sexta-feira, 29 de setembro de 2023

ACERTAR

 

Se queres acertar onde a tua mente irradia, procura compreender a tua vida,

dentre as vidas que ti se acercam.

Pensa com disciplina,

Fala com educação.

Escuta com discernimento.

Anda com decência.

Lê com seleção.

Trabalha com atenção.

Respeita a quem te ouve.

Obedece as leis da vida.

Crê no que fazes

e ama sem distinção.

Desta forma os teus dons irão despertando sobremaneira, a força de Deus te

induzirá para o amor e esse amor te libertará.


 

 
 
De “Páginas Esparsas 3”, de João Nunes Maia,
pelos Espíritos Scheilla e José Grosso

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

AÇÃO DE GRAÇAS

 
"Tomou o cálice e, tendo dado graças,
o deu aos discípulos, dizendo:
Bebei dele todos”. (MATEUS, 26:27) 

No mundo, as festividades gratulatórias registram invariavelmente os triunfos passageiros da experiência física.

Lautos banquetes comemoram reuniões da família consanguínea, músicas alegres assinalam o término de contendas na justiça dos homens, nas quais, muitas vezes, há vítimas ignoradas, soluçando na sombra.

Com JESUS, no entanto, vemos um ato de ação de graças que parece estranho à primeira vista.

O Mestre Divino ergue hosanas ao Pai, justamente na hora em que vai partir ao encontro do sacrifício supremo.

Conhecerá desoladora solidão no Jardim das Oliveiras...

Padecerá injuriosa prisão...

Meditará na incompreensão de Judas...

Ver-se-á negado por Simão Pedro...

Experimentará o escárnio público...

Será preterido por Barrabás, o delinquente infeliz...

Sorverá fel, sob a coroa de espinhos...

Recolherá o abandono e o insulto.

Sofrerá injustificável condenação...

E receberá a morte na cruz entre dois malfeitores...

Entretanto, agradece...

É que na lógica do senhor, acima de tudo, brilham os valores eternos do espírito.

O CRISTO louva o Todo-Misericordioso pela oportunidade de completar com segurança o seu Divino Apostolado na Terra, rendendo graças pela confiança com que o Pai o transforma em exemplo vivo para a redenção das criaturas humanas, embora essa redenção lhe custe martírio e flagelação, suor e lágrimas.

Não te percas desse modo, em lances festivos sobre pretensas conquistas na carne que a morte confundirá hoje ou amanhã, mas, no turbilhão da luta que santifica e aperfeiçoa, saibamos agradecer os recursos com que Deus nos aprimora para a beleza da luz e para a glória da vida.

 

 
Francisco Cândido Xavier por Emmanuel.
In: Palavras de Vida Eterna

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

PERDÃO - REMÉDIO SANTO


“Pai, perdoa-lhes porque não sabem
o que fazem...” – Jesus.
(LUCAS, 23:34)

 Toda vez que a moléstia te ameaça, recorres necessariamente aos remédios que te liberem da apreensão.

Agentes calmantes para a dor... Sedativos para a ansiedade...

Em suma, à face de qualquer embaraço físico, procuras reabilitar as funções do órgão lesado.

Lembra-te de semelhante impositivo e recorda que há pensamentos enfermiços de queixa e mágoa, de prevenção e antipatia, a te solicitarem adequada medicação para que se te restaure o equilíbrio.

E se nas doenças vulgares reclamas despreocupação, em favor da cura, é natural que nos achaques do espírito necessites de esquecimento para que se te refaçam as forças.

O perdão é, pois, remédio santo para a euforia da mente na luta cotidiana.

Tanto quanto não deves conservar detritos e infecções no vaso orgânico, não mantenhas aversão e rancor na própria alma.

Perdoa a quantos te aborreçam, perdoa a quantos te firam.

Perdoa agora, hoje e amanhã, incondicionalmente.

Recorda que todas as criaturas trazem consigo as imperfeições e fraquezas que lhes são peculiares, tanto quanto, ainda desajustados, trazemos também as nossas.

