Procura ver, além das formas, e
ouvir acima das palavras, a fim de que aprendas a auxiliar.
Sob o espinheiro da irritação de um
amigo, estará provavelmente um problema doloroso que desconheces.
Na base da resposta contundente de
interlocutor determinado, a quem pediste cooperação e bondade, se esconde
profundo pesar, prestes a se exprimir em aguaceiro de lágrimas.
No fundo da agressividade
imprevista de um companheiro, do qual esperavas a frase consoladora que te
arredasse das próprias inquietações, permanece talvez o sofrimento maior que o
teu.
E nas vozes que te pareçam
inconvenientes, por demasiado extrovertidas e inoportunas, possivelmente se
ocultam telas de angústia que, se expostas de improviso, te gelariam o coração.
Atende as tarefas que a vida te
reservou e, sobretudo, empenha-te a entender, a fim de não reprovar.
No Plano Terrestre, os chamados
felizes suportam responsabilidades que se lhes afiguram algemas de cativeiro e
muitos daqueles apontados por detentores de privilégios são criaturas chamadas
à sustentação das atividades de outras muitas, trabalhando numa cela dourada
por fora, mas encharcada por dentro pelo pranto da solidão.
Segue na estrada dos deveres que te
foram assinalados, abençoando e amando sempre.
No mundo, somos todos viajores ante
as rotas do tempo, em busca de aperfeiçoamento espiritual.
As tribulações que hoje marcam a
senda dos outros, amanhã talvez sejam também nossas.
Reflete na Bondade Infinita de Deus
e caminha.
Por onde fores, carrega contigo a
bênção do entendimento e a luz da compaixão.
Francisco Cândido Xavier
por Meimei.
In: Deus aguarda
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