“E
perguntou-lhes: E vós, quem dizeisque eu
sou?” (Lucas, 9:20)
Nas discussões propriamente do mundo, existirão sempre escritores e
cientistas dispostos a examinar o Mestre, na pauta de suas impressões puramente
intelectuais, sob os pruridos da presunção humana.
Esses amigos, porém, não tiveram contacto com a alma do Evangelho, não
superaram os círculos acadêmicos e nem arriscam títulos convencionais, numa
excursão desapaixonada através da revelação divina; naturalmente, portanto, continuarão
enganados pela vaidade, pelo preconceito ou pelo temor que lhes são peculiares
ao transitório modo de ser, até que se lhes renove a experiência nas estradas
da vida imperecível.
Entretanto, na intimidade dos aprendizes sinceros e fiéis, a pergunta de
Jesus reveste-se de singular importância.
Cada um de nós deve possuir opiniões próprias, relativamente à sabedoria
e à misericórdia com que temos sido agraciados.
Palestras vãs, acerca do Cristo, quadram bem apenas a espíritos
desarvorados no caminho da vida. A nós outros, porém, compete o testemunho da
intimidade com o Senhor, porque somos usufrutuários diretos de sua infinita
bondade. Meditemos e renovemos aspirações em seu Evangelho de Amor,
compreendendo a impropriedade de mútuas interpelações, com respeito ao Mestre,
porque a interrogação sublime vem d’Ele a cada um de nós e todos necessitamos
conhecê-lo, de modo a assinalá-lo em nossas tarefas de cada dia.
Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso
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