À medida que o Espírito se desenvolvia, o véu material pouco a pouco se
dissipava, e os homens se tornavam mais aptos para compreender as coisas
espirituais, o que só aconteceu lenta e gradualmente. Por ocasião de sua vinda,
Jesus já pôde proclamar um Deus clemente, falando do seu reino, que não é deste
mundo, e dizer aos homens: “Amai-vos uns aos outros e fazei o bem aos que vos
odeiam”, enquanto os Antigos diziam: “Olho por olho, dente por dente”.
(Allan Kardec. Do livro “O Céu e o Inferno” - 1ª Parte, cap. VI, item 4)
É
natural que consideres teu problema qual espinho terrível.
É
justo reconheças tua prova por agonia do coração.
Ergues
súplice olhar, no silêncio da prece, e relacionas mecanicamente aqueles que te
feriram.
É
como se conversasses intimamente com Deus, apresentando-lhe vasto balanço de
amarguras e queixas...
E
o supremo Senhor cuidará realmente de ti, alentando-te o passo... Entretanto, é
preciso não esquecer que ele cuidará igualmente dos outros.
*
Lança
mais profundo olhar naqueles que te ofenderam, conforme acreditas, e compara as
tuas vantagens com as deles.
Quase
sempre, embora se entremostrem adornados de ouro e renome, nas galerias da
evidência e da autoridade, são almas credoras de compaixão e de auxílio...
Traíram-te a confiança, contudo, tombaram nas malhas de pavorosos enganos;
humilharam-te impunemente, mas adquiriram remorsos para imenso trecho da vida;
dilaceraram-te os ideais, entretanto, caíram no descrédito de si próprios,
abandonaram-te com inexprimível ingratidão, todavia, desceram à animalidade e à
loucura...
Não
é possível que a Luz do Universo apenas te ampare, desprezando aqueles que se
encontram à margem de sofrimento maior.
*
Unge-te,
assim, de paciência e compreensão para ajudar na Obra Divina, ajudando a ti
mesmo.
Em
qualquer apreciação, ao redor de alguém, recorda que o teu Criador é também o
Criador dos que estão sendo julgados.
É
por isso que Jesus, em nos ensinando a orar, revelou Deus como sendo o amor de
todo amor, afirmando, simples: “Pai nosso, que estás nos céus...”
Do livro “Justiça Divina” –
Espírito Emmanuel/Médium Chico Xavier
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