“Respondendo,
então, disse-lhes Jesus
“Ide e
anunciai...” (Lucas, 7:22)
Através de todas as nações, o homem
levanta realizações notáveis, nas quais se lhe exalça (exaltar: tornar alto,
levantar, elevar) o egoísmo inteligente.
Em toda a parte, repontam obras
santuárias, solicitando moderação e corrigenda, para que o abuso de poucos não
agrave as aflições e as necessidades de muitos.
Entretanto, porque o raciocínio rogue
confrontações claras para estudos corretos, reconheçamos o realce, conquanto
vazio e por vezes ruinoso (prejudicial, mau, nocivo), de semelhantes
cometimentos.
Ninguém nega a amenidade do edifício
caprichosamente construído para festas inúteis, embora não se lhe possa louvar
o destino.
É indiscutível a preciosidade do iate
de luxo, não obstante seja tão somente dedicado ao excesso.
Inegável a feição deleitosa de um
jardim suspenso, mesmo quando não passe de apêndice arquitetônico.
Belo o espetáculo da fonte luminosa
por distração na praça pública, apesar de se manter muito longe do proveito de um
simples chafariz.
Analisando essas empresas, na lógica
do Espiritismo, somos, contudo, impelidos a reconhecer que os amigos afeiçoados
ao supérfluo estarão agindo dessa forma por falta de esclarecimento e
orientação.
A experiência terrestre na atualidade
não desconhece que é preciso ensinar aos homens a arte de alimentar e vestir,
conversar e conviver, a fim de que haja saúde, euforia, compreensão e harmonia
na Humanidade.
Disse Jesus, em várias ocasiões, aos
seguidores: “Ide e pregai...”
Nada justo, assim, reprovar sem
consideração os companheiros que ainda se encontram involuntariamente distantes
das realidades do espírito. Onde o desperdício apareça por flagelo da
ignorância, iniciemos a construção da verdade pelo exemplo da sobriedade, na
certeza de que, em toda tarefa de educação, exemplificar é explicar.
Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Palavras de Vida Eterna
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