A palavra do Cristo está sempre fundamentada no espírito de
serviço, a fim de que os discípulos não se enganem no capítulo da
tranquilidade.
De maneira geral, os aprendizes do Evangelho aguardam a paz,
onde a calma reinante nada significa além de estacionamento por vezes
delituoso. No conceito da maioria, a segurança reside em garantia financeira,
em relações prestigiosas no mundo, em salários astronômicos. Isso, no entanto,
é secundário. Tempestades da noite costumam sanear a atmosfera do dia,
angústias da morte renovam a visão falsa da experiência terrestre.
Vale mais permanecer em dia com a luta que guardar-se alguém no
descanso provisório e encontrá-la, amanhã, com a dolorosa surpresa de quem vive
defrontado por fantasmas.
A Terra é escola de trabalho incessante.
Obstáculos e sofrimentos são orientadores da criatura.
É indispensável, portanto, renovar-se a concepção da paz, na
mente do homem, para ajustá-lo à missão que foi chamado a cumprir na obra
divina, em favor de si mesmo.
Conservar a paz, em Cristo, não é deter a paz do mundo. É
encontrar o tesouro eterno de bênçãos nas obrigações de cada dia. Não é fugir
ao serviço; é aceitá-lo onde, como e quando determine a vontade dAquele que
prossegue em ação redentora, junto de nós, em toda a Terra.
Muitos homens costumam buscar a tranquilidade dos cadáveres, mas
o discípulo fiel sabe que possui deveres a cumprir em todos os instantes da
existência. Alcançando semelhante zona de compreensão, conhece o segredo da paz
em Jesus, com o máximo de lutas na Terra. Para ele continuam batalhas, atritos,
trabalho e testemunhos no Planeta, entretanto, nenhuma situação externa lhe
modifica a serenidade interior, porque atingiu o luminoso caminho da
tranquilidade fundamental.
Vinha de Luz. Francisco C
Xavier por Emmanuel
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