O homem tem livre arbítrio nos seus atos?
-- Pois se tem a liberdade de pensar, tem
a de agir. Sem o livre arbítrio o
homem seria uma máquina.
Questão 843 de “O Livro dos Espíritos”,
de Allan Kardec
Toda
melhora parece distante.
Toda
superação surge como sendo quase impossível.
Pediste,
porém, o berço terrestre, no exato lugar em que te cabe aprender e reaprender.
Não
olvides, por isso, que o domínio da lição não dispensa a vontade.
Recebeste
no lar muitos daqueles que te não alimentam a simpatia.
No entanto,
se desejas, podes transformar toda aversão em amor, desde que te decidas a
ajuda-los com paciência.
Sofres o
chefe insano, a crivar-te de inúmeros dissabores.
Contudo,
se desejas, podes convertê-lo em amigo, desde que te disponhas a auxiliá-lo sem
pretensão.
Padeces
dura condição social, renteando o infortúnio.
Todavia,
se desejas, podes transfigurar a subalternidade em elevação, desde que te
eduques, para que a vida te use em plano mais alto.
Trazes o
órgão enfermo, a cercar-te de inibições.
Entretanto,
se desejas, podes aproveitá-lo, na própria sublimação, em nível superior.
Ainda
hoje, é possível encontres sombras enormes...
O
obstáculo dos que te não compreendem, a palavra dos que te insultam, o
apontamento insensato ou as lágrimas que a prova redentora talvez te venha
pedir...
Mas pode
usar o silêncio e a oração, clareando o caminho...
Declaras-te
sem trabalho, amargando posição desprezível, mas, se desejas, podes ainda agora
começar humilde tarefa, conquistando respeito e cooperação.
Acusam-te
de erros graves, criando-te impedimentos, mas, se desejas, podes tomar,
em bases de humildade e serviço, a atitude necessária à justa renovação.
Sentes-te
dominado por esse ou aquele hábito vicioso, que te exila no desapreço, mas, se
desejas, podes reaver o próprio equilíbrio, empenhando energia e tempo no suor
do trabalho digno.
Afirmas-te
na impossibilidade de socorrer os necessitados, mas, se desejas, podes efetuar
pequeninos sacrifícios domésticos em favor dos outros, de modo a que tua vida
seja uma bênção na vida de teus irmãos.
Para isso,
porém, é preciso não esquecer os recursos singelos que tanta gente deixa ao
olvido...
O minuto
de tolerância.
O
esquecimento de toda injúria.
O concurso
anônimo.
A bondade
que ninguém pede.
O contato
do livro nobre.
A enxada
obediente.
A panela
esquecida.
O tanque
de lavar.
A agulha
simples.
A flor da amizade.
O resto de
pão.
Queixas-te
de necessidade e desencanto, fadiga e discórdia, abandono e solidão, mas, se
realmente desejas, tudo pode mudar.
(Francisco Cândido Xavier por
Emmanuel. In: Religião dos Espíritos)
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