sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

NA CULTURA DA PAZ




“Bem-aventurados os pacificadores porque serão
chamados filhos de Deus”. – Jesus. (Mateus, 5:9).

              
Na cultura da paz, saibamos sempre:
      respeitar as opiniões alheias como desejamos seja mantido o respeito dos outros para com as nossas;
     colocar-nos na posição dos companheiros em dificuldades, a fim de que lhes saibamos ser úteis;
        calar referências impróprias ou destrutivas;
      reconhecer que as nossas dores e provações não são diferentes daquelas que visitam o coração do próximo;
      consagrar-nos ao cumprimento das próprias obrigações;
      fazer de cada ocasião a melhor oportunidade de cooperar a benefício dos semelhantes;
      melhorar-nos, através do trabalho e do estudo, seja onde for;
      cultivar o prazer de servir;
      semear o amor, por toda parte, entre amigos e inimigos;
      jamais duvidar da vitória do bem;
        Buscando a consideração de pacificadores, guardemos a certeza de que a paz verdadeira não surge, espontânea, de vez que é e será sempre fruto do esforço de cada um.



Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Ceifa de Luz

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

A DOR



 “Irmãos e amigos meus! Se o sofrimento
Transpuser os umbrais do vosso lar,
Não levanteis aos céus vosso lamento,
Nem ouseis contra a sorte blasfemar:
São erros de um passado turbulento,
Que ele quer reparar.

Nessa noite trevosa do passado,
Quantos erros deixamos de remir!
E quantos cometemos no agitado
Correr de anos que vimos submergir,
Fantasmas que nos seguem lado a lado,
Na senda do porvir!”
 



Abel Gomes - De “Parnaso do Além-túmulo”
de Francisco Cândido Xavier
– Autores espirituais diversos

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

VEJAMOS ISSO




“Porque o Cristo me enviou, não para batizar,
mas para evangelizar; não em sabedoria de
palavras, para que a cruz do Cristo se não
faça vã.” Paulo (I Coríntios, 1:17)


Geralmente, quando encarnados, sentimos vaidoso prazer em atrair o maior número de pessoas para o nosso modo de crer.
Somos invariavelmente bons pregadores e eminentemente sutis na criação de raciocínios que esmaguem os pontos de vista de quantos nos não possam compreender no imediatismo da luta.
No primeiro pequeno triunfo obtido, tornamo-nos operosos na consulta aos livros santos, não para adquirir mais vasta iluminação e, sim, com o objetivo de pesquisar as letras humanas das divinas escrituras,  buscando acentuar as afirmativas vulneráveis de nossos opositores.
Se católicos romanos, insistimos pela observância de nossos amigos à freqüência da missa e dos sacramentos materializados; se adeptos das igrejas reformadas, exigimos o comparecimento geral ao culto externo; e, se espiritistas, buscamos multiplicar as sessões de intercâmbio com o plano invisível.
Semelhante esforço não deixa de ser louvável em algumas de suas características, todavia, é imperioso recordar que o aprendiz do Evangelho, quando procura sinceramente compreender o Cristo, sente-se visceralmente renovado na conduta íntima.
Quando Jesus penetra o coração de um homem, converte-o em testemunho vivo do bem e manda-o a evangelizar os seus irmãos com a própria vida e, quando um homem alcança Jesus, não se detém, pura e simplesmente, na estação das palavras brilhantes, mas vive de acordo com o Mestre, exemplificando o trabalho e o amor que iluminam a vida, a fim de que a glória da cruz se não faça vã.



Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

INIMIGOS





“Amai, pois, os vossos inimigos.”
Jesus (Lucas, 6:35)


