Efetivamente não dispões do poder
de improvisar a paz do mundo; entretanto, Deus já te concedeu a faculdade de
renunciar à execução dos próprios desejos, em favor da tranquilidade desse ou
daquele ente querido, que depende de tua abnegação para ser mais feliz.
Não consegues estabelecer o
entendimento fraternal entre todas as comunidades a que te vinculas; no
entanto, a Divina Providência já te honrou com a bênção das palavras, no uso
das quais podes entretecer a concórdia, no agrupamento de criaturas em que a
vida te situou.
Não reténs o dom de te fazeres
ouvir indefinidamente por todos, em todos os recantos do orbe, no levantamento
do bem; todavia, a Sabedoria infinita já te confiou o benefício das letras, com
as quais podes gravar os teus pensamentos nobres, inspirando bondade e
segurança em tuas áreas de ação.
Não tens contigo os elementos
precisos para sustentar a harmonia, nos lugares onde a Humanidade surge
ameaçada de caos e perturbação, mas o Amor Supremo já te entregou a
possibilidade de manter a ordem, quando não seja dentro da própria casa, pelo
menos no espaço diminuto em que te dedicas ao trato pessoal.
Não extinguirás a fome que ainda
atormenta vastos setores da Terra, mas podes ceder um prato em auxílio de alguém.
Não curarás todas as enfermidades
que flagelam largas regiões em todo o Planeta. No entanto, podes ofertar, de
quando em quando, uma hora de serviço no socorro aos doentes.
Não logras trazer o Sol para
clarear os caminhos entenebrecidos durante a noite, mas podes acender uma vela
e rechaçar a escuridão.
Realmente, por enquanto, nenhum de
nós - os Espíritos em evolução na Terra - pode jactar-se de ser uma
enciclopédia de talentos para realizar todas as operações do Bem Universal,
ante as leis de Deus, mas, ajustados às Leis de Deus, todos já possuímos
recursos para evolver na direção do Bem-Maior, fazendo o bem que podemos fazer.
Pelo Espírito Emmanuel
Do livro: Rumo Certo
Médium: Francisco Cândido Xavier
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