adversário, enquanto estás a caminho
com ele..." - Jesus. (Mateus 5:25.)
Jesus nos solicitou a imediata reconciliação com os
adversários, para que a nossa oração se dirija a Deus, escoimada de qualquer
sentimento aviltante.
Não ignoramos que os adversários são nossos opositores ou,
mais propriamente, aqueles que alimentam pontos de vista contrários aos nossos.
E muitos deles, indiscutivelmente, se encontram em condições muito superiores
às nossas, em determinados ângulos de serviço e merecimento. Não nos cabe,
assim, o direito de espezinhá-los e sim o dever de respeitá-los e cooperar com
eles, no trabalho do bem comum, embora não lhes possamos abraçar o quadro
integral das opiniões.
Há companheiros, porém, que, atreitos ao comodismo
sistemático, a pretexto de humildade, se ausentam de qualquer assunto em que se
procura coibir a dominação do mal, esquecidos de que os nossos irmãos
delinquentes são enfermos necessitados de amparo e intervenção compatíveis com
os perigos que apresentem para a comunidade.
Todos aqueles que exercem algum encargo de direção sabem
perfeitamente que é preciso velar em defesa da obra que a vida lhes confiou.
Imperioso manter-nos em harmonia com todos os que não pensam
por nossos princípios, entretanto, na posição de criaturas responsáveis, não
podemos passar indiferentes diante de um irmão obsediado, que esteja lançando
veneno em depósitos de água destinada à sustentação coletiva.
Necessitamos acatar os condôminos do edifício que nos serve
de residência, toda vez que não consigam ler os problemas do mundo pela
cartilha de nossas idéias, todavia, não será justo desinteressar-nos da
segurança geral, se vemos um deles ateando fogo no prédio.
Vivamos em paz, contudo, sem descurar das responsabilidades
que o discernimento nos atribui. Com isso, não queremos dizer que se deva
instalar a discórdia, em nome da corrigenda, mas sim que é obrigação preservar
a ordem nas áreas de trabalho, sob nossa jurisdição, usando clareza e
ponderação, caridade e prudência.
Cristo, em verdade, no versículo 25 do capítulo 5, do
Evangelho de Mateus, nos afirma: "reconcilia-te depressa com o teu
adversário", mas no versículo 2 do capítulo 16, do Evangelho de Lucas, não
se esqueceu de acrescentar: "dê conta de tua mordomia".
(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Palavras de Vida Eterna)
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