quarta-feira, 3 de junho de 2020

MEDIUNIDADE

 

“E nos últimos dias acontecerá, diz o Senhor,

que do meu Espírito derramarei sobre

toda carne; os vossos filhos e as vossas

filhas profetizarão, vossos mancebos

terão visões e os vossos velhos sonharão

sonhos.” (ATOS, 2: 17)

 

No dia de Pentecostes, Jerusalém estava repleta de forasteiros. Filhos da Mesopotâmia, da Frígia, da Líbia, do Egito, cretenses, árabes, partos e romanos se aglomeravam na praça extensa, quando os discípulos humildes do Nazareno anunciaram a Boa Nova, atendendo a cada grupo da multidão em seu idioma particular.

Uma onda de surpresa e de alegria invadiu o espírito geral.

Não faltaram os cépticos, no divino concerto, atribuindo à loucura e à embriaguez a revelação observada.

Simão Pedro destaca-se e esclarece que se trata da luz prometida pelos céus à escuridão da carne.

Desde esse dia, as claridades do Pentecostes jorraram sobre o mundo, incessantemente. Até aí, os discípulos eram frágeis e indecisos, mas, dessa hora em diante, quebram as influências do meio, curam os doentes, levantam o espírito dos infortunados, falam aos reis da Terra em nome do Senhor.

O poder de Jesus se lhes comunicara às energias reduzidas.

Estabelecera-se a era da mediunidade, alicerce de todas as realizações do Cristianismo, através dos séculos.

Contra o seu influxo, trabalham, até hoje, os prejuízos morais que avassalam os caminhos do homem, mas é sobre a mediunidade, gloriosa luz dos céus oferecida às criaturas, no Pentecostes, que se edificam as construções espirituais de todas as comunidades sinceras da Doutrina do Cristo e é ainda ela que, dilatada dos apóstolos ao círculo de todos os homens, ressurge no Espiritismo cristão, como a alma imortal do Cristianismo redivivo.

 

Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Caminho, Verdade e Vida

Nenhum comentário:

Postar um comentário

EVITA CONTENDER

“Ao servo do Senhor não convém contender.” Paulo (II Timóteo, 2:24)   Foge aos que buscam demanda no serviço do Senhor. Não estã...