O
simples dá crédito a toda palavra, mas
o
prudente atenta para os seus passos.
Pv. 14,
v. 15.
É nobre acreditarmos nos outros; no entanto, é justo analisarmos seus
feitos, para não cairmos nas tentações alheias.
A simplicidade ambienta-se no coração. Ela em tudo crê, tudo cede, tudo
dá, tudo recebe. Todavia, para que haja mais proveito, aliemo-la à razão, que
seleciona a crença, o que cede, o que dá, o que recebe, para que o equilíbrio
assegure a tranquilidade.
O bom senso é mesclado de duas forças — a inteligência e o coração. Uma
e outro, interligados, eliminam os problemas, certos sacrifícios e, por vezes,
a dor.
A prudência e a simplicidade, quando se dão as mãos, tornam o amor mais
puro, a amizade mais duradoura e a caridade mais eficaz.
Se dermos crédito a tudo que ouvimos, estaremos sujeitos a assimilar
veneno, em alta dose, por ignorância. Deus colocou água no mundo para que o
homem a tomasse, e dotou a humanidade de inteligência, para que fizesse o
filtro, evitando as impurezas nela contidas.
Bastam alguns fotônios de bom senso, para começarmos a iluminação
interior, que disciplinará os impulsos grosseiros e ampliará virtudes. Amanhã,
não invejaremos o sol.
O bom juiz ouve as duas partes. Faze o mesmo, com as duas forças que te
impulsionam para viver, e lembra-te de que o caminho do meio é sempre o melhor.
De “GOTAS
DE LUZ”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Carlos
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