Acordaste para as
realidades da Vida Imperecível e, provavelmente, anseias partilhar as
iniciativas que se relacionam com as grandes realizações.
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E porque não possa
isso se te oferecer, de imediato, recolhes-te, habitualmente, à omissão,
marginalizando os melhores ideais.
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Entretanto, vale
refletir no valor do tempo e na importância da iniciação, tocando mãos à obra.
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Nem sempre
disporás de assembleias atenciosas ou de palavra experiente a fim de veicular
os princípios que abraças, no entanto, sempre possuis no recinto doméstico ou
no grupo de trabalho alguns corações para os quais a tua compreensão
estimulante e consoladora se te fará uma bênção.
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Não obterás a
fundação instantânea de um hospital a que se abriguem numerosos enfermos, mas,
sem dificuldade, consegues ser a visita reconfortante para algum doente
esquecido.
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Não instituirás de
improviso o apostolado da tristeza, promovendo círculos de ação curativa,
contudo, é provável contes com alguém no campo afetivo, em dificuldades da
alma, pedindo-te a tolerância e paciência para que se lhe recuperem a segurança
e o equilíbrio.
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Não estabelecerás
de repente esta ou aquela obra assistencial com que alivies o sofrimento de
quantos te procuram em condições de necessidade, todavia, nada te impede de
repartir o próprio pão com aqueles que esmorecem na carência de recursos
materiais.
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Lembra-te da
semente que se conforma com o próprio esforço no tempo e se transforma na
árvore carregada de frutos; da fonte que exemplifica humildade e se transfigura
na represa de força; no fio simples que se esquece em disciplina para servir e
se converte em mensageiro da luz.
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Para que te
incorpores à construção do bem de todos, estuda e raciocina, de vez que não
avançarás sem discernimento, mas não te confies à expectação inoperante
suscetível de arrojar-te à inutilidade.
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Fazer o melhor ao
nosso alcance, a fim de sermos capazes de realizar o melhor em favor dos outros.
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No levantamento do
Reino de Deus, a começar de nós próprios, o Senhor não nos pede o impossível,
mas é natural que espere de nós o melhor que possamos fazer.
(Emmanuel,
em “Mentores e Seareiros”,
de
Francisco Cândido Xavier – Autores Diversos)