E por isso que Jesus, o Emissário Divino, crucificado pela perseguição gratuita, rogou a Deus, ante os próprios algozes :

– “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem...”

E, deixando os ofensores nas inibições próprias a cada um, sustentou em si a luz do amor que dissolve toda sombra, induzindo-nos à conquista da luz eterna.

 

(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Palavras de Vida Eterna)

terça-feira, 26 de setembro de 2023

BEM AVENTURANÇAS


“Bem aventurados sereis quando os homens
vos aborrecerem, e quando vos separarem,
vos injuriarem e rejeitarem o vosso nome
como mau, por causa do Filho do homem.”
Jesus (Lucas, 6:22)


O problema das bem aventuranças exige sérias reflexões, antes de interpretado por questão líquida, nos bastidores do conhecimento.

Confere Jesus a credencial de bem aventurados aos seguidores que lhe partilham as aflições e trabalhos; todavia, cabe-nos salientar que o Mestre categoriza sacrifícios e sofrimentos à conta de bênçãos educativas e redentoras.

Surge, então, o imperativo de saber aceitá-los.

Esse ou aquele homem serão bem aventurados por haverem edificado o bem, na pobreza material, por encontrarem alegria na simplicidade e na paz, por saberem guardar no coração longa e divina esperança.

Mas... e a adesão sincera às sagradas obrigações do título?

O Mestre, na supervisão que lhe assinala os ensinamentos, reporta-se às bemaventuranças eternas; entretanto, são raros os que se aproximam delas, com a perfeita compreensão de quem se avizinha de tesouro imenso. A maioria dos menos favorecidos no plano terrestre, se visitados pela dor, preferem a lamentação e o desespero; se convidados ao testemunho de renúncia, resvalam para a exigência

descabida e, quase sempre, ao invés de trabalharem pacificamente, lançam-se às aventuras indignas de quantos se perdem na desmesurada ambição.

Ofereceu Jesus muitas bemaventuranças.

Raros, porém, desejam-nas.

É por isto que existem muitos pobres e muitos aflitos que podem ser grandes necessitados no mundo, mas que ainda não são benditos no Céu.

  

Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso


segunda-feira, 25 de setembro de 2023

CONFIA SEMPRE


Não percas a tua fé entre as sombras do mundo.

 

Ainda que os teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima de ti mesmo.

 

Crê e batalha.

 

Esforça-te no bem e espera com paciência.

 

Tudo passa e tudo se renova na Terra, mas o que vem do céu permanecerá.

 

De todos os infelizes, os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmos, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo.

 

Eleva, pois, o teu olhar e caminha.

 

Luta e serve.

 

Aprende e adianta-te.

 

Brilha a alvorada além da noite.

 

Hoje é possível que a tempestade te amarfanhe  o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com aflição ou ameaçando-te com a morte...

 

Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia.

  

 

Francisco Cândido Xavier por Meimei

In: Cartas do Coração

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

CIÊNCIA E TEMPERANÇA


“E à ciência, a temperança; à temperança,
a paciência; à paciência, a piedade.”
– (II Pedro, 1:6)

Quem sabe precisa ser sóbrio.

Não vale saber para destruir.

Muita gente, aos primeiros contatos com a fonte do conhecimento, assume atitudes contraditórias. Impondo ideias, golpeando aqui e acolá, semelhantes expositores do saber nada mais realizam que a perturbação.

É por isso que a ciência, em suas expressões diversas, dá mão forte a conflitos ruinosos ou inúteis em política, filosofia e religião.

Quase todos os desequilíbrios do mundo se originam da intemperança naqueles que aprenderam alguma coisa.

Não esqueçamos. Toda ciência, desde o recanto mais humilde ao mais elevado da Terra, exige ponderação. O homem do serviço de higiene precisa temperança, a fim de que a sua vassoura não constitua objeto de tropeço, tanto quanto o homem de governo necessita sobriedade no lançamento das leis, para não conturbar o espírito da multidão. E não olvidemos que a temperança, para surtir o êxito desejado, não pode eximir-se à paciência, como a paciência, para bem demonstrar-se, não pode fugir à piedade, que é sempre compreensão e concurso fraternal.

