1º Aprenda a desculpar infinitamente para que os seu erros, à frente dos
outros, sejam esquecidos e perdoados.
2º Cale-se, diante do escárnio e da ofensa, sustentando o silêncio edificante,
capaz de ambientar-lhe a palavra fraterna em momento oportuno.
3º Não cultive desafetos, recordando que a aversão por determinada criatura é,
quase sempre, o resultado da aversão que lhe impuseste.
4º Não permita que o egoísmo e a vaidade, o orgulho e a discórdia se enraízem
no seu coração, lembrando que toda a idéia de superstimação dos próprios
valores é adubo nos espinheiros da irritação e do ódio.
5º Perante o companheiro que se rendeu às tentações de natureza inferior, deixe
que a compaixão lhe ilumine os pontos de vista, pensando que, em outras
circunstâncias, poderia você ocupar-lhe a indesejável situação e o lugar
triste.
6o Não erga a sua voz demasiado e nem tempere a sua frase com fel para que a
sua palavra não envenene as chagas do próximo.
7º Levante-se, cada dia, com a disposição de servir sem a preocupação de ser
servido, de auxiliar sem retribuição e cooperar sem recompensa, para que a
solidariedade espontânea te favoreça com os créditos e recursos da simpatia.
8º Esqueça a calúnia e a maledicência, a perversidade e as aflições que lhe
dilaceram a alma, entendendo nas dores e obstáculos do mundo as suas melhores
oportunidades de redenção.
9º Lembre-se de que os seus credores estão registrando a linguagem de seus
exemplos e perdoar-lhe-ão as faltas e os débitos, à medida que você se fizer o
benfeitor desinteressado de muitos.
10º Não julgue que o serviço da paz seja mero problema da boca mas, sim,
testemunho de amor renúncia, regeneração e humildade da própria vida, porque,
somente ao preço de nosso próprio suor, na obra do bem, é que conseguiremos
reconciliar-nos, mais depressa, com os nossos adversários, segundo a lição do
Senhor.
Se vos internardes pelo terreno baldio da queixa, em breve, vos achareis
mergulhados no charco de compridos lamentações.
André Luiz/Chico Xavier. Livro:
Mentores e Seareiros
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