Para superar aflições e
constrangimentos em qualquer circunstância, é preciso, antes de tudo,
compreender as pessoas e as situações difíceis que apareçam, capazes de
inclinar-nos para a sombra da angústia
Alcançar o entendimento, no
entanto, demanda o exercício da fraternidade constante.
Quando a prova surja à
frente, asserena-te e reflete.
Se os empreiteiros da
perturbação estivessem conscientizados, quanto às responsabilidades que
assumem, fugiriam de qualquer indução ao desequilíbrio.
Se os perseguidores de
qualquer procedência conseguissem perceber as dívidas a que se enredam,
renunciariam a isso ou aquilo, em favor daqueles aos quais pretendam impor
sofrimento ou dominação.
Quando o agressor lança a
palavra de injúria, se fosse previamente informado sobre as consequências de
semelhante resolução, decerto se recolheria ao silêncio.
Quando o delinquente se
dispõe a desferir o golpe destruidor sobre alguém, se pudesse prever quanto lhe
doerão os resultados da ação infeliz, preferiria haver nascido sem os braços
que lhe correspondem à periculosidade e ao furor.
Em qualquer momento de
crise, pensa nos irmãos outros que te cercam - tão filhos de Deus quanto nós
mesmos - e coopera na paz de todos.
Especialmente em auxílio
daqueles que se façam instrumentos de inquietações e de lágrimas, ora sempre e
ajusta, quanto possível, as ocorrências que os favoreçam para que não se lhes
agrave o peso da culpa.
Diante de todos os
episódios constrangedores, silencia, onde não possas auxiliar.
E, perante os problemas de
julgamento, onde estejas, usa a compreensão antes de tudo, por presença da
caridade, porque o entendimento te suscitará compaixão e compadecendo-te,
acertarás.
(Francisco Cândido Xavier/Emmanuel.
Livro: Buscas e Acharás)
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