terça-feira, 26 de novembro de 2013

COMPADECE-TE DOS TEUS



            A nossa petição pode parecer estranha: “compadece-te daqueles que mais amas”.
            Entretanto, o apelo não pode ser outro naquilo que pretendemos dizer, porquanto, no Plano Físico, não raro, externamos a capacidade afetiva com enorme peso de autoridade.

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            Compadece-te de teus pais no mundo.
            Nem sempre pairam eles na altura espiritual que desejas. Doaram-te, no entanto, o corpo em que vives. Protegeram-te carinhosamente na infância. E se não puderam sustentar a harmonia recíproca ou se foram defrontados por lutas e conflitos que se viram incapazes de sobrestar, ama-os, mesmo assim, fora de exigências e críticas, porque também eles se acham a caminho do Entendimento Maior.

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            Compadece-te de teus filhos.
            Se não conseguiram abraçar experiências semelhantes às tuas ou se não dispõem de recursos para te concretizarem os planos de família é que carregam no mundo encargos diferentes. Ama-os na estrutura espiritual com que te vieram aos braços, conforme as induções das Leis Divinas e liberta-os de qualquer cativeiro afetivo, conquanto auxiliando-os tanto quanto se te faça possível, para que se realizem nas tarefas que trouxeram de novo à existência.

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            Compadece-te dos familiares e dos amigos.
            Embora te respeitem e te estimem, no curso de muitas ocasiões, encontram empeços e tribulações que desconheces. E,em muitos casos, precisam de tua paz a fim de que se entrosem no campo de determinadas obrigações.

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            Compadece-te dos corações queridos a que te vinculas.
            Apesar do imenso afeto que te consagram, em certos lances da estrada humana, são eles chamados a resgates e provas, por vezes difíceis, e de que nem sempre se desvencilham senão com largas coberturas de trabalho e de tempo.

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            Amar é servir, compreender, auxiliar, abençoar, libertar...

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            Que o teu amor seja paz e vida, alegria e esperança naqueles a quem ofertas dedicação e carinho.
            Não te permitas entravar os passos dos entes queridos com grilhões psicológicos, porque toda afeição possessiva é sinônimo de sofrimento.
            Ama e obterás a bênção do amor.
            Compreende e colherás compreensão.
            E se em teu devotamento surgirem crises de apreensão e medo, perante as lutas dos seres amados, procura esquecer receios e inquietações, amparando a cada um, na fonte viva da prece, a recordar, antes de tudo, que eles e nós pertencemos a Deus.


(Francisco Cândido Xavier/Emmanuel. Em: Busca e acharás)

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