Se algo sabes na vida, não te precipites a ensinar como quem tiraniza, menosprezando conquistas alheias. Examina as situações características de cada um e procura, primeiramente, entender o irmão de luta.

Saber não é tudo. É necessário fazer. E para bem fazer, homem algum dispensará a calma e a serenidade, imprescindíveis ao êxito, nem desdenhará a cooperação, que é a companheira dileta do amor.

 

Livro: Vinha de Luz. Francisco C. Xavier por Emmanuel

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

A MULHER ANTE O CRISTO


Toda vez nos disponhamos a considerar a mulher em plano inferior, lembremo-nos dela, ao tempo de Jesus...

Há vinte séculos, com exceção das patrícias do Império, quase todas as companheiras do povo, na maioria das circunstâncias, sofriam extrema abjeção, convertidas em alimárias de carga, quando não fossem vendidas em hasta pública.

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Tocadas, porém, pelo verbo renovador do Divino Mestre, ninguém respondeu com tanta lealdade e veemência aos apelos celestiais...

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Entre as que haviam descido aos vales da perturbação e da sombra, encontramos em Madalena o mais alto testemunho de soerguimento moral, das trevas para a luz; e entre as que se mantinham no monte do equilíbrio doméstico, surpreendemos em Joana de Cusa o mais nobre expoente de concurso e fidelidade.
Atraídas pelo amor puro, conduziam à presença do Senhor os aflitos e os mutilados, os doentes e as crianças. E, embora não lhe integrassem o circulo apostólico, foram elas — representadas nas filhas anônimas de Jerusalém — as únicas demonstrações de solidariedade espontânea que o visitaram, desassombradamente, sob a cruz do martírio, quando os próprios discípulos debandavam.

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Mais tarde, junto aos continuadores da Boa-Nova, sustentaram-se no mesmo nível de elevação e de entendimento.
Dorcas, a costureira jopense, depois de amparada por Simão Pedro, fez-se mais ativa colaboradora da assistência aos infortunados. Febe é a mensageira da epístola de Paulo de Tarso aos romanos. Lídia, em Filipos, é a primeira mulher com suficiente coragem para transformar a própria casa em santuário do Evangelho nascituro. Lóide e Eunice, parentas de Timóteo, eram padrões morais da fé viva.

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Entretanto, ainda que semelhantes heroínas não tivessem de fato existido, não podemos olvidar que, um dia, buscando alguém no mundo para exercer a necessária tutela sobre a vida preciosa do Embaixador Divino, o Supremo Poder do Universo não hesitou em recorrer à abnegada mulher, escondida num lar apagado e simples...
Humilde, ocultava a experiência dos sábios; frágil como o lírio, trazia consigo a resistência do diamante; pobre entre os pobres, carreava na própria virtude os tesouros incorruptíveis do coração, e, desvalida entre os homens, era grande e prestigiosa perante Deus.

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Eis o motivo pelo qual, sempre que o raciocínio nos induza a ponderar quanto à glória do Cristo — recordando, na Terra, a grandeza de nossas próprias mães —, nós nos inclinaremos, reconhecidos e reverentes, ante a luz imarcescível da Estrela de Nazaré.

 

EMMANUEL

 


(Do livro "Religião dos Espíritos", FCXavier, FEB, Reunião pública de 3/8/59, Questão nº 817)

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

LIBERDADE EM JESUS


 “Para a liberdade Cristo nos libertou;
permanecei, pois, firmes e não
vos dobreis novamente a um jugo de
escravidão.” - Paulo. (GÁLATAS, 5:1)
 
Disse o apóstolo Paulo, com indiscutível acerto, que “para a liberdade Cristo nos libertou”.

E não são poucos aqueles que na opinião terrestre definem o Senhor como sendo um revolucionário comum.

