Muitos aprendizes existem satisfeitos consigo mesmos tão-somente
em razão de algumas afirmativas quixotescas. Congregam-se em grandes
discussões, atrabiliários e irascíveis, tentando convencer gregos e troianos,
relativamente à fé religiosa e, quando interpelados sobre a fúria em que se
comprazem, na imposição dos pontos de vista que lhes são próprios, costumam
redarguir que é imprescindível não nos envergonharmos do Mestre, nem de seus
ensinamentos perante a multidão.
Todavia, por vezes, a preocupação de preservar o Cristianismo
não passa de posição meramente verbal.
Tais defensores do Cristo andam esquecidos de que, antes de
tudo, é indispensável não esquecer-lhe os princípios sublimes, diante das
tarefas de cada dia.
A vida de um homem é a sua própria confissão pública.
A conduta de cada crente é a sua verdadeira profissão de fé.
Muito infantis o trovão da voz e a mímica verbalista, filhos da
vaidade individual, junto de ouvintes incompreensivos e complacentes, com pleno
esquecimento dos necessários testemunhos com o Mestre, na oficina de trabalho
comum e no lar purificador.
Torna-se indispensável não se envergonhar o aprendiz de Jesus,
não em perlengas calorosas, das quais cada contendor regressa mais exasperado,
mas sim perante as situações, aparentemente insignificantes ou eminentemente
expressivas, em que se pede ao crente o exemplo de amor, renúncia e sacrifício
pessoal que o Senhor demonstrou em sua trajetória sublime.
Vinha de Luz. Francisco
C. Xavier por Emmanuel.
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