A afirmativa do Mestre Divino merece meditação em toda parte.
Naturalmente que a recomendação, quanto ao amor aos inimigos, pede análise especial.
A multidão, em geral, não traduz o verbo amar senão pelas atividades cariciosas. Para que um homem demonstre capacidade afetiva, ante os olhos vulgares, precisará movimentar imenso cabedal de palavras e atitudes ternas, quando sabemos que o amor pode resplandecer no coração das criaturas sem qualquer exteriorização superficial. Porque o Pai nos confira experiências laboriosas e rudes, na Terra ou noutros mundos, não lhe podemos atribuir qualquer negação de amor.
No terreno a que se reporta o Amigo Divino, é justo nos detenhamos em legítimas ponderações.
Onde há luta há antagonismo, revelando a existência de circunstâncias com as quais não seria lícito concordar em se tratando do bem comum. Quando o Senhor nos aconselhou amar os inimigos, não exigiu aplausos ao que rouba ou destrói, deliberadamente, nem mandou multiplicarmos as asas da perversidade ou da má fé. Recomendou, realmente, auxiliarmos os mais cruéis; no entanto, não com aprovação indébita e sim com a disposição sincera e fraternal de ajudá-los a se reerguerem para a senda divina, através da paciência, do recurso reconstrutivo ou do trabalho restaurador.
O Mestre, acima de tudo, preocupou-se em preservar-nos contra o veneno do ódio, evitando-nos a queda em disputas inferiores, inúteis ou desastrosas.
Ama, pois, os que se mostram contrários ao teu coração, amparando-os fraternalmente com todas as possibilidades de socorro ao teu alcance, convicto de que semelhante medida te livrará do calamitoso duelo do mal contra o mal.



Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

CONFLITO




“Acho então esta lei em mim: quando
quero fazer o bem, o mal está comigo.”
Paulo (Romanos, 7:21)


Os discípulos sinceros do Evangelho, à maneira de Paulo de Tarso, encontram grande conflito na própria natureza.
Quase sempre são defrontados por enormes dificuldades nos testemunhos.
No instante justo, quando lhes cabe revelar a presença do Divino Companheiro no coração, eis que uma palavra, uma atitude ligeira os traem, diante da própria consciência, indicando-lhes a continuidade das antigas fraquezas.
A maioria experimenta sensações de vergonha e dor.
Alguns atribuem as quedas à influenciação de espíritos maléficos e, geralmente, procuram o inimigo no plano exterior, quando deveriam sanar em si mesmos a causa indesejável de sintonia com o mal.
É indubitável que ainda nos achamos em região muito distante daquela em que possamos viver isentos de vibrações adversas, todavia, é necessário verificar a observação de Paulo, em nós próprios.
Enquanto o homem se mantém no gelo da indiferença ou na inquietação da teimosia, não é chamado à análise pura; entretanto, tão logo desperta para a renovação, converte-se o campo íntimo em zona de batalha.
Contra a aspiração bruxuleante do bem, no dia que passa, levanta-se a pesada bagagem de sombras acumuladas em nossas almas desde os séculos transcorridos. Indispensável, portanto, grande serenidade e resistência de nossa parte, a fim de que o progresso alcançado não se perca.
O Senhor concede-nos a claridade de Hoje para esquecermos as trevas de ontem, preparando-nos para o Amanhã, no rumo da luz imperecível.



Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

RENOVAÇÃO NECESSÁRIA




“Não extingais o Espírito.” Paulo
(I Tessalonicenses, 5:19)


Quando o apóstolo dos gentios escreveu esta exortação, não desejava dizer que o Espírito pode ser destruído, mas procurava renovar a atitude mental de quantos vivem sufocando as tendências superiores.
Não raro, observamos criaturas que agem contra a própria consciência, a fim de não se categorizarem entre os espirituais.
Entretanto, as entidades encarnadas permanecem dentro de laborioso aprendizado, para se erguerem do mundo na qualidade de espíritos gloriosos. Esta é a maior finalidade da escola humana.
Os homens, contudo, demoram-se largamente a distância da grande verdade. Habitualmente, preferem o convencionalismo a rigor e, somente a custo, abrem o entendimento às realidades da alma. Os costumes, efetivamente, são elementos poderosos e determinantes na evolução, todavia, apenas quando inspirados por princípios de ordem superior.
É necessário, portanto, não asfixiarmos os germens da vida edificante que nascem, todos os dias, no coração, ao influxo do Pai Misericordioso.
Irmãos nossos existem que regressam da Terra pela mesma porta da ignorância e da indiferença pela qual entraram. Eis por que, no balanço das atividades de cada dia, os discípulos deverão interrogar a si mesmos: – “Que fiz hoje? acentuei os traços da criatura inferior que fui até ontem ou desenvolvi as qualidades elevadas do espírito que desejo reter amanhã?”


Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

NUTRIÇÃO ESPIRITUAL




“Bom é que o coração se fortifique com
graça e não com manjares, que de
nada aproveitaram aos que a eles se
entregaram.” Paulo (Hebreus, 13:9)

Há vícios de nutrição da alma, tanto quanto existem na alimentação do corpo.
Muitas pessoas trocam a água pura pelas bebidas excitantes, qual ocorre a muita gente que prefere lidar com a ilusão perniciosa, em se tratando dos problemas espirituais.
O alimento do coração, para ser efetivo na vida eterna, há de basear-se nas realidades simples do caminho evolutivo.
É imprescindível estejamos fortificados com os valores iluminativos, sem atender aos deslumbramentos da fantasia que procede do exterior. E justamente na estrada religiosa é que semelhante esforço exige mais amplo aprimoramento.
O crente, de maneira geral, está sempre sequioso de situações que lhe atendam aos caprichos nocivos, quanto o gastrônomo anseia pelos pratos exóticos; entretanto, da mesma sorte que os prazeres da mesa em nada aproveitam nas atividades essenciais, as sensações empolgantes da zona fenomênica se tornam inúteis ao espírito, quando este não possui recursos interiores suficientes para compreender as finalidades.
Inúmeros aprendizes guardam a experiência religiosa, que lhes diz respeito, por questão puramente intelectual. Imperioso, porém, é reconhecer que o alimento da alma para fixar-se, em definitivo, reclama o coração sinceramente interessado nas verdades divinas.
Quando um homem se coloca nessa posição íntima, fortifica-se realmente para a sublimação, porque reconhece tanto material de trabalho digno, em torno dos próprios passos, que qualquer sensação transitória, para ele, passa a localizar-se nos últimos degraus do caminho.



Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

O GRANDE FUTURO




“Mas agora o meu reino não é daqui”
Jesus (João, 18:36)


Desde os primórdios do Cristianismo, observamos aprendizes que se retiram deliberadamente do mundo, alegando que o Reino do Senhor não pertence à Terra.
Ajoelham-se, por tempo indeterminado, nas casas de adoração, e acreditam efetuar na fuga a realização da santidade.
Muitos cruzam os braços à frente dos serviços de regeneração e, quando interrogados, expressam revolta pelos quadros chocantes que a experiência terrena lhes oferece, reportando-se ao Cristo, diante de Pilatos, quando o Mestre asseverou que o seu reino ainda não se instalara nos círculos da luta humana.
No entanto, é justo ponderar que o Cristo não deserdou o planeta.
A palavra d’Ele não afiançou a negação absoluta da felicidade celeste para a Terra, mas apenas definiu a paisagem então existente, sem esquecer a esperança no porvir.
O Mestre esclareceu: – “Mas agora o meu reino não é daqui.”
Semelhante afirmativa revela-lhe a confiança.
Jesus, portanto, não pode endossar a falsa atitude dos operários em desalento, tão só porque a sombra se fez mais densa em torno de problemas transitórios ou porque as feridas humanas se fazem, por vezes, mais dolorosas. Tais ocorrências, muita vez, obedecem a pura ilusão visual.
A atividade divina jamais cessa e justamente no quadro da luta benéfica é que o discípulo insculpirá a própria vitória.
Não nos cabe, pois, a deserção pela atitude contemplativa e, sim, avançar, confiantemente, para o grande futuro.
  


Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

EM TUDO




“Tornando-nos recomendáveis em tudo:
na muita paciência, nas aflições, nas
necessidades, nas angústias.”
Paulo (II Coríntios, 6:4)


