Não falta
quem veja no Espiritismo mero campo de experimentação fenomênica, sem qualquer
significação de ordem moral para as criaturas.
Muitos
aprendizes da consoladora Doutrina, desse modo, limitam-se às investigações de
laboratório ou a discussões filosóficas.
É
imperioso reconhecer, todavia, que há tantas categorias de homens
desencarnados, quantas são as dos encarnados.
Entidades
discutidoras, levianas, rebeldes e inconstantes transitam em toda parte. Além
disso, incógnitas e problemas surgem para os habitantes dos dois planos.
Em vista
de semelhantes razões, os adeptos do progresso efetivo do mundo, distanciados
da vida física, pugnam pelo Espiritismo com Jesus, convertendo-nos o
intercâmbio em fator de espiritualidade santificante.
Acreditamos
que não se deve atacar outro círculo de vida, quando não nos encontramos
interessados em melhorar a personalidade naquele em que respiramos.
Não vale
pesquisar recursos que não nos dignifiquem.
Eis por
que para nós outros, que supomos trazer o coração acordado para a
responsabilidade de viver, Espiritismo não expressa simples convicção de
imortalidade: é clima de serviço e edificação.
Não
adianta guardar a certeza na sobrevivência da alma, além da morte, sem o
preparo terrestre na direção da vida espiritual. E nesse esforço de
habilitação, não dispomos de outro guia mais sábio e mais amoroso que o Cristo.
Somente à
luz de suas lições sublimes é possível reajustar o caminho, renovar a mente e
purificar o coração.
Nem tudo o
que é admirável é divino.
Nem tudo o
que é grande é respeitável.
Nem tudo o
que é belo é santo.
Nem tudo o
que é agradável é útil.
O problema
não é apenas de saber. É o de reformar-se cada um para a extensão do bem.
Afeiçoemo-nos,
pois, ao Evangelho sentido e vivido, compreendendo o imperativo de nossa
iluminação interior, porque, segundo a palavra oportuna e sábia do Apóstolo,
“todos devemos comparecer ante o tribunal do Cristo, a fim de recebermos, de
acordo com o que realizamos, estando no corpo, o bem ou o mal”.
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