Não raro, pintam-no à feição de petroleiro vulgar, ferindo instituições e derrubando princípios.

Entretanto, ninguém no mundo foi mais fiel cultor do respeito e da ordem.

Através de todas as circunstâncias, vemo-lo interessado, acima de tudo, na lealdade a Deus e no serviço aos homens.

Não exige berço dourado para ingressar no mundo.

Aceita de bom grado a infância humilde e laboriosa.

Abraça os companheiros de ministério, quais se mostram, sem deles reclamar certidão de heroísmo e de santidade.

Nunca se volta contra a autoridade estabelecida.

Trabalha na extinção da crueldade e da hipocrisia, do simonismo e da delinquência, mas em momento algum persegue ou golpeia os homens que lhes sofrem o aviltante domínio.

Vai ao encontro dos enfermos e dos aflitos para ofertar - lhes o coração.

Serve indistintamente.

Sofre a incompreensão alheia, procurando compreender para ajudar com mais segurança.

Não espera recompensa, nem mesmo aquela que surge em forma de simpatia e entendimento nos círculos afetivos.

Padece a ingratidão de beneficiados e seguidores, sem qualquer ideia de revide.

Recebe a condenação indébita e submete-se aos tormentos da cruz, sem recorrer à justiça.

E ninguém se fez mais livre que Ele - livre para continuar servindo e amando, através dos séculos renascentes.

Ensinou-nos, assim, não a liberdade que explode de nossas paixões indomesticadas, mas a que verte, sublime, do cativeiro consciente às nossas obrigações, diante do Pai Excelso.

Nas sombras do “eu”, a liberdade do “faço o que quero” frequentemente cria a desordem e favorece a loucura.

Na luz do Cristo, a liberdade do “devo servir” gera o progresso e a sublimação.

Assimilemos do Mestre o senso da disciplina.

Se quisermos ser livres, aprendamos a obedecer.

Apenas através do dever retamente cumprido, permaneceremos firmes, sem nos dobrarmos diante da escravidão a que, muitas vezes, somos constrangidos pela inconsequência de nossos próprios desejos.

 


Francisco Cândido Xavier por Emmanuel.
In: Palavras de Vida Eterna
 

terça-feira, 19 de setembro de 2023

CONVITE À REFLEXÃO


- "Batei e abrir-se-vos-á."

(Mateus: capítulo 7º, versículo 7)

 

"Se eu soubesse!...

"Agora é tão tarde!...

"Por um pouco!...

"Não tive oportunidade...

"Confesso que eram boas as minhas intenções...

"Não recuarei, nunca!

"Tudo está arruinado, agora!

"Perdi, e desisto!

"Só há uma saída: a morte!"

Estes e muitos outros conceitos são arrolados para se justificarem fracassos e rebeldias nos empreendimentos da vida.

Expressões derrotistas e fraseologia de lamentação deplorável são apresentadas a fim de traduzir os estados d’alma, vencida, em atitude mórbida como "a lavar as mãos" ante as ocorrências que resultam dos insucessos na luta.

Na maioria das vezes, no entanto, tais cometimentos infelizes decorrem da ausência de ponderação como consequência dos engodos a que o homem se permite por ambição desmedida ou precipitação.

Paulatinamente o salutar exercício da reflexão é marginalizado e a criatura, mesmo ante a severidade das lições graves, não recua à meditação de cujo labor poderia armazenar valiosa colheita.

Antes, portanto, de agir, reflete; após atuar, reflexiona.

A reflexão ensina a entesourar incomparáveis joias de paz e incorruptíveis bens que ninguém ou nada pode tomar ou destruir.

Em qualquer circunstância, pois, reflexão! Ela te conceberá o sol da harmonia a benefício da iluminação interior, se lhe bateres à porta e aguardares que seja aberta.

 


FRANCO, Divaldo Pereira. Convites da Vida.

Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 47

BUSCANDO A FELICIDADE

A felicidade que pode realmente não existir na Terra, enquanto a Terra padecer a dolorosa influenciação de um só gemido de sofrimento, pod...