A maioria dos aprendizes do Evangelho não encara seriamente o fundo religioso da vida, senão nas atividades do culto exterior.
Na concepção de muitos bastará freqüentar, assíduos, as assembléias da fé e todos os enigmas da alma estarão decifrados, no capítulo das relações com Deus.
Entretanto, os ensinamentos do Cristo apelam para a renovação e aprimoramento individual em todas as circunstâncias.
Que dizer de um homem, aparentemente contrito nos atos públicos da confissão religiosa a que pertence e mergulhado em palavrões no santuário doméstico? Não são poucos os que se declaram crentes, ao lado da multidão, revelando-se indolentes no trabalho, desesperados na dor, incontinentes na alegria, infiéis nas facilidades e blasfemos nas angústias do coração.
Por que motivo pugnaria Jesus pela formação dos seguidores tão só para ser incensado por eles, durante algumas horas da semana, em genuflexão? Atribuir ao Mestre semelhante propósito seria rebaixar-lhe
os sublimes princípios.
É indispensável que os aprendizes se tornem recomendáveis em tudo, revelando a excelência das idéias que os alimentam, tanto em casa, quanto nas igrejas, tanto nos serviços comuns, quanto nas vias públicas.
Certo, ninguém precisará viver exclusivamente de mãos postas ou de olhar fixo no firmamento; todavia, não nos esqueçamos de que a gentileza, a boa vontade, a cooperação e a polidez são aspectos divinos da oração viva no apostolado do Cristo.


Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

O MUNDO E A CRENÇA




“O Cristo, o Rei de Israel, desça agora
da cruz, para que o vejamos e acreditemos.”
(Marcos, 15:32)


Por isso que são muito raros os homens habilitados à verdadeira compreensão da crença pura em seus valores essenciais, encontramos os que injuriaram o Cristo para confirmá-lo.
A mentalidade milagreira sempre nadou na superfície dos sentidos, sem atingir a zona do espírito eterno, e, se não alcança os fins menos dignos aos quais se dirige, descamba para os desafios mordazes.
E, no caso do Mestre, as observações não partem somente do populacho.
Assevera Marcos que os principais dos sacerdotes com os escribas partilhavam dos movimentos insultuosos, como a dizer que intelectualismo não traduz elevação espiritual.
Os manifestantes conservavam-se surdos para a Boa Nova do Reino, cegos para a contemplação dos benefícios recebidos, insensíveis ao toque do amor que Jesus endereçara aos corações.
Pretendiam apenas um espetáculo.
Descesse o Cristo da Cruz, num passe de mágica, e todos os problemas de crença inferior estariam resolvidos.
O divino interpelado, contudo, não lhes deu outra resposta, além do silêncio, dando-lhes a entender a magnitude de seu gesto inacessível ao propósito infantil dos inquiridores.
Se és discípulo sincero do Evangelho, não te esqueças de que, ainda hoje, a situação não é muito diversa.
Trabalha, ponderadamente, no serviço da fé.
Une-te ao Senhor, dá quanto puderes em nome d’Ele e prossegue servindo na extensão do bem, convicto de que o vasto mundo inferior apenas te pedirá maliciosamente distrações e sinais.



Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

ONDE ESTÃO?




“Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de
mim, que sou manso e humilde de coração;
e encontrareis descanso para as vossas
almas.” Jesus (Mateus, 11:29)


Dirigiu-se Jesus à multidão dos aflitos e desalentados proclamando o divino propósito de aliviá-los.
– “Vinde a mim! – clamou o Mestre – tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei comigo, que sou manso e humilde de coração!”
Seu apelo amoroso vibra no mundo, através de todos os séculos do Cristianismo.
Compacta é a turba de desesperados e oprimidos da Terra, não obstante o amorável convite.
É que o Mestre no “Vinde a mim!” espera naturalmente que as almas inquietas e tristes o procurem para a aquisição do ensinamento divino. Mas nem todos os aflitos pretendem renunciar ao objeto de suas desesperações e nem todos os tristes querem fugir à sombra para o encontro com a luz.
A maioria dos desalentados chega a tentar a satisfação de caprichos criminosos com a proteção de Jesus, emitindo rogativas estranhas.
Entretanto, quando os sofredores se dirigirem sinceramente ao Cristo, hão de ouvi-lo, no silêncio do santuário interior, concitando-lhes o espírito a desprezar as disputas reprováveis do campo inferior.
Onde estão os aflitos da Terra que pretendem trocar o cativeiro das próprias paixões pelo jugo suave de Jesus Cristo?
Para esses foram pronunciadas as santas palavras “Vinde a mim!”, reservando-lhes o Evangelho poderosa luz para a renovação indispensável.
  

Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

VÓS, QUE DIZEIS?

“E perguntou-lhes: E vós, quem dizeis que eu sou?” (Lucas, 9:20)   Nas discussões propriamente do mundo, existirão sempre escrit...