontro de Paz”, de Francisco Cândido Xavier – Espíritos diversos

quarta-feira, 27 de julho de 2016

AS LEIS DE DEUS





       Todas as leis de Deus existem para atender os processos de vida cósmica, nos quais tudo se encontra mergulhado.

       Do mesmo modo que uma cidade para existir e funcionar devidamente carece de normativas variadas, desde o traçado ou mapeamento urbano, passando pelos códigos diversos para o trânsito, para o mercantilismo, para os processos de compra e venda, até as questões dos direitos e dos deveres dos cidadãos, dos grupos, das sociedades em seus diferenciados segmentos, não poderiam ser diferentes ou tratados de modo inferior os multiplicados códigos e leis que regulam a vida nessa gigantesca cidade sideral que é o planeta Terra, bem como nesse estado imenso que é o nosso sistema solar, até os seus relacionamentos com as outras comunidades cósmicas, além do que conhecemos.

       As leis de Deus, ajustadas às necessidades das Suas criaturas, vibram em toda parte, vibram em todas as coisas e em todos os seres.

       Cabe a cada um de nós, cidadãos dessa vastíssima comunidade sideral, enquadrarmo-nos no cumprimento dessas determinações que visam ao bem geral, partindo do bem individual.

       Urge que não desconheçamos que, não obstante marcados pelas leis do campo moral, na condição de espíritos eternos, sofremos a atuação das leis que regem o campo físico, em virtude de estarmos, ainda, vestidos por uma indumentária corpórea, habitando uma cidade planetária de características eminentemente materiais.

       Vale cumprir os preceitos dessas leis, para que alcancemos a conquista de nós mesmos, alcandorando-nos para a Grande Luz.

       Tudo é regido pelas Leis de Deus, e nós somos os que devemos evoluir, a fim de fazer com que se cumpram esses dispositivos em todo o universo, ocupando a nossa posição de cooperadores do Criador, para homenagear a vida, cantando em toda a parte as glórias do Senhor.


Francisco de Paula Vítor


De “Nossas Riquezas Maiores”, de J. Raul Teixeira – diversos espíritos

terça-feira, 26 de julho de 2016

NA PALAVRA E NA AÇÃO






“E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja
em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus,
dando por ele graças a Deus Pai.” –
Paulo. (COLOSSENSES, 3:17.)


Dizes-te cristão, declaras-te seguidor de Jesus, afirmas-te cultor do Evangelho...
Isso quer dizer que o nome do Senhor se encontra empenhado em tuas mãos.
Se buscamos o Cristo, decerto é necessário refleti-lo.
É imprescindível, assim, saibamos agir como se lhe fôssemos representantes fiéis, no caminho em que estagiamos.
Lembra-te de semelhante obrigação e, cumprindo-a, libertar-te-ás com facilidade das sombras que te atormentam a marcha.
Assevera-nos o Apóstolo: - “e tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.”
Efetivamente, a palavra e os atos representam a força de exteriorização dos nossos sentimentos e pensamentos.
O coração inspira o cérebro. O cérebro dirige a existência.
A emoção cria a ideia. A ideia plasma as ações.
É preciso, pois, sentir com Jesus para que aprendamos a raciocinar e a servir com ele.
Alguém nos sugere a extensão da maledicência, nas teias do julgamento precipitado? Há quem nos chame à contemplação das chagas e cicatrizes alheias? Surgem desavenças e mágoas em nosso campo de ação?
Usemos a palavra nos moldes do Benfeitor Sublime, ajudando para o bem de todos, entre a bondade e o perdão.
Somos tentados ao revide por ofensas inesperadas? Sofremos preterição e calúnia, apodo e perseguição? Padecemos íntimo desencanto ou desgostos e angústias no templo familiar?
Usemos a conduta do Sublime Benfeitor, ajudando para o bem de todos, entre o perdão e a bondade.
Seja onde for e com quem for, busca o lado luminoso das criaturas, mobilizando o amor puro, a fim de que estejas em verdade na companhia do Excelso Cultivador, purificando a eira do mundo.
Não basta declarar a nossa condição de aprendizes do Mestre dos mestres. É indispensável estejamos realmente com ele, para com ele colaborar na construção da Vida Melhor.



Francisco Cândido Xavier por Emmanuel.
In: Palavras de Vida Eterna

AMOR SEMPRE

       Que faremos da caridade, quando todas as questões econômicas forem resolvidas?        Esta é a indagação que assinalamos